domingo, 31 de julho de 2011

Fora da bolha

Boa parte do tempo eu reflito sobre como melhorar minha moral e meu conhecimento. Esse trabalho interno diário começou com mais intensidade com o fim da faculdade, com o fim de um ciclo. Eu não precisei passar por qualquer acidente traumático, minha natureza já apontava a urgência para a mudança, e assim levo minha vida hoje. Outras pessoas precisam passar por eventos traumáticos, como nesse caso.

Antigamente, eu sentia um pouco de inveja de pessoas que levavam a sua vida desconhecendo o peso da vida, hoje, eu fico feliz de ter saído da bolha.

sábado, 30 de julho de 2011

=D

Feliz. Acabei de escrever um textinho inspirado para uma amiga que está trabalhando e morando em Dubai.
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Depois de um período um pouco perdida, volto a produzir. E, assim, reforço mais uma vez que o cansaço me priva a inspiração.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Fio de Ariadne

“(...) A esta casa silenciosa não chega o rumor das ondas do mar, de passarem aves a sombra não escurece a janela, cães haverá mas não ladram, a terra, se tremeu, não treme. Aos pés da desenredadeira o fio é a montanha que vai crescendo. Maria Guavaira não se chama Ariadne, com este fio não sairemos do labirinto, acaso com ele conseguiremos enfim perder-nos. A ponta, onde está.” (pág.18)

SARAMAGO, José. A Jangada de Pedra. Editorial Caminho, 1986.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Foto e verso ou vice-versa

Versinho que fiz para um amigo de aniversário atrasado:

Desculpa a demora, meu caro
Não foi falta de tato
É que eu tenho estado um trapo
Mas não se preocupe!
Afinal, não quero chorar
Vim mesmo só para dizer
Como não poderia faltar
Mesmo estando de longe
Estava eu a pensar:
Feliz Aniversário!
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Quando Predu foi lá ver a peça da Dedé com a gente!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Boquitas

“era tan dulce la armonía, de aquella extraña melodia, y llena de gozo yo sentía mi corazón soñar...mi corazón sangrar...”

“cómo esa música domina, com su cadencia que fascina, adónde va mi pobre vida, rodando sin cesar...”

“la culpa fue de aquel tango, que mi galán enseñóme a bailar, y que después hundiéndome em el fango, me dio a entender que me iba a abandonar...”

“y adónde irá mi pobre vida, rodando sin cesar...” (pág.144)

PUIG, Manuel. Boquinhas Pintadas. Livraria José Olympio Editora, 1976.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dá samba?

Xô, tristeza!
13/07/11

Quem morreu, meu caro amigo?
Que notícias você traz de lá?
Parecem más demais
Porque as nuvens pretas
Não traduzem paz

Olhos e ombros caídos
Sem vida
Sem cor
Sem alegria

Nem parece carioca
Que ri mesmo na pior condição
Sem o que comer
Ou vestir
Comemora o futebol!

Adora uma música
E boa comida também
Que motivos há para essa tristeza?

Diga aí, meu irmão,
O que aflige o seu coração!
Ou não diga não,
Se for chorar,
É melhor não.

Esse ar de enterro
Acaba com qualquer um
Vamos cantar
E tomar um sol
E tomar...
uma água de coco
Pra refrescar o verão

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dias e dias

08/07/11

Tem dias que eu acordo pensando
Em você

Tem dias que eu não digo
Nada

Tem dias que eu falo pro mundo
Sem medo

Tem dias que eu me calo

Tem dias que eu discuto com todos
E grito

Tem dias que eu rio e esqueço
Da vida

Tem dias que eu levanto do avesso
E escrevo

Tem dias que eu morro

Tem dias que eu amo os defeitos
Dos outros

Tem dias que eu ando nas nuvens
E sonho

Tem dias que eu respiro
As flores

Tem dias que eu espero

Tem dias que eu não caibo em mim
Transbordo

domingo, 3 de julho de 2011

Invasão

Que opressão é essa?
Que pesa nos seus olhos
Que seca a sua boca
Que o faz estacar na frente do espelho
Que o faz olhar para além do que ali está

Que opressão é essa?
Que esvazia a sua mente
Que o faz suar em um dia frio
Que o faz querer dormir para sempre
Que o torna inerte

Mãos invisíveis que te seguram,
batem no seu corpo,
batem no seu espírito,
esganam o seu pescoço,
privando-o do ar tão precioso?

Esse escrito estava em uma folha dentro da minha gaveta de rascunhos, eu tinha descartado...e quando eu ia jogar fora, acabei guardando, e escrevendo outra coisa no verso da folha. Considerem então como "o texto que quase deixou de existir" rs

sábado, 2 de julho de 2011