quarta-feira, 30 de novembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sangue & Espinhos

29/11/11

Barreira intransponível.
Invisível.
Choque e tristeza.
Devagar e sempre?

Algo adormecia,
algo não mais a acompanhava.
O tempo brincava, cruelmente,
Esquecido.

Rachaduras na estrutura.
Até quando estaria de pé?

Oh, a queda!
A incompreensão!
O lixo do lixo!

Sua estrada não permitia glórias,
Nenhuma sequer.
Relembrava agora:
Pertencia à base e não ao topo.

domingo, 27 de novembro de 2011

Dolor

O caminho do bem levaria até Deus...inconscientemente, era isso que buscava, desde sempre, mas os preconceitos impediam que abraçasse a busca, pois o caminho era bastante longo e cheio de distrações. Dar forma ao que se quer não significa sentir o que se quer, abrir-se para o bem seria um aprendizado diário e lento que exigiria todo o seu esforço. E quem quer se esforçar? A transformação se dá no turbilhão.
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Bolo é pastel. Pastel é lápiz. E lápiz é lápis.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

No mundo do MP

Talvez a minha vontade de me explicar volte depois de domingo. Anseio. Espero.
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Débora entrou em um ciclo vicioso, já estava lendo pela terceira vez seguida os livros do Harry Potter, terminava o sétimo e emendava no primeiro. Resolvi ampliar os horizontes dela e lhe apresentei o livro da “Poliana”. Ela está gostando.
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Dear Amazon,

Fortunately the book in question – Heat Rises (Nikki Heat 3) – arrived here last week. Thank you so much for your kindness and solicitude, I’m looking forward to use your services again.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pilha IV

Com a última pilha para acabar e, ainda, sem CCBB, passeei pelo quarto a procura de novas perspectivas. De cada prateleira colhia maçãs, de cada olhadela, algo atraia a minha atenção, chamava-me. Acredito que essa lista me acompanhará na entrada de 2012 =D

> Heat Rises de Richard Castle
> Pedro Pedra de Gustavo Bernardo
> Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley
> Os Cavalinhos de Platiplanto de José J. Veiga
> O Risco do Bordado de Autran Dourado
> Mar de Histórias Vol. 5 – Realismo

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Marcha do

Progresso
No meio de irresponsáveis, alguém assumirá a responsabilidade. No meio do caos, surgirá aquele que precisa de ordem. No meio dos violentos, haverá aquele que não quer ferir o outro. No meio dos egoístas, alguém se sacrificará. No meio dos vaidosos, alguém se importará com a beleza interior. No meio dos orgulhosos, haverá aquele que aceitará a humilhação. No meio dos intolerantes, alguém será compreensivo. No meio de mentirosos, nascerá a verdade.

sábado, 19 de novembro de 2011

Dia da bandeira

Vamos cantar todos juntos!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ela poetisa

Débora recebeu uma ótima nota em sua prova de produção textual, e ganhou nota máxima na proposta da redação. Chegou em casa feliz da vida, eu li o texto e a parabenizei. E ela falou toda feliz: “você podia colocar no fatia!” Achei engraçado. Então aqui está, minha influência sobre ela dando frutos rs A questão da prova seguida da poesia.

Agora escreva um texto em formato de opinião (entre 20 e 25 linhas) ou poesia (com 5 estrofes de 4 versos) desenvolvendo como seria um político perfeito, aquele que realmente mereceria estar no comando do nosso país, que qualidade ele deve ter? (7,0)

Perfeito…

Um bom político,
É aquele que não mente pro coração...
Um bom político,
É aquele que tem preocupação

Perfeito
Ele seria
Se não jogasse fora
O que tem nas mãos

Um bom político
É aquele
Que ama
A sua nação

Perfeito
Ele seria
Se nunca roubasse,
E sempre nos consolasse

Um bom político,
É muito raro,
Mas não podemos desistir,
Porque um dia, ele vem aqui!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Casa da Ciência – Donnie Darko (2001)

O palestrante, Erick Felinto, tinha como proposta falar sobre gêneros e a fantasmagoria da imagem, com a palestra “Explorando gêneros e analisando a potência fantasmagórica da imagem”. Logo de início, ele declarou a sua fascinação por filmes de horror, questionando se “Donnie Darko” poderia ser classificado como tal. Disse, ainda, que tentar entender uma linha lógica do filme, talvez desmerecesse toda a experiência. Para mim, a digestão do filme e da narrativa, se deu no caminho para casa.

Sobre o filme, especificamente, o Erick falou da nostalgia dos anos 80: as músicas, citações, referências sutis, o terror – chegou a definir o filme como um conto de fadas sombrio. O filme acaba por negar soluções, cheio de tramas paralelas que desviam a nossa atenção, dificultando a interpretação. O Erick chamou a nossa atenção para a experiência de climas e ambientações que criam memórias.

Falou ainda da função do cinema de produzir ilusões (o cinema que hipnotiza) e, também, da intenção de colocar os espectadores dentro do filme, como na cena dentro do cinema. Ou, então, na última cena do “adeus”, quando a menina acena para a mãe do Donnie, que acena de volta e, por fim, o vizinho acena para nós, os telespectadores. [interpretação minha]

Como um filme sobre viagem no tempo, deparamo-nos com os paradoxos temporais. A ficção científica que não fala sobre o futuro, mas, sim, sobre o presente.

Erick ainda falou sobre a dificuldade de classificar o gênero do filme, já que existe uma mistura muito grande de estéticas. Por fim, ele expressou a sua preferência por filmes com narrativas que produzem tensão o tempo todo, pois que questionam a realidade, fazendo-nos refletir, valorizando o mistério, as perguntas que ficam sem respostas, o misticismo, o uso do sobrenatural, o inexplicável.

“Donnie acaba por assumir um papel de redentor”. Esta foi uma das poucas frases que o Erick falou sobre a interpretação da trama em si, sempre preocupado em dizer que nada do que ele dissesse deveria ser tido como uma interpretação única. Quanto à interpretação, falou também sobre o Frank que aparece para Donnie como se fosse um fantasma.

Eu encontrei na internet o script do filme, e passando o olho, rapidamente, pude identificar certas cenas que não aparecem no filme; talvez tenham sido cortadas, como uma cena em que o Donnie fala com a professora de literatura sobre coelhos. Seria interessante dissecar ideas que o filme apresenta.

A primeira possibilidade que enxergo é a óbvia, do sonho. Atrás do sonho, vem a graça concedida por Deus de passear pelo caminho que as escolhas do Donnie trilhariam, culminando com a morte da menina e do Frank. Ele morre sorrindo, feliz por evitar tantos tormentos, sacrifica-se, tendo a certeza de que morre por um propósito maior. Existem outras várias descobertas deliciosas no filme, recomendo a leitura do script para complementar o filme. E eu concordo com o Erick, uma ótima experiência realmente.
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Próxima sessão do cineclube da Casa da Ciência: 03 de DEZEMBRO com o filme PROFISSÃO: REPÓRTER (1975) de MICHELANGELO ANTONIONI.

domingo, 6 de novembro de 2011

O amanhã brilhará

“A situação paradoxal de vasto número de pessoas, hoje, é estarem semi-adormecidas quando acordadas e semi-acordadas quando a dormir, ou quando querem dormir. Estar plenamente acordado é a condição para não aborrecer e nem ficar aborrecido – e, na verdade, não aborrecer nem ficar aborrecido é uma das principais condições para amar. Ser ativo em pensamento, sentimento, olhos e ouvidos, o dia inteiro; evitar a ociosidade interior, a forma de ser receptivo, amealhador, o mero desperdício do tempo – isto é condição indispensável para a prática de amar.” (pág. 165)

FROMM, Erich. A Arte de Amar. Ed. Itatiaia Limitada, Edição nº 120.
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Assim como Frank (“Donnie Darko”), João de Deus (“Um Lugar ao Sol”) morreu com um tiro no olho. Saboroso remédio são as coincidências. xD

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Encontro

Além de nós dois, naquela saleta, mais um casal ocupava o espaço que já era pequeno, abarrotado de equipamentos. Mesmo com as grandes janelas, parecia que o ar estava em falta ali. Não que fôssemos um casal, que isso fique claro. Com aquela música ao vivo, aquela luz quase inexistente, falávamos ao pé do ouvido um do outro para não chamar a atenção ou, mesmo, atrapalhar o show em andamento. Você esforçava-se a me ensinar sobre dobradura pela milésima vez e eu fingia nada saber, apenas seguindo cada passo, compenetrada, analisando cada expressão do seu rosto, cada movimento de suas mãos. Ríamos um pouco alto, e foi quando a primeira repreensão foi feita. Acatamos. Dali a um tempo, veio a segunda repreensão, suficiente para você começar a se irritar. Quase levei minha mão aos seus lábios para evitar nova repreensão – algo me impediu. Apenas sorri e confirmei com a cabeça o que você dizia. Já nesta hora, crescia em mim o descontrole. Até que a dobradura que fazíamos, para passar o tempo, foi ao chão. Você se inclinou para pegá-la e se abaixou próximo das minhas pernas que pendiam do banco alto. Não pude evitar tocar-lhe. Você sentiu o meu toque e levantou a sua cabeça que, antes, voltava-se para o chão. Olhávamo-nos, sorríamos com os nossos olhos. A terceira repreensão veio mais incisiva e nos tirou de nosso transe, nosso momento de verdade, nossa paixão impossível, nosso segundo que dura uma vida inteira. Achei então prudente sair, deixá-lo só, antes que cabeças começassem a rolar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Maçã

“O homem moderno está efetivamente próximo do quadro que Huxley descreve em seu ‘Admirável Mundo Novo’: bem alimentado, bem trajado, sexualmente satisfeito, e contudo sem personalidade, sem qualquer contato com seus semelhantes a não ser o mais superficial, guiado pelos lemas que Huxley formulou tão sucintamente, como estes: ‘Quando o indivíduo sente, a comunidade vacila’; ‘Nunca deixes para amanhã o prazer que podes ter hoje’, ou, como afirmativa culminante: ‘Todos agora são felizes’. A felicidade do homem, hoje em dia, consiste em ‘divertir-se’. E divertir-se consiste na satisfação de consumir e ‘obter’ artigos, panoramas, alimentos, bebidas, cigarros, gente, conferências, livros, filmes – tudo é consumido, engolido. O mundo é um grande objeto de nosso apetite, uma grande maçã, uma grande garrafa, um grande seio; somos os sugadores, os eternamente em expectativa, os esperançosos – e os eternamente decepcionados.” (pág.117)

FROMM, Erich. A Arte de Amar. Ed. Itatiaia Limitada, Edição nº 120.
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Voicing myself. Amateur stuff. How deep can you go? http://t.co/0v6XaW3x

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Recolhimento hoje

Não sabe que livro ler, comece por aqui.
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Pro dia seguinte nascer,
O sol tem que morrer
E a noite cair.

Na escuridão que vem,
Derramando-se,
Engolindo o ontem e transformando
O novo dia em amanhã.