segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Love is all around

Não sei quanto a vocês, mas eu tenho sentido uma esperança tremenda para os próximos anos de nossas vidas.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Defects of the soul

It feels like the saddest day today. I like you less for your weakness. Society is so much stronger than me! I think even less of myself for not being able to inspire you to fight and for not understanding where you come from. It feels like failing. I don't want to see you and I'm sorry to admit I'm impotent and small. My words and reason can't reach you, this fight is too hard for one person alone. Should I tell you are beautiful the way you are? It that why people say love is the only thing that can save us? I have to release this frustration somehow. You will find me running, burning my tears and my incomprehensiveness at the wheel of this hell.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Ninguém sabe, sente

25/12/12

Eu faria tanta coisa diferente
Mas como cobrar a postura de quem sente
Se ninguém sente igual
nesse mundo doente?

Se estou nesse mundo
Não fujo a regra
Quem disse que o que sinto é mais legítimo
do que de quem lidera?

Quem sabe das coisas e consegue,
ao mesmo tempo,
Ser amado por todos?

Devo dizer ou já se sabe?
Volta uma, duas,
doze linhas acima

Ou siga em frente
Que já lhes digo:

Ninguém sabe, ao certo, o que está fazendo,
Todos tateiam na escuridão
Em busca de alguma luz
para fazer alguma coisa diferente

Melhor de quem já fez
Com o que sabia e
já não serve mais.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Leite de alpiste

É estranho...tem tempo que não me alimento de imagens ou cenas violentas, pelo menos não de forma cotidiana e, quando vejo as séries e filmes de hoje, fico sentindo falta da leveza da minha nova vida, não consigo mais engolir certos conceitos, especialmente dessa violência, é como se tivesse encontrado mais uma vez a inocência.
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You see me as my true self, not likeable, and THAT'S why I love you. #fallacy
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Leite de alpiste, a nova onda do momento. Ouvi dizer que tem mais cálcio que o leite, mais potássio que banana e ainda tem magnésio que anda em falta na dieta de forma geral. Meu tio diz que sente mais energia e seu corpo vem funcionando melhor. Nada como algo natural para melhorar o nosso dia a dia!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

#surpresasde2012

>TCI
> Eucanaã Ferraz
> I.D.
> Disney 2012
> M.S.M
> Antônio
> “Sua mão é macia!”
> Ronan
> HUPE
> 9 de novembro
> Casamento da Pat
> Freixo 50
> Nikita Sukita Bodorouviski
> Literatura russa
> Carlos Mauro
> Tendinopatia
> Intouchables (2011)
> Concurso CEF 2012
> Rainer Maria Rilke
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Cena grotesca do dia: fui dar “feliz natal” pro técnico de necrópsia do trabalho que estava debruçado em uma bancada, ele virou-se para me olhar e responder; não é que ele estava com as mãos dentro da barriguinha de um bebê?! Foi horrível presenciar aquilo, ele (ou ela) com a cabeça coberta de uma juba preta bonita e vistosa, com o rostinho vermelho voltado para onde eu estava...foi de partir o coração

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Wanting more

Mutating love. When I think it can't get better, I feel so deeply about you, that tears of joy take me to these places I have never been. You have no idea how much I learn with you about love. About emotions. About feeling all and different. Feelings that are bigger than me and you together. The way you handled me opened all this new way of loving you; because there is no reason to love, I love you more. Because it's pure, it's not reciprocal, it's even more exciting, more fulfilling – it grows by the seconds I am away from you. I so want to see you happy! Mutating love, it can only get more sublime, my dear, just wait and see.

domingo, 16 de dezembro de 2012

O que me (desen)toca

“O ser humano, encarnado ou desencarnado, vive no clima da emoção, pressionado ou sustentado por ela, levado por ela às furnas mais profundas da dor e da revolta , ou alçado aos píncaros da felicidade e da paz. Ela nos afeta, mesmo quando, ocasionalmente, parece não existir em nós. É oportuno lembrar que emoção, etimologicamente, quer dizer ato de deslocar, ou seja, mover. Arrastado pela emoção, o Espírito se desloca, num sentido ou noutro, caminhando para as trevas de sofrimentos inenarráveis ou subindo para os planos superiores da realização pessoal, segundo ele se deixe dominar pelo ódio ou se entregue ao amor. Esse deslocamento o conduz a extremos de paixão, que o esmaga, ou a culminâncias de devotamento, que o santifica, e, muitas vezes, em estágios ainda inferiores da evolução, confunde-se em nós a realidade ódio/amor, e nos confundimos nela e com ela, porque é comum tocarem-se os extremos.

O trabalho de desobsessão não deve ignorar essa realidade. Freqüentemente, o processo da desobsessão se desencadeia, de maneira paradoxal, por amor, e é lembrando esse aspecto que conseguimos, às vezes, ajudar os Irmãos, que se atormentam mutuamente, a colocarem um ponto final nas suas angústias. O que acontece é que temos em nós todos o instinto egoísta — e quase todos os instintos são egoístas — de conservar a posse total do objeto de nossa preferência ou afeição: a esposa, o esposo, o filho, o dinheiro, a posição social, o poder. Suponhamos que a esposa nos traia, que o filho nos rejeite, que o dinheiro ou o poder nos sejam arrebatados.

Passamos imediatamente a odiar os que nos privaram da posse daquilo que amamos ou valorizamos. Com isto, percebemos que amor e ódio são duas faces de uma só realidade, luz e sombra, que em determinado ponto absorveram-se uma na outra, criando uma opressiva atmosfera de penumbra, na qual perdemos a visão dos caminhos e o senso da direção. Para desfazer esse clima de crepúsculo, que agonia e desorienta o Espírito, é preciso ajudá-lo a identificar bem seus sentimentos, a fim de separá-los. Estejamos certos, para isso, de uma realidade indisputável, ainda que pouco percebida: o amor, como dizia Paulo aos Coríntios, não acaba nunca. Mesmo envolvido, soterrado no rancor e na vingança, ele subsiste, sobrevive, renasce, está ali. O ódio não o exclui; ao contrário, fixa-o ainda mais, porque em termos de relacionamento homem/mulher, o ódio é, muitas vezes, o amor frustrado. Odiamos aquela criatura exatamente porque parece que ela não quer o nosso amor, porque nos recusa, nos traiu, nos desprezou, porque a amamos...

No momento em que conseguimos convencer o companheiro desencarnado, em crise, que ele odeia porque ainda ama, ele começa a recuperar-se, compreendendo que essa é uma verdade com a qual ele ainda não havia atinado. Por mais estranho que pareça, o rancor contra a amada, ou o amado, que traiu ou abandonou, é que mantém acesa a chamazinha da esperança. Aquele que deixou de amar é porque não amou bastante e, com menor dificuldade, desliga-se do objeto de sua dor. Cedo compreende que não vale a pena perder seu tempo, e angustiar-se no doloroso processo de vingarse, dado que — e isto também pode parecer contraditório — não podemos ignorar o fato de que a vingança impõe, também ao vingador, penosas vibrações de sofrimento.

Vários casos assim temos encontrado na experiência de nossos grupos.
Um desses foi comovente.

O Espírito manifestante era de uma mulher. Seu antigo companheiro, ora encarnado, fazia parte de nosso grupo e ela ainda trazia em seu coração um rancor que 130 anos não conseguiram extinguir. Fora muito bela, inteligente, de elevada posição social, e rompera com todas as convenções da época para segui-lo. E por mais de um século, recolhida ao mundo espiritual, achara que não valera a pena o seu sacrifício e que ele não dera valor às suas renúncias e nem as merecera.

Foi muito difícil o diálogo com ela. Tudo foi tentado pelos nossos queridos amigos espirituais. Levaram-na a um encontro com ele desdobrado pelo sono — a um local, na Europa, onde viveram momentos de intensa felicidade e enlevo. Ajudavam, como podiam, o doutrinador, nos seus esforços. Ela era muito brilhante e estava muito magoada: tinha respostas oportunas, encontrava em si mesma todas as justificativas para continuar agindo daquela maneira. Afinal de contas, não pensara noutra coisa, por mais de um século! Promoveram, os benfeitores espirituais, encontros com um fi lho que o casal tivera naquela ocasião e que se encontrava também no mundo espiritual, bastante pacificado e dedicado ao trabalho construtivo. Reencontrou-se ela, também, com outra filha — esta reencarnada — à qual se dirigia com carinho e afeição, através do médium. Nada. Certa vez, em lugar de ligá-la ao seu médium habitual, ligaram-na com o próprio companheiro, objeto de seus rancores, pois ele também dispunha de excelentes faculdades mediúnicas. Quando ela percebeu que falava por seu intermédio, reti rou-se prontamente, muito chocada. De outras vezes, ele tentou dialogar com ela, mas a experiência foi negativa, pois a sua palavra parecia exacerbar o rancor que a infelicitava.

Esse drama durou meses, semana após semana. E ela, irredutível. Certa vez, sentindo que começava a ceder aos argumentos ou aos sentimentos de afeição que colhia no grupo, ela desligou-se subitamente do médium. Nossos benfeitores, por doce constrangimento, trouxeram-na de volta, já em pranto. Ela veio indignada, revoltada, falando entre lágrimas:
— Quando vai terminar esta farsa?
Pacientemente, o doutrinador lhe devolveu a pergunta com outra:
— Você acha, minha querida, que suas lágrimas também são uma farsa?

Estava chegando ao fim de sua longa e penosa agonia Íntima. Começou a ceder, à medida em que o amor reacendia a sua chama, a princípio timidamente, e depois, com todo o vigor antigo, mas agora purificado, expurgado da paixão que fora a sua perda. Acabou por reconciliar-se com o seu antigo amado.

Esta história, tão verídica e dramática quanto a própria vida, teve um final emocionante e, graças a esse episódio, vivi uma das mais belas e comovedoras emoções da minha experiência no trato com os Espíritos.

Certa noite, ela veio apenas para despedir-se. O drama e a dor estavam encerrados. Agora, era a retomada da trilha evolutiva, a perspectiva de novas experiências redentoras: a querida irmãzinha preparava-se para reencarnar-se, perfeitamente reconciliada com a vida e com o amor. Foi-nos permitido identificá-la na nova encarnação que se iniciava sob tão belos auspícios e tão gratas alegrias para todos aqueles que a amavam.

Renasceu. Uma bela criança, em lar feliz e equilibrado. Logo aos primeiros meses de sua nova existência, tive oportunidade de vê-la. Visitava eu a família,e a jovem mãe e chamou para ver a criança. Entramos no quarto em que ela dormia profundamente. A mãe acendeu a luz, sob meus protestos, pois temia que ela acordasse, mas ela continuou dormindo. Era linda, e dormiu ainda alguns segundos. Depois, abriu os olhinhos, contemplou-me — seu antigo doutrinador, com quem sustentou batalhas impetuosas — e me deu o prêmio inesperado de um belissimo sorriso... Em seguida, adormeceu novamente, como um anjo que era. Senti naquele sorriso a mensagem da paz e da gratidão. Seus olhinhos exprimiam felicidade e amor. Sua expressão me dizia, na linguagem inarticulada da emoção:
—Ah! É você? Eu já estou aqui, amigo...

Sem dúvida alguma, o amor também renascera com ela. Seu antigo companheiro recebe dela, hoje, o amor transcendental da neta muito querida pelo avô, que mereceu também a bênção do reencontro e da reconciliação.” (pág.223)

MIRANDA, Hermínio C. “O problema”. In: Diálogo com as sombras. FEB, 2012.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Pantanoso

Existem aqueles que captam o atual ou mesmo o vir a ser da sociedade. Vivo anacronicamente. Antevejo uma realidade fora desse mundo, o não-humano. Os velhos vícios enfadam-me. Divirto-me ao servir, o que há para dizer? Os prazeres do mundo já são não-prazeres. Cresço no amor e perco-me no mundano. O que há para dizer? Não sirvo para a diversão.Tenho sono. Tenho fome. Fome de profundezas. Fome de boas maneiras. Fome de cordialidade. Janto podridão. O que há para dizer? Onde jaz o sentido? Não pertenço ainda – alço voos. Pouso no pântano, fétido e enervante.
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“I am not a woman. I am not a man. I am not human. I am not a creature of your government, but I am you. We share the same hopes. We share the same dreams. We share the same potential. The same future. I am everything you love about yourself and everthing that you hate. You created me. I was born this way. I have landed here tonight on GOAT, your Government Owned Alien Territory in space. I've come here for one purpuse to extract as much information, inspiration, criativity, art, music, fashion and love as much as possible from you. I came in preparation to invade Earth. When I'm finished, some of you will stand by me forever, but some of you, I know, may betray me” - Lady Gaga Monologue in Born This Way Ball Tour

sábado, 8 de dezembro de 2012

Repensando

“Ampliada 30 mil vezes, a fecundação de um óvulo por um espermatozóide. Nem tudo são rosas, no entanto. À esquerda aparece um vírus da discórdia e à direita uma célula comunista. São as maravilhas da microfotografia”. (pág.72)

VERÍSSIMO, Luis Fernando. In: A velhinha de Taubaté. Foto-legendas. L&MP, 1985.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Contando as horas

Das 17h às 18h: estudo.
Das 18h às 19h: passeio com Nikita.
Das 19 às 20h: lanche/descanso.
Das 20h às 21h: evangelho com a Dé.
Das 21h às 22h: esteira/banho.
Das 22h às 23h: castle.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Devassando o invisível *

Era hora de se despedir, seu tio abraçou-a e galante, como sempre, proferiu o seguinte comentário com tom de preocupação:
- Você pode me dizer como uma menina bonita como você, não tem namorado?
Ele afastou-se para ver melhor o rosto sereno e tranquilo da sua sobrinha querida, olhando-a com ternura nos olhos. Ela deu de ombros e sorriu como se soubesse de algo que ele desconhecia.
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No momento, leio quatro livros – Diálogo com as sombras de Hemínio C. Miranda; How to raise the perfect dog de Cesar Millan; Ana Karênina de Leon Tolstói e A velhinha de Taubaté de Luis Fernando Veríssimo.
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* Título de um livro que ainda não li de Yvonne A. Pereira

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

30 de novembro

“(…) Por hora, basta dizer, e nunca o diremos com ênfase bastante, que deve predominar entre os encarnados um clima de liberdade consciente, franqueza sem agressividade, lealdade sem submissão, autoridade sem prepotência, afeição sem preferências, e perfeita unidade de propósitos”. (pág.60)

MIRANDA, Hermínio C. Diálogo com as Sombras. FEB, 2012.
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Onde está escrito que não devemos amar mais quem nos ama menos?
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"A vida reta cria, em torno de quem a vive, um ar puro de elementos nobres, que não se misturam, por lei, com elementos comuns, por falta de afinidades, por falta de parentesco" – Apostila Tema 5 do Projeto MSM.

sábado, 24 de novembro de 2012

Muito mais calor

Que efeito é esse que você tem sobre mim? De me fazer querer estar aonde quer que você esteja; de dizer sim para todos os seus desejos?
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o.O A crítica inteira do Castello me acertou em cheio. Como é possível chegar a esse êxtase só de ler palavras?!

"(…) Tal me parece ser o projeto do poeta Eucanaã Ferraz em 'Sentimental' (Companhia das Letras). Está em um poema como 'Romântica': preferimos tomar a vida como um filme. 'Quantos de nós quereriam viver não a vida/ mas o filme , quando a vida não é vida/ e não se morre na morte...' ele constata. Quantos de nós preferimos 'viver sem viver': sob as ordens de um destino previamente escrito (script), entre bandos 'que matam sem matar', entre 'bravos que no fim se vingam'. Uma vida sem vida.

Preferimos, sim, os sentimentos fáceis. Aqueles que em vez de libertar, funcionam como travas, que seguram o que preferimos não sentir. Sentimentos prontos: tão mais fáceis. Em outro poema, 'Les ramanciers étrangres', uma mulher implora por um beijo, mas o homem nega. 'Firme e frio, disse que não'. Ela se pergunta: 'Mas como ele conseguia/ ser assim instransponível?' Aos seus olhos, o homem é uma pedra. Só no fim, 'ela entende/ que tudo foi bem pior:/ porque a pedra não era ele,/ porque a pedra era ela mesma.' Apesar das lágrimas, pedra. 'Sim, ela era a pedra dele/ em que ele a transformara'. Sentimento nem sempre estão onde julgamos. Uma lágrima – o poeta segure – pode ser insensível. Um 'não', guarda muito mais calor.”

CASTELLO, José. A trava dos sentimentos. In: Prosa e Verso, O Globo, 24 de novembro de 2012.
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“Custou-lhe encontrar o equilíbrio. Queria demonstrar a Kitty a sua injustiça, mas, ao provar-lhe que era ela quem estava em erro, irritá-la-ia ainda mais. Um sentimento natural o compelia a arredar de si próprio a culpa, atribuindo-a a ela, e outro, mais forte ainda, a reparar o sucedido o mais breve possível para não se agravar o desacordo. Se ser vítima de uma injustiça era cruel, irritá-la com o pretexto de uma justificação, pior ainda. Muitas vezes acontece lutar um homem que dorme com um sofrimento de que desejaria libertar-se, verificando, ao acordar, que é no fundo dele próprio que o sofrimento reside. Eis como Liêvin teve de reconhecer que o melhor remédio era a paciência.” (pág.47)

TOLSTOÍ, Leon. Ana Karênina Vol.2. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Vida e morte

19/11/12

Vivo para não reclamar.
Vivo para confortar.
Vivo para dirigir olhares de compreensão.
Vivo para ouvir.
Vivo para abraçar por mais de dez segundos.
Vivo para tolerar o intolerável.
Vivo para ajudar os que precisam.
Vivo para sorrir e tocar-lhe os ombros.
Vivo para rir das piadas sem graça.
Vivo para repreender.
Vivo para aprender a amar.
Vivo para sonhar e trabalhar.
Vivo para ver o mar e o pôr do sol.
Vivo para sentir o vento no meu rosto e vê-lo bater no seu.
Vivo para escutar as gotas de chuva cantando.
Vivo para ser grave, quando necessário.
Vivo para mediar.
Vivo para aconselhar e orientar.
Vivo para ser aconselhada e orientada.
Vivo para dizer que vai dar tudo certo.
Vivo para dizer que mesmo dando errado, tudo passa.
Vivo para buscar perspectivas.
Vivo para fazer você rir.
Vivo para ser discreta.
Vivo para calar-me.
Vivo para estudar.
Morro para não ferir.

domingo, 18 de novembro de 2012

Legião

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Apesar de ter minhas crenças mais estreitas com C.S. Lewis, a interpretação da personagem do polêmico Freud por Helio Ribeiro é deliciosa e hipnotizante.
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(…) “Uma literatura do não dito, do não visto. Do invisível. Estranho mundo dos becos, ruelas e sarjetas. Invisível não porque não podíamos vê-lo, mas porque preferíamos não ver. Literatura contra cegueira.”

CASTELLO, José. João de Bermudas. In: Prosa e Verso, O Globo, 17 de novembro de 2012.
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Ninguém merece ouvir de amigo de fim de semana, ou melhor, de amigo ocasional que se está ficando velha para não estar casada ¬¬

sábado, 17 de novembro de 2012

Calada da noite preta

Arfava na calada da noite preta.
Parecia não dormir há dias, quando, em verdade, dormia tantas horas quanto necessário.
Fechava os olhos com força, sem entender o pavor repentino, a pressão em seu corpo, sensação de ser sugado para um buraco negro. O terror se fazia presente, de repente. Não havia motivos para pânico, porém o coração se acelerava mesmo assim.
Algum pesadelo?
Algo aterrorizante?
O quê?
Pedia calma enquanto seu corpo se contraia todo.
Onde estava a expectativa pelo futuro – planos, sonhos, alegria de ansiar pelo que é bom, novo e revigorante?

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Deveríamos

Tenho aprendido a expressar o que me toca, o que é sublime, sem medo das repercussões. Encontrar o que nos faz feliz é muito bonito e não deveríamos procurar dar fim ao que é belo e, por que não, divino. Amo o que é divino em você. Assim como amo a Débora, sem esperar nada em troca, amo você. Deveríamos amar mais. As pessoas seriam mais felizes.

Capturei um sentimento sublime e, relendo, não consegui exatamente sentir novamente o que acabou gerando o texto, mas refletindo um pouco, vou chegando a um estado similar, é o cultivo do amor não egoísta.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Um beijo, Um abraço e Boa sorte.

Encontro novamente aquele sentimento passado, um contentamento que vai crescendo apenas de constatar que você está no mundo, aprendendo e se esforçando para crescer.

Um amor incondicional que se sustenta e é alimentado pelo meu desejo de vê-lo feliz aonde quer que esteja, cercado por aqueles que você ama verdadeiramente, de coração.

Amar é um estado de espírito e ele vem do autoconhecimento e do conhecer o mundo também. A estrada é árdua para todos nós; que possamos ter a paciência para com os outros e, especialmente, para conosco mesmos. Não podemos nos cobrar mais do que podemos compreender e que possamos aprender com as nossas dificuldades.

Estou daqui torcendo por você.

domingo, 11 de novembro de 2012

É mais fácil

“(…) Na Europa a propriedade racional faz progressos, porque o povo está educado. Por conseguinte, o que temos a fazer é educar o povo, e pronto.
 - Mas como educar o povo?
 - Para o conseguir são precisas três coisas: escolas, escolas e escolas.
 - Mas você mesmo acaba de dizer que o povo se encontra num baixo nível de desenvolvimento moral: para que lhe hão de servir as escolas?
 - Faz-me lembrar aquela anedota do doente: 'Deviam dar-lhe um purgante.' 'Já lho demos e está pior'. 'Então ponham-lhe sanguessugas.' 'Já lhes pusemos e ficou pior.' 'Então rezem.' 'Também rezamos e continua mal.' Eis o que nós fazemos Falo-lhe de economia política e você diz-me que é pior. Refiro-me ao socialismo e responde-me: pior. Recomendo a instrução e declara-me: pior ainda.” (pág.313)

TOLSTOÍ, Leon. Ana Karênina. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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É mais fácil amar de longe.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Fiapo

Ai, que vontade de escrever até meus dedos sangrarem! Queria ter um discurso todo pronto, sobre algum ou qualquer sentimento se quer. Algo vibrante! Expressivo! De fazer o corpo estremecer...E nada me vem, nada me chega da nuvem que é a nossa mente. Nada está pronto para ser vomitado. Tudo é extático e aparentemente vazio. Percorro os caminhos a procura de algum fiapo de sentir. Onde se esconderam vocês, fiapos de meu ser? Restos ressentidos e satisfeitos que não tem nada a dizer. Eu já percebi que têm livros/autores que nos inspiram mais a escrever...Tolstoi não é um deles.
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“Há quem mergulhe no mistério das árvores e sinta o coro dos troncos nus aliados ao arfar das vergônteas. Depois é o mutismo, para voltar o concerto de uivos e gemidos, misturados de sons em que o ranger dos eucaliptos se confunde com o ciciar das tamarindeiras e dos zimbros.” (pág.213)

SANTOS, Isidoro Duarte. O Espiritismo no Brasil. RJ – EP Editora, 1960.
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Dois aniversários hoje, e, da mesma pessoa xD

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Finados chuvoso

“'Quem tem pouco assunto em que se ocupar – dizia Montesquieu – é muito falador'. Na verdade, quanto mais se pensa, menos se fala. E quando o espírito mergulha no seu mundo, quando não sente a bagatela da vida, os lábios emudecem”. (pág.197)

SANTOS, Isidoro Duarte. O Espiritismo no Brasil. RJ – EP Editora, 1960.
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Nem lembrava mais os motivos das brigas, mas a mágoa permanecia, pequena, incômoda; será que o tempo a apagaria?
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Apresentando...Nikita! .Nov2012. twitpic.com/b9r72q

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Follow me not

E mais uma vez, estamos aqui. Nesse mesmo pé. Não sei o que fazer. A certeza de outrora desvaneceu nas incertezas que suas palavras trouxeram ao serem escritas e marcadas em mim, reverberadas na minha alma. Sofro pela dúvida. Consumo-me pelo o que deveria dizer e não consigo querer dizer. Não quero ouvir seu nome ou ver o seu rosto. Tento entender, o desgosto, a mágoa. Procuro continuar minha caminhada, deixar o passado em seu devido lugar, mas confesso, tem sido difícil. Não volto atrás, um pouco, por orgulho e, um pouco, por não sentir nada. Paralisada pela inércia plantada por você mesmo.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Quereres

(…) “Aquilo que mais a entretinha no balneário era observar e fazer conjeturas acerca das pessoas que não conhecia. Ao pensar quem seriam, como seriam e quais as relações que existiriam entre elas, Kitty as via como criaturas excepcionais e agradáveis e costumava encontrar a confirmação das suas hipóteses.” (pág.203)

TOLSTOÍ, Leon. Ana Karênina. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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(…) “O Padre Antonio Vieira tinha um belo conceito de autoridade: 'Não basta que as coisas que se dizem sejam grandes, se quem as diz não é grande. Por isso os ditos que alegamos se chamam autoridade, porque o autor é o que lhe dá o crédito e lhe concilia o respeito.' ” (pág.57)

SANTOS, Isidoro Duarte. O Espiritismo no Brasil. RJ – EP Editora, 1960.
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Pois ouse duvidar.
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Eu quero!

domingo, 21 de outubro de 2012

Eu não disse?

Às vezes nos sentimos melhores que os outros por causa das escolhas que fazemos...tenhamos em mente que isso não é verdade. Já me forço a não classificar pessoas, a não rotular atitudes. Muitas vezes erram conosco e já queremos taxar de “merecedor de nosso desprezo”.

Ter opinião sobre tudo é saudável?

Critico o que não conheço porque não tenho interesse de conhecer – minha opinião é válida? Enquanto gosto de ler, outros gostam de ver tevê. São opções pelos programas que se busca, cada qual é livre para escolher, e devemos tolerar as escolhas e não adentrar o mundo do outro para denegrir. Não se precisa dizer que isso ou aquilo é melhor; na sociedade, cada um se sente melhor fazendo o que gosta e, desde que não prejudique o outro, por que não aceitar?

Que possamos assumir a posição de “não tenho opinião formada” sobre o que não conhecemos ou que nem tenhamos vontade de conhecer. Desconheço portanto me calo.
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Eu não disse que ia sentir expectativas equivocadas?
Dito e feito.
Não mais dirijo-lhe a palavra.
Não mais preciso de sua atenção.
Não mais me encanto com o seu sorriso.
Não que eu tenha forçado isso,
Fogo não alimentado se extingue.
Isso não é novidade...
A indiferença mata.

sábado, 20 de outubro de 2012

Impacientes

- Você não devia estar aqui.
- Eu sei... - silêncio. A tentação foi maior do que a minha resistência. Devo ir embora? Ainda há tempo para voltar atrás?
- Elas dizem que você está no caminho certo...e que não adianta se enganar.
- E esse engano...diz mais alguma coisa? Tem relação com o quê?
- Elas só dizem que você não deveria estar aqui...que o seu caminho deve ser trilhado sem nada saber, o que é melhor, diga-se de passagem.
- Diz tudo isso numa cartada só?!
- Sim.
- Você aceita receber por meia consulta? Não quero saber mais nada!
- Sinto muito, tem que pagar o valor inteiro...ainda posso terminar, virar mais algumas cartas.
- Poxa, mas eu não devia ter vindo...
- E então, viro ou não viro? Decida-se.
- Ok. Pode virar.
- Diz aqui que o amor sempre foi difícil para você...
- A senhora poderia dizer algo que eu não saiba?!
- Você já conhece a pessoa que será o seu marido.
- ...

Querer dar a volta no destino, saber antes da hora o que logo logo nos acometerá pode ser desastroso.
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O destino é o maior barato!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Em qualquer lugar

Eu não consigo entender vocês...Nós quem? Vocês que se resignam em fazer o que não gostam quando poderiam estar fazendo o que gostam. Confuso. Trabalho e lazer andam juntos ou separados? Lado a lado? Fico feliz em qualquer lugar, aprendo e ensino em qualquer lugar. Amar sua profissão faz parte da jornada do autoconhecimento, não se acerta logo ou se acerta. E enquanto não se chega lá, por que não aproveitar a aventura?

Não entendo como alguém pode deixar chegar ao ponto da obesidade mórbida. Eu não entendo, mas entendo.
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Foram tantos amores não correspondidos, tantas lições aprendidas – não o desgosto pela vida, mas o continuar vivendo independemente de.

Foram tantos cenários criados, tantas imagens e diálogos imaginados, e quem diria, tanto posto no papel de forma bela e não mais dolorida.

Foram tantas cartas escritas, tantas memórias registradas e absorvidas, lições sobre o ser humano, sobre a felicidade e os desenganos.

Oh, vida!
16/10/12

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Má vontade

- Mãe, tem que colocar aquele remédio no ouvido da Nikita...
- Não sou eu que faço isso.
- Ouch.
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Dia desses lembrei de uma época em que eu tinha o péssimo costume de dormir sem arrumar a cama, deitava em cima da colcha e dormia super bem de tão cansada que eu andava. Minha mãe detestava.
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Descobri ontem sobre um menino que tinha um canal no YT e que eu acompanhava.Ele está com 20 anos e tem um namorado. Uns meses atrás, também descobri que uma amiga inglesa está namorando uma menina. Que coisa, não?!

domingo, 14 de outubro de 2012

Noite estrelada

Noite chuvosa e fria, perfeita para estar debaixo das cobertas – a dois. Acompanhada de Julio, Borges, Érico, Hermann, Jean-Paul, Nikolai, Anton, Máximo, Aldous, Clarice ou outros tantos que ainda não conheci...Hoje, acompanha-me Leon.
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Mãe: E Castle(503), foi bom?
Eu: Hum... *pensando* Se eu não lembro sobre o que foi, não foi bom.

sábado, 13 de outubro de 2012

Perseverança

Antes que eu me esqueça, queria falar um pouco sobre o Freixo. Fui no abraço do Maracanã e foi bem bacana. Arrumei alguns panfletos da campanha dele para distribuir. Acompanhei Twitter, entrevistas, debates...Nunca antes eu tinha tido vontade de lutar pela política ou tive esperança nela. Foi algo novo e belo.

Concordo com o meu pai que, talvez, ele não estivesse pronto para assumir o cargo de prefeito, assim como o Lula que demorou anos para conseguir chegar à presidência. As mudanças devem acontecer aos poucos para serem duradouras. Se ele entrasse agora, talvez, gerasse conflitos desgastantes. Essa eleição foi muito importante para o fortalecimento do partido (PSOL) e já é uma preparação para o engajamento da população/jovens nos problemas da cidade. E todos tivemos a mesma sensação: Quem sabe em 2016?!

É assim na perseverança, nossa chance vai chegar.
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Situação verídica inventada.

- Doutor, não sei como resolver essa situação.
- Sabe que esse foi um dos motivos para eu não ter escolhido essa raça, isso é comportamental: 50% deles comem cocô.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Novo encontro?

Mais de uma vez escrevi sobre a ovelha negra. De tempos em tempos, o assunto surge, a incompreensão como brota e preciso escrever. Porém, não publico. Deveras pessoal, a pequena revolta, ou melhor, inquietação precisa apenas ser posta em palavras para desanuviar o coração. Tornar público parece deveras bruto e desnecessário. Continuo aprendendo com tudo.
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“Eu, que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é quando nada sei e fabrico não sei o quê.” (pág.68)

“Ah viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito não para, viver parece ter sono e não poder dormir – viver é incômodo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito.” (pág. 94)

LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
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Mal terminei de ler, já fica a vontade de reler Clarice.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Intensamente não

Caramba, eu tinha tantas situações para escrever, mas elas vão se acumulando no meio da minha cabeça, e pra arrumar espaço para o dia-a-dia, vou tendo que empurrá-las para qualquer canto...ficando difícil de encontrar quando quero. E quando estou ocupada com afazeres, elas pipocam aqui e ali, querendo ser ouvidas, querendo mergulhar no mundo afora, sem sucesso, devo ressaltar. Agora mesmo, nada me vem. Elas tentam se fazer presentes, mas desconheço o caminho. Intensamente, não tenho vivido os instantes. Fica aquela sensação de que falta alguma coisa...

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O fim

(…) “O Príncipe estava calmo. Seu rosto não exprimia nem ira nem indignação.
- Agora, aquele mesmo em cujas mãos repousa a sorte de muitos e a quem súplica nenhuma conseguiria abrandar, esse mesmo curva-se diante dos senhores, com um pedido. Tudo será esquecido, apagado, perdoado; eu mesmo, em pessoa, intercederei por todos, se atenderem ao meu pedido. Eis o meu pedido: eu sei que não existem meios, intimidações ou castigos que possam erradicar a corrupção: ela já está muito enraizada. A desonrosa prática de receber propinas tornou-se necessidade – indispensável até a homens que não nasceram para ser desonestos. Bem sei que já é quase impossível a muitos remar contra a corrente geral. Mas agora eu sou obrigado, como num momento sagrado e decisivo, quando está em jogo o destino da pátria, quando para salvá-la todo cidadão oferece tudo e sacrifica tudo – eu sou obrigado a lançar meu apelo ao menos àqueles que ainda guardam no peito um coração russo e que ainda compreendem, um pouco que seja, o sentido da palavra “nobreza de alma”. Não vale a pena indagar quem aqui é mais culpado que o outro. Quem sabe, sou eu o mais culpado de todos. Talvez eu os tenha recebido com demasiada severidade, logo no começo; afastei, talvez, com a minha desconfiança excessiva, aquels dentre os senhores que tinham a intenção sincera de me serem úteis – embora pela minha parte eu também podesse reprová-los: se realmente eles tinham amor à justiça e queriam o bem de sua terra natal, não deveriam ter ficado melindrados com a arrogância dos meus modos; deveriam ter sufocado o seu amor-próprio e sacrificado suas sucetibilidades. Teria sido impossível que eu não tivesse chegado perceber sua dedicação abnegada e seu nobre amor à verdade, e não tivesse acabado por aceitar seus conselhos úteis e sensatos. (…) O problema que se nos defronta agora é que chegou a hora de salvarmos a nossa pátria. Que a nossa pátria está perecendo, não pela invasão de vinte tribos estrangeiras, mas por nossas próprias mãoes. Que já se formou, ao lado do governo legítimo, um outro governo, muito forte que o governo legal. Estabeleceram-se condições próprias, tudo tem preço marcado, e os preços já foram até levados ao conhecimento público. E estadista algum, embora seja o mais sábio de todos os legisladores e governantes, tem forças suficientes para remediar o mal, por mais que tente limitar a ação nefasta dos maus funcionários, nomeando para vigiá-los outros funcionários. Tudo será inútilenquanto cada um de nós nãp sentir que, assim como na época da revolta dos povos ele se armou contra os inimigos, assim ele deve armar-se e levantar-se contra a corrupção e a falsidade. É como homem russo, como irmão, ligado aos senhores pelos laços indissolúveis do sangue, que eu me dirijo agora a todos. Dirijo-me àqueles sentre os presentes que têm algum resquício de compreensão do que seja nobreza de ideias. Convido-os todos a se lembrarm do dever, que é o destino do homem, onde quer que ele se encontre. Convido-os a examinarem mais de perto o seu dever e a obrigação do seu cargo na terra, porque isto já se nos afigura de maneira distante e obscura, e mal-e-mal*...” (pág.445)

* Aqui o manuscrito se interrompe. (N. do T.)

GÓGOL, Nikolai. Almas Mortas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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“Em 1842, publicou Almas Mortas, romance no qual trabalhou durante mais de quinze anos. A partir de 1842 viveu como andarilho, deprimido por grave crise religiosa. Em 1852 queimou o segundo volume de Almas Mortas e se abandonou à morte por inanição”.

domingo, 30 de setembro de 2012

Declarações

“Quantas coisas podem passar pela mente de um homem durante um passeio, coisas que tantas vezes arrancam um homem do enfadonho momento presente, sacodem-no, espicaçam-no, mexem com a sua imaginação e fazem-no sentir-se feliz mesmo quando ele tem certeza de que elas jamais se realizarão!” (pág.329)

GÓGOL, Nikolai. Almas Mortas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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“As filosofias imediatistas surgem pela madrugada e desaparecem ao entardecer das emoções, deixando os vazios perturbadores na mente e no sentimento dos seus aficionados.” (pág.9)

FRANCO, Divaldo Pereira e TEIXEIRA, José Raul. Diretrizes de Segurança. Rio de Janeiro: Fráter Livros Espíritas, 1990.
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Tenho me arrastado um pouco. Ao mesmo tempo em que o cansaço dá-me um certo prazer, a dor dói, como não poderia deixar de ser. Em certos momento de extremos, puxo o ar que parece não vir. Não há espaço para contemplar. Deixo apenas minha essência nos lugares que passo, que descanso por um minuto ou dois. Brigo por encontrar alguma energia perdida por dentro para corresponder ao que se espera de mim, ao que eu espero extrair das experiências. Respiro fundo e demora um pouco mais para a vitalidade voltar. A tonteira pode vir da fraqueza, de uma noite mal dormida, de uma energia despendida.

Como é bom se perder nas linhas escritas há tanto tempo! Como é estimulante entrar na sintonia de um livro, caminhar no seu ritmo, respirar a sua história, tocar as imagens pintadas com tanto cuidado e amor. Porque para se escrever é preciso amor, é preciso a perseverança do amor ao escrever, a contar algo que não se aguenta deixar dentro de si.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Fio louro

“Muita coisa pode significar o coçar da nuca do povo russo.” (pág.258)

GÓGOL, Nikolai. Almas Mortas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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Bem que te vi, na cozinha, andando de um lado para o outro, com alguma preocupação lhe remoendo a alma. Era culpa? As lágrimas eram de crocodilo, eram um show a parte que eu não lembro ter pago, ou seriam a resposta de semanas a fio de emoções à flor da pele? Recomponha-se, por favor. Não há espaço para a dor no coração, vamos analisar friamente o que se passa. Respire fundo. Ninguém acusa ninguém; se agimos de forma correta, não há por quê ter medo. Quem grita e esperneia tem culpa. Ou será que é injustiça e a água nada mais é do que um nervosismo? Ainda duvido. Passeio entre lá e cá, hora acredito em uma e noutra coisa. Como me livrar do julgamento? Deixar isso pra lá e seguir a vida? Peço muito. Penso sobre o que nem vi, apenas ouvi de terceiros, mesmo que tenha refletido sobre o assunto antes de qualquer confrontamento.

sábado, 22 de setembro de 2012

Riordan

Acabei de lembrar uma situação engraçada.

Durante um almoço em família desses, eles estavam sendo até mais comuns nos últimos tempos, falávamos sobre lembrar os nomes dos autores dos livros que gostamos.

Na época, a Dé lia a coleção dos Jogos Vorazes e também os do Percy Jackson, não lembro quais ela leu primeiro...acho que primeiro foi o Percy...enfim, questionei se ela lembrava do nome da autora de Jogos Vorazes...não lembro se ela lembrou ou não...o caso foi que eu tentei lembrar de todo jeito o nome do autor do Percy e lembrei apenas do sobrenome, por conta do livro dele que tenho na minha bancada, ainda para ler (Cold Springs, presente do Viniçus).

O Riordan foi, mas o primeiro nome, me fugiu completamente. E minha mãe começou a fazer umas mímicas, sem pé nem cabeça rs Ela fez com as mãos tipo uma casa e eu fiquei com aquela cara de “heim?!”. Depois de nem conseguir arriscar muita coisa...ela abriu a boca. Estou fazendo um castelo. Castelo, Castle. Richard Castle. Rick. Rick Riordan.

o.O Fiquei passada com a mente dela. Hehehe

domingo, 16 de setembro de 2012

Avante!

É tão imenso o mar de livros que sinto uma felicidade angustiada – não dá para ler tudo.
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Engraçado perceber os seus próprios gostos mudando...casca velha deixada pelo chão, nova pele que se molda e vibra alegre, meio solitária, meio bem acompanhada.
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Depois de algumas semanas investindo em planejamento de estudo com a Dé, boas notas começam a pipocar, apesar de que, geografia ainda é uma incógnita. Pudera; o professor é um pouco relapso e os alunos que acabam sofrendo. Achei bonita a construção que a Dé fez num teste, justamente de geografia,

(…) “Os nativos aproveitaram, e lutaram para conseguir sua liberdade. Alguns colonizadores devolveram o poder pacificamente. Outros, acabaram em guerra, mas, ao final, tiveram seu poder de volta.”

domingo, 9 de setembro de 2012

Ainda há tempo?


Eu já falei que adoooro as reflexões do José Castello??
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Essa semana tive a oportunidade de ver dois dias de palestras sobre Geotecnologias (graças à Pat!), e, acabei conhecendo uma iniciativa chamada INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais). Pelo o que eu entendi, é uma ideia recente, sendo mais recente ainda o lançamento da ferramenta; seria ela uma centralização de metadados espaciais. No site deles tem um vídeo explicativo, bem legal! Abaixo, o folder sobre.


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Tinha outras coisas que eu queria falar...mas acho que elas foram se perdendo pelos dias que escoaram. Ficou apenas a sensação de que era algo engraçado, um fato curioso, outro interessante...
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Eu queria ter ido passear no fim de semana, mas fiquei presa em casa, estudando geografia. Minha irmã não tem noção do quanto eu deixo de fazer para assistí-la. Eu bem que gosto, mas ela podia ter mais boa vontade.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Casa da Ciência – O Corpo (2007)

Palestra ministrada em 04 de agosto de 2012.

Gostaria de começar apontando que o filme me surpreendeu. Ainda bem que o Gabriel nos avisou que haveriam cenas fortes. Ufa. Já fiquei preparada. Gostei do tema, de questões e paralelos que a Maria Rita fez. “O Corpo” é o tipo de filme que se descobre novas relações a cada vez que se assiste.

Ela começou relacionando o tema do filme com a nossa história, com o passado e a atualidade. Falou do esquecimento, da indiferença, da mortalidade que continua depois da ditadura. Referenciou logo o livro de ensaios “O que resta de ditadura” com o texto escrito pelo Paulo Arantes, “1964, o ano que não terminou” e nos questionou, o que herdamos? A Maria Rita frisou que somos o único país que não puniu quem matou na ditadura e que temos mais mortandade hoje do que naquela época.

Ela trouxe a tona a barbariedade de maio de 2006, em que ocorreram atos de violência em São Paulo causando inúmeras mortes. O grupo civil “Mães de Maio” acompanha as investigações e exige respostas ainda hoje.

Refletindo sobre o filme, ela afirmou que Laura, a chefe de Artur estava mais morta do que o protagonista; e como os mortos anônimos são tratados como algo banal. Artur começa a viver quando começa a se preocupar com algo. Artur como uma figura quixotesca.Teresa representa a geração que não quer saber de nada e a seguinte. Fernanda histérica, não quer reconhecer o que já sabe. Ela é a falsa boba, podendo o espectador perceber a mudança no seu comportamento quando se dá conta.

Fernanda transgride (rouba) e representa a morte da mãe. Fernanda ainda tem a sua história roubada, como os casos na Argentina, de crianças que eram dadas para a adoção na época da ditadura. Seguriu que víssemos “O dia em que não nasci”, filme argentino e alemão.

Com um discurso em tom de crítica, difícil não assumir esse lugar quando se fala de algo tão revoltante, relembrou o Shibata que assinava os atestados de suicídio de torturados da ditadura, prática que continua nos dias de hoje. Um país inteiro silenciado.

Falou ainda do policeticismo pragmático herdado dessa época, da sociedade que não quer nomear seus mortos. Diagnóstico de melancolia de Walter Benjamin, indolência do coração, rompendo com a sua história. Sintoma social. Trair a sua origem, a sua causa. Mencionou, também, o estado de depressão, aquele que trai o seu desejo (Lacan).

Durante as perguntas, surgiu a questão sobre se vivíamos uma ditadura nos dias de hoje. A Maria Rita Kelh fez questão de dizer que não vivemos uma ditadura, se assim fosse, ela não poderia estar ali falando aquelas coisas. Viveríamos com medo de falar.

Foi suscitado ainda se a juventude de hoje não vivia a política do querer “se dar bem”, passando em concurso público para ganhar em cima do Estado; e a Maria Rita bem frisou que isso é bem mais antigo, estando presente nos textos de Machado de Assis.

O totalitarismo é resultado da tentativa de implementar a utopia, e ela sugeriu o amadurecimento da ideologia pela prática. Ressaltou ainda que vivemos o período democrático mais longo, desde 1988. Apontou, também, para a despolitização da sociedade, ou seja, não se sabe de onde a opressão vem.

Já fazia um tempo que eu não me empolgava com uma palestra dessa forma, saindo com vontade de ler textos e aprofundar estudos ;)

Palestrante Maria Rita Kelh doutora em Psicanálise pela PUC-SP, escritora e integrante da Comissão da Verdade.

domingo, 2 de setembro de 2012

Prosa & Verso


Medo de não corresponder às espectativas. Medo de não brotar o amor. Medo de sorrir apenas por educação. Medo de se enganar. Medo de iludir o outro. Medo de não ser verdadeira consigo mesma.

Ótima crítica do José Castello de um livro que eu nem teria vontade de ler, mesmo depois de ler a critica. O bom mesmo é ler as sucitações de quem já leu e viveu muito.
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(…) “Tendo pedido o mais leve dos jantares, constante de um simples leitão, despiu-se sem perda de tempo e, enrodilhando-se debaixo do cobertor, adormeceu logo, num sono forte e profundo, um sono maravilhoso como só é dado dormir àqueles felizardos que não conhecem nem as hemorróidas, nem as pulgas, nem os dotes intelectuais excessivos.” (pág.156)

GÓGOL, Nikolai. Almas mortas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

sábado, 1 de setembro de 2012

Que dia! :S

Dedos amarelos. O dia tinha começado promissor, primeiro cineclube, depois mudança de planos, vamos à exposição. Antes do almoço, compras, carteira, bolsa, mochila novas. Vida nova, objetos novos! Os presentes andam bem gastos...E veio o banho desnecessário. Nikita nem suja estava, mas inventaram de levá-la. E aí, depois do banho, entram os dedos amarelos do começo. Olhos fechadinhos não indicavam coisa boa e de volta ao veterinário fomos. Colírio amarelo que verde ficava se lesão na córnea apresentava...e não deu outra. Tadinha! Cone azul para não coçar e o rostinho colorido a chorar. Tadinha! Colírio de duas em duas horas hoje e amanhã, espassando a seis horas sem cessar. Tadinha! Que desserviço, minha gente, que vontade de chorar! E os planos se desfizeram no ar.
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“Ajuda, mas aprende a ajudar. Serve, mas aprende a servir, porque quem dá o que não tem fica devendo a própria dádiva.” (pág.167)

MAIA, João Nunes. Segurança Mediúnica. Ed. Espírita Cristã Fonte Viva, 1985.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Casa da Ciência - O informante (1999)

Palestra ocorrida em 7 de julho deste ano. Estou com as minhas anotações de palestras defasadas e atrasadas, se me permitem a redundância rs. Vamos então retomar os pontos levantados pelos palestrantes e refletir sobre os temas abordados.

Engraçado que esse não é o tipo de filme que me anime a assistir...porém, gostei de algumas questões psicológicas colocadas pelos personagens, como a segurança dos indivíduos, a dúvida entre o certo e o errado, o abandono da família em consequência do medo (legítimo). Questões que muitas vezes me levam a questionar a mim mesma sobre a minha reação diante de uma situação semelhante.

O palestrante, Kenneth Camargo, trouxe como tema a ser discutido, a distorção deliberada do conhecimento científico. Ele partiu da premissa da ciência tida como uma atividade humana e gostaria que os indivíduos fizessem uma abordagem crítica da ciência.

Se bem me lembro, ele falou sobre a credibilidade, de como estudos são forjados, ou desenvovidos de forma a provar um resultado pretendido. Ele citou a influência do Edward Bernays e do Gustave Le Bon, assim como, as estratégias de utilização da 3a. pessoa. Ele ainda indicou o site www.sourcewatch.org como ferramenta para acompanhar informações sobre corporações, indústrias e pessoas que tentam influenciar a opinião pública.

O tema do filme diz respeito ao cigarro e o conhecimento de dados sobre a utilização de fórmulas químicas para aumentar a dependência e os lucros da indústria. O Kenneth levantou, também, as questões sobre a liberdade de escolha e a liberdade individual, que se discute sobre quem fuma e quem não fuma e que acaba sendo prejudicado. Que tipo de liberdade é essa?

Ele falou ainda, sobre como suspeitar de um documento, de um discurso; devemos estar atentos aos conflitos de interesses, a oposição entre massa e a ciência (não existe controvérsia para os especialistas), a indústria com interesse econômico claro. Ele colou também que devemos encarar a ciência como o melhor conhecimento que se dispõe no momento; todos já sofremos com as notícias de que tomate faz bem, tomate faz mal e a mesma situação com o ovo, o chocolate, o café entre outros.

O Kenneth frisou a importância da farmaco vigilância, o acompanhamento dos efeitos de remédios posteriormente, apontando para a proteção contra novos medicamentos, “não ser o primeiro, nem o último a usar” e a necessidade de incentivos do Governo quanto a isso e de sua fiscalização sobre os laboratórios.

Levantou-se, ainda, a questão sobre a medicalização ao extremo e o acesso aberto a publicações. Por fim, ele indicou o site www.scielo.org, uma portal de revistas sobre pesquisas.

Palestrante Kenneth Camargo, pós-doutor pela McGill University, Canadá, professor do Instituto de Medicina Social da UERJ (IMS-UERJ), editor associado do American Journal of Public Health e editor da revista Physis. Pesquisador do Grupo de Estudos sobre Ciência e Medicina (UERJ-CNPq).

Para mais informações: www.cineclubecienciaemfoco.blogspot.com.br  

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Aconselho-me

“A obsessão é muito sutil, de tal forma que todos a temos em menor ou maior grau. Entretanto, se nos apegarmos ao estudo sério, reunido-nos sempre em conjunto com aqueles que desejam melhorar, descobrimos com mais facilidade as nossas deficiências e encontramos forças para corrigí-las com maior desempenho.” (pág.23)

“A mediunidade que tem compromissos com o Cristo na Terra, não pode se esquecer de subir o calvário, com a sua cruz nos ombros, representando sacrifícios de várias espécies: a renúncia é a característica de seus passos; o perdão, uma norma diária em sua vida; o trabalho, uma obrigação sem queixa. A oração, um dever silencioso; a alegria, uma manifestação de gratidão por tudo o que vê e recebe da vida. A língua deixa de ferir e a cabeça passa a ser um ninho de pensamentos nobres. Tudo o que faz, ela o faz por amor.” (págs. 26 e 27)

(…)“E a doutrina dos espíritos, que revive o Mestre, apresenta outras modalidades educacionais superiores: nada receber nem exigir, em troca daquilo que se oferta. Por isso, a mudança dos costumes contrários ao bem é um preparo para que o amor se faça, do modo que Jesus nos ensionou a amar.” (pág.42)

(…)“Quando mais evoluídos, compreenderemos sem pensar, conversaremos sem necessidade de articular sons e amaremos sem precisarmos dizer que estamos amando.” (pág.66)

“Não percas mais tempo em dizer coisa de que o próprio vento se envergonha. Não respondas ofensas que os teus próprios ouvidos não desejam escutar. Elimina os pensamentos que a tua cabeça já não comporta e limpa essa água suja minada da mente. Muda de ideia e muda de vida.” (pág.76)

MAIA, João Nunes. Segurança Mediúnica. Ed. Espírita Cristã Fonte Viva, 1985.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A disputa

Na sala de aula...
- Ei, eu que vou sentar na frente!
- Mas eu preciso sentar na primeira fileira!
- Eu também!
- Pois eu tenho TDA!
- Eu também tenho!
- Eu tomo ritalina!
- Eu também!
- Mas eu uso óculos!

domingo, 19 de agosto de 2012

O impacto

Eu não ia falar de cotas, certo? Mas o tema está em todo o canto e não tem como evitar. Acabei de ler um texto do Elio Gaspari que saiu no Globo, e uma parte chamou minha atenção,

As pesquisas indicam que os cotistas tiveram desempenhos iguais ou até superiores aos dos demais.”

E eu fiquei encucada, tenho procurado estudos e pesquisas pela Internet e nada. Pensei em enviar um e-mail para o autor, pedindo as fontes e...nada de ter o contato no jornal. Por uma pesquisa rápida, o Elio Gaspari não tem nenhum e-mail publicado na rede. Fiquei chateada, achei que conseguiria começar a desvendar esse mistério do impacto das cotas nas Universidades. E deparei-me com um texto, justamente criticando o dito cujo e sua matéria. Afinal, após a leitura da crítica, já penso em desconsiderar qualquer coisa que o Elio Gaspari fale, e eu já tinha achado o texto mesmo sem pé nem cabeça.

Quanto ao que penso sobre as cotas, tenho a opinião daqueles que defendem uma melhora no ensino fundamental e médio - Isso não mudou. Entretanto, dar chance aos alunos melhores que se sentem desnivelados contra àqueles que têm a oportunidade de pagar por um ensino melhor, até que essa ideia estava crescendo dentro de mim, mas aumentar esse número para 50% das vagas, é apostar numa política de emburrecimento.

Eu sei que melhorar toda a educação não é algo fácil, mas não vejo estratégias por parte do Governo. Há apenas essas leis para o povo ver e achar (isso engana alguém?) que o governo está cuidando dos seus direitos. O direito primordial, aquele que está garantido na Constituição Federal é de educação e não “cotas-para-entrar-na-Universidade-sabendo-menos-do-que-o-mínimo-necessário-para-competir-com-quem-está-melhor-preparado”. Por que não há proposta de plano de carreira para professores? Por que não há proposta de colocar equipes de profissionais concursados dentro das escolas? Por que não há proposta de se construir mais escolas para diminuir o número de alunos por sala? Cada uma dessas propostas sozinhas, já contribuiriam para o início de mudança e somadas podem ser a solução que o brasileiro tanto anseia para a educação do país.

sábado, 18 de agosto de 2012

A hora de ceder

Essa semana, a Dé me confessou uma coisa. Ela disse que não acreditava realmente que fossemos adquirir uma nova cachorrinha; “sabe por quê?”, ela perguntou ansiosa para responder. “Porque eu não achei que você e a mamãe fossem chegar a um acordo”. E eu explico para os que não conhecem a situação.

A questão era que eu queria adotar e minha mãe queria comprar algum cão de raça que pudéssemos ter a certeza de que não cresceria muito; e tinha que ser filhote também. Debatemos durante alguns meses...até que eu percebi que essa batalha de orgulho não nos levaria a, afinal, adquirir nenhum bichinho. Percebi que a casa era dela e que eu não poderia impor a minha vontade. Que eu adote quando tiver a minha própria casa. Tudo acabou se ajeitando da melhor forma possível.
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“Os controles ou guias espirituais raramente se identificam com algum nome conhecido do passado. Optam pelo anonimato e preferem ser avaliados pelo trabalho que realizam, pelas ideias que transmitem, pelos ensinamentos que ministram. Costumam ser simples, tranquilos, profundamente humanos e compreensivos. Enérgicos, quando necessário, nunca são autoritários. Parecem, às vezes, um tanto frios e distantes, indiferentes e até insensíveis ao observador desatento. É preciso, no entanto, compreender que a visão que têm dos problemas humanos é inteiramente diversa da que costumamos ter aqui. Por que razão iriam se afligir ante a dor maior de um amigo encarnado, se sabem que é precisamente aquele o amargo remédio prescrito pela Lei divina para corrigir uma grave disfunção espiritual do passado? Deveria o médico deixar de operar um paciente em estado grave ou de receitar um remédio salvador, porque a operação vai doer ou o remédio é amargo?” (pág.134)

MIRANDA, Hermínio Correia de. Diversidade dos carismas: teoria e prática da mediunidade. Vol.2

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Eu acredito

Uma hora de perguntas feitas ao candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo:


Watch live streaming video from meurio at livestream.com

Dica: Acompanhem o blog Eleições Cariocas 2012 e estejam a par de propostas dos candidatos. Tem um pessoal bem legal se engajando, participando, o site Meu Rio está bem bacana e parece promissor em aproximar as pessoas para buscarmos um Rio de Janeiro melhor.

E as cotas ficam para outro dia...reclamar o que não posso mudar só me entristece.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Colírio para os ouvidos

Preciso falar. Preciso escrever. Preciso pensar.

Papai, experiente e falador, é sempre uma fonte de explicações. Desde que estourou essa denúncia do mensalão, ele nos esclareceu de como essa é uma prática da política (não só algo da era Lula), mas convenhamos que prática não torna algo correto. O que eu gostaria de ver como resultado dessa confusão toda é a ilegalidade sendo punida, porque mudar o ranço da política, de uma hora para a outra, é desejar demais da conta. Angustiada, perguntei como a exclamar por uma solução para melhorar tudo isso e ele veio com aquela velha e batida (mas verdadeira) resposta: precisamos votar melhor, precisamos deixar fora do governo os que roubam, precisamos votar naqueles que trabalham. E lembrei do Romário, acho que preciso me retratar com ele. Tenho a impressão que o critiquei quando foi eleito, mas ele tem se mostrado interessado e disposto a fazer bem o seu trabalho.

Tem vezes que leio linhas e nada acontece. Tem vezes que leio talvez outras linhas ou as mesmas e preciso escrever, falo comigo mesma, crio argumentos, vou passando os pontos na cabeça até que eles precisam sair para algum lugar. O que sempre impulsiona? Reflito agora. O falar, o pensar, o escrever vêm de uma vontade grande de querer mudar o que parece errado, mudar pessoas para mudar atitudes (ou seria mudar atitudes para mudar pessoas?). Essa vontade vai crescendo e morre ao se perceber que pouco se pode fazer, a única pessoa que se tem acesso, realmente, é a si mesmo.

A postagem ficou meio grande, decidi dividir em duas. Na próxima, falemos de cotas.