sábado, 26 de fevereiro de 2011

Today as in others before

I walked a long distance and I was focused. Time flew by. I had my head down, the world was happening as always, and as always, I had no control over anything. Nothing like, just go by without thinking. And then, I put my head up to get some air, that´s when I had nothing to grab. My eyes were heavy, and I could only stare…stare at the void. The silly thing is that I think I don´t even have the strenght to be angry. It feels like living a double life, one that is known and the other, that is a mistery. I never know what is coming, I never know what should I reach for. I suffer for others and for the part they have of me. I´m not sad, just empty: no emotions to worry about, no good feelings to be happy about, nothing keeps me up at night. I sleep like a rock and wake up the next morning feeling as numb as a few times before. I´m actually getting used to this, this blank that follows me from time to time, feels like guiding some voice of sorrow, maybe not mine.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

[1]

Nota [1] Engraçado que algumas pessoas levam muito a sério o que eu escrevo. Não que eu esteja me explicando...bom, talvez eu esteja. Eu escrevo justamente para cristalizar sensações, sentimentos e pensamentos que passam por mim, e a minha fluidez não me permite me sentir mal durante muito tempo, felizmente a minha natureza é otimista.

Escrever funciona também como uma terapia, geralmente o que me aflige, some de dentro de mim, assim que coloco o ponto final no texto. É o velho sublimar. Ainda lembro o dia que aprendi essa palavra e o seu significado, foi quando fui apresentada a uma palavra que descrevia o que sempre fiz. Não só eu, como todo mundo. Um mundo novo se abria.
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“(...)Mas é do buscar e não do achar que nasce o que eu não conhecia, o que instantaneamente reconheço. A linguagem é o meu esforço humano. Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias, Mas – volto com o indizível. O indizível só me poderá ser dado através do fracasso de minha linguagem. Só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu.” (pág.172)

LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Ed. Nova Fronteira, 1979.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Campeonato Carioca 2011

B : D, o que você vai fazer domingo de noite?
D : Dormir.
B : Sabe o que eu vou fazer? Vou ver o meu time ganhar!
D : B, eu não sabia que você torcia pro Boa Vista!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Capturas: dias atrás, o que fui.

Teria uma época que eu me sentiria completa e satisfeita de me fazer sair e quebrar o meu isolamento, porém, cada vez mais as saídas funcionam como um balde de água fria e eu não consigo sentir. Eu queria poder me divertir um pouco.
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Enquanto caminho, tento viveres e colho maçãs, podres ou não. Vivo pessoas e as vejo. Esbarro com dilemas, como ser pura ou mulher.
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Luto contra a repressão aprendida, uma ideia que poderia voar solta e liberta, e que aprendi a cortar as asas.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Próximos

> Calígula
> O céu e o inferno
> Sublime peregrino
> A bagagem do viajante (Saramago)
> A paixão segundo GH
> As cidades invisíveis (Calvino)
> 68 contos (Carver)
> Zorba, o grego
> Harry Potter 7 (reler)

Lista de livros que quero ler, eu queria ler nessa ordem, mas vou ter que seguir o que estiver mais a mão. Espero que a obra na biblioteca do CCBB termine logo!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Nesses dias de fevereiro

What is it with him?
I mean just when you think this guy, this guy is all right.
Just when you think here is somebody I can trust.
Somebody who will look out for me.
Just when you think, here is somebody
And maybe, just maybe
I can show a little piece of my heart…
He knocks you down and steps on your aorta!
- Maddie Hayes

Moonlighting 2x03 Money Talks, Maddie Walks.
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“E não me esquecer, ao começar o trabalho, de me preparar para errar. Não esquecer que o erro muitas vezes se havia tornado o meu caminho. Todas as vezes em que não dava certo o que pensava ou sentia – é que se fazia enfim uma brecha, e, se antes eu tivesse tido coragem, já teria entrado por ela. Mas eu sempre tivera medo de delírio e erro. Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade: pois é só quando erro é que saio do que conheço e do que entendo. Se a ‘verdade’ fosse aquilo que posso entender – terminaria sendo apenas uma verdade pequena, do meu tamanho.” (pag.105)

LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Ed. Nova Fronteira, 1979.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão

Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão
Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão
Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão
Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão
Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão
Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão
Só trabalho sem diversão faz de Jack um bobão

Madness is just around the corner.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Estiagem

16/02/11

O vento ventando
Espaço vazio preenchido
Agora cheio
Cheio de poesia
Cheio de poeira
Cheio de esperança
Rodamoinhos
Espirais de contentamento
Cabelos dançando ao vento
Carícias de amor
Caminho de olhos fechados
Apenas sendo, estando
Neste mundo paralelo que se apresenta
Porta de outro mundo
Aberta pela chave do vento que me faz feliz
Frescor em dia de verão
Paro e respiro
Entregando-me à natureza
Confiando

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rumo

“Todos dos Espíritos mais ou menos bons, quando encarnados, constituem a espécie humana. E como a Terra é um dos mundos menos adiantados, nela se encontram mais Espíritos maus do que bons; eis porque nela vemos tanta perversidade. Façamos, pois, todos os esforços para não regressar a este mundo após esta passagem e para merecermos repousar num mundo melhor, num desses mundos privilegiados onde o bem reina inteiramente e onde nos lembraremos de nossa permanência neste planeta como de um tempo de exílio.” – Allan Kardec no livro O Livro dos Espíritos.
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“Se eu me confirmar e me considerar verdadeira, estarei perdida porque não saberei onde engastar meu novo modo de ser – se eu for adiante nas minhas visões fragmentárias, o mundo inteiro terá que se transformar para eu caber nele”.

LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Ed. Nova Fronteira, 1979.
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- Se você não gosta da realidade à sua volta, mude-a. Comece por você mesmo.
- Não quero pensar.
- Então não reclama.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Destino

Eu acredito em destino, mas acho que não da forma como geralmente se acredita. Por isso quando me perguntam, eu não posso afirmar categoricamente “sim” ou “não”. O destino que eu acredito leva o livre-arbítrio em consideração, grandes eventos em nossas vidas seriam programados como provas, situações que devemos passar e resolvê-las da melhor forma possível, que é mostrando o quanto já aprendemos sobre o bem. E para os acontecimentos menores, os problemas e entraves do cotidiano, talvez não tenham a ver com algo já traçado, mas são conseqüências para as nossas atitudes e ações, que dependendo do que plantamos, colheremos mais cedo do que imaginamos. Quer um exemplo?
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“861. O homem que comete um assassinato sabe, ao escolher a sua existência, que se tornará assassino?
Não. Sabe apenas que ao escolher uma vida de lutas terá a probabilidade de matar um de seus semelhantes, mas ignora se o fará ou não, porque estará quase sempre nele tomar a deliberação de cometer o crime. Ora, aquele que delibera sobre alguma coisa é sempre livre de a fazer ou não. Se o espírito soubesse com antecedência, que, como homem devia cometer um assassínio, estaria predestinado a isso. Sabei, então, que não há ninguém predestinado ao crime e que todo crime, como todo e qualquer ato, é sempre resultado da vontade e do livre-arbítrio. De resto, sempre confundis duas coisas bastante distintas, os acontecimentos materiais da existência e os atos da vida moral. Se há fatalidade, às vezes, é apenas no tocante aos acontecimentos materiais, cuja causa está fora de vós e que são independentes da vossa vontade. Quanto aos atos da vida moral, emanam sempre do próprio homem, que tem sempre, por conseguinte, a liberdade de escolha: para os seus atos não existe jamais fatalidade”. (pág.283)

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Onde é o meu lugar?

Vejo através. Vejo o papel e não linhas, não as letras que formam palavras. Achei que o encontro, ou melhor, o reencontro fosse me confortar. Fui sem expectativas, esperava o nada, e o nada realmente chegou. Frio em pleno verão. Observei e tentei estar presente, cansei de falar sobre as estrelas, eu queria vê-las brilhar, eu queria ouvir suas histórias e estar. Risos de reflexo. Onde está o peso da vida? Onde está o que me faz caminhar? Ali não estava. Não fui escalada para atuar. Assisto e nada mais. Nada o que eu diga irá te tocar; o abismo talvez seja, e aqueles anos nunca mais irão voltar. Nunca fui de falar bobagens, então para que ali estar?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Reparação

Quando eu decidi parar de comer carne vermelha, eu desconhecia os ensinamentos sutis que estariam por vir. O tempo foi passando, e eu fui percebendo que mesmo eu tendo sido adoradora de churrasco, por exemplo, hoje eu me relaciono de forma diferente com a comida em geral, não só com a carne. Não sentir mais desejo de comer carne, mesmo quando alguém ao seu lado a está comendo, me faz acreditar e sentir que é possível eliminar outros defeitos. Resistir à carne, o que nem mais posso dizer ser uma tentação, abre portas para outras conquistas que com certeza virão. E assim, é nos posicionando diante das coisas que podemos perceber nossos limites e o quanto já estamos prontos para enfrentar outros desafios: resistir ao ócio, resistir à irritação, resistir à impaciência, resistir aos instintos animais...E do outro lado, tem a minha tendência à inércia, só que esse defeito eu ainda não consegui perceber uma saída, mas ainda há tempo, temos a eternidade.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Casa da Ciência – Videodrome (1983)

Depois de ver o trailer do filme, apareci no cineclube já preparada para assistir qualquer coisa estranha. Enquanto eu via o filme, fiz muita careta, ri como o resto do público das cenas risíveis, hoje, e pude perceber silêncios, quando não sabíamos o que esperar da próxima cena.

Foram muitas reações e sensações, e fiquei surpresa de ouvir o palestrante falar que “Videodrome” é moralista. Não sei se essa confusão foi geral ou foi só a minha percepção. Cronenberg brinca com as transgressões para mostrar-se moral, mas pra mim o choque da violência acabou deixando o discurso moral nebuloso.

O Tadeu Capistrano (Doutor em Literatura Comparada pela UERJ e professor de Teoria da Imagem da Escola de Belas Artes da UFRJ) falou de temas presentes nos outros filmes do diretor, como sexo e violência, corpo-mídia, hiperestimulação.

Falou-se também da possibilidade de ver sem olhos, o que seria uma visão remota; o olho obsoleto e o foco no controle do cérebro. Em “Videodrome” podemos ver corpos opacos, melancólicos, esvaziados de vontade – apatia típica dos anos 80. Com a criação do vídeo, havia uma crise do cinema e do espectador cinematográfico, o que gerou novas demandas perceptivas e sensoriais.

A noção de hipnose está bem presente, há de se focar um ponto luminoso que irá trabalhar com a emoção, a atenção, a memória ou a imaginação. Os personagens se tornam vídeos. O corpo como uma mercadoria. Redução do cidadão à espectador.

As alucinações costuram o enredo, levantando questões sobre o que seria a realidade se não a nossa percepção, o próprio filme poderia ser inteiramente uma alucinação do Max, pois vemos ele perder o controle o tempo todo, quando se perde a noção de realidade.

O Tadeu ainda apontou como Cronenberg era adepto da filosofia do desaparecimento, quando ele tematiza o desaparecimento do corpo, e do que nos torna humanos. Não há espaço para o existencialismo. Falência do tempo de reflexão sobre o que vemos. E na sua visão apocalíptica, ele mostra-se desacreditado do homem, apostando na tecnologia.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ânimo!

Ainda não
04/02/11

Sufocado pelo nada
O nada que me devora
O vazio que espreita
Engolido a cada suspiro

Como faz falta
Uma ordem
Uma aspiração
Um caminho mesmo que cheio de espinhos

Falo do que já enloqueceu uns
Falo do que já matou tantos outros

Das duas portas que vejo
A fuga não está em nenhuma delas
E mesmo assim, foge-se

Ela ocorre e corre-se
Para não sucumbir

Dói não saber agir
Dói não ter direção alguma para seguir

Fazer sem saber o quê
Respirar o vazio explode a gente,
Então pra quê?

Falo da busca daquilo que ainda não existe
Aquilo que parece ainda não existir em nós

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Fausto Vol. 2

Poema dramático

POETA SATÍRICO
Sabem o que a mim, poeta,
Deveras agradaria?
É poder cantar e dizer
O que ninguém quer ouvir.
(pág.251)

ARAUTO
(...) Ao lado marcham acorrentadas duas nobres mulheres; uma parece ansiosa e a outra, alegre; a primeira deseja a liberdade e a segunda sente-se livre. Que cada uma delas diga quem é!
(pág.254)

Galeria obscura (pág.274)

Fausto. Mefistófeles.

MEFISTÓFELES
Caminho não há! Ele leva ao inexplorado que é impossível explorar! Leva ao inalcançado que não se pode alcançar! Estás pronto? Não há que forçar fechaduras nem afastar ferrolhos; terás que vagar na solidão absoluta. Tens uma ideia do que seja deserto e solidão?

FAUSTO
(...) No meu trato com o mundo, não tive que aprender o vácuo e ensinar o nada? Se eu dizia palavras sensatas, os protestos soavam em dobro nos meus ouvidos. Tanto me atacaram que precisei refugiar-me na solidão e nas regiões desertas; para não viver totalmente só e enclausurado, tive até de apelar para o Diabo!

(...)

MEFISTÓFELES
Então és tão tapado que uma palavra nova te desconcerta? Só queres ouvir aquilo que já ouviste? Não te deixes confundir, por mais que pareça estranho. Afinal, já estás acostumado com as coisas fora do comum.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Da palavra encantada

Eros e Psique
Fernando Pessoa

Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
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Lindo, lindo.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

5º e último dia

Eu não via a hora de voltar pra casa e assistir “Castle” rs Mas foi muito bom ficar longe do calor úmido e dar um descanso pro computador. Ah, e voltamos no calor, o ar condicionado do carro quebrou de novo =/ Fomos recebidos por um almoço feito pela Nat e pelo Viniçus ^^, a brincadeira de casinha deles acabou rs

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

4º dia

Depois de tanta comilança e calor, aprendi a tomar água nas refeições. Foi ótimo ficarmos hospedados longe, só assim para caminharmos mais e gastar toda a energia ingerida rs Pior que tinha vizinho que descia e subia de carro.

Caminhada nível monstro, subimos e descemos até chegar ao Haras; pelo de anca de cavalo é tão fofinho! =)

De noite as bandas disputavam: Carbono 40 de um lado e Paulinho Lira do outro. Nos divertimos com as nossa conjecturas.

Quase perdemos nossos dedos no boliche à moda antiga, com os pinos repostos no grito. E perdemos a bola de golfe algumas vezes no laguinho, nada como um lodo para testar a sua imunidade rs

Time do tio ganhou de virada novamente – 5x4. E Botafogo goleou – 4x1 – contra o Madureira.