domingo, 31 de janeiro de 2010

Desintoxicação

Foi doloroso e degradante. Brigou com o bicho o tempo todo no caminho de volta para casa. E pra que voltar? Como entrar em casa após um fracasso? Não queria exatamente fugir, queria ficar só, deixar a energia transbordar e fluir, deixar o peso ir embora; e não conseguia pensar em um lugar que pudesse fazer isso, havia pessoas por todos os lados.

Nas trevas, sem poder ver o seu rosto, pode finalmente parar de brigar se libertar. A água saia de todos os seus poros, expelia aquilo que vinha guardando na expectativa do sucesso, uma explosão nunca sentida antes. O corpo tenso, expressando uma tendência natural de encolher-se e ficar ali para sempre parado. Só no breu. Causando o seu próprio sofrimento, pensava na sua força destrutiva, uma vontade de se punir pela incompetência.

Agora já estava à luz do dia, junto dos seus, mostrando sua fraqueza diante do desafio. Chorava copiosamente, sem controle sobre o seu corpo, esperando que a dor passasse algum dia. Seguiu-se o desgosto pela vida, pra que continuar, criando assim a sua própria dor? Já na cama, sentia respostas alternadas do seu corpo: tremia involuntariamente, espasmos, parava de respirar, olhava para o nada com a cabeça pendendo para o lado em posição desconfortável, e as lágrimas continuavam, mais tímidas agora à luz do dia, com o seu rosto à mostra.

E assim, após algumas horas de desintoxicação, já tinha incorporado o seu fracasso, já tinha aceitado o insucesso e pensava na próxima meta.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Procurados

Eu estava vendo umas fotos antigas aqui no computador e esbarrei nessa rs Saudades daquele tempo! É de 2006.
..............................

Desejem-me boa sorte amanhã! =D

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Os “nove”



Foi assim que ficamos conhecidos por lá, éramos os “nove” passando de um lado para o outro. No sábado, era o dia de pegar o teleférico, para o pavor do Viniçus, e ir à praia, para o meu pavor rs [eu já comentei que descobri que detesto praia?! rs]

Pegamos o bondindinho, transporte tipo um ônibus, que leva o pessoal para o teleférico, lá no Barra Sul. Foi a nossa chance de ouvir o sotaque do pessoal nativo, porque até ali só ouvimos sotaques de outros lugares.



Depois do teleférico, passeamos por uma reserva de Mata Atlântica, apreciamos a vista, compramos chocolates, e tiramos fotos. Pegamos o teleférico novamente para chegarmos ao bairro de Laranjeiras [parecia que nem tínhamos deixado o Rio! rs]

Ficamos um tempo na praia, Tia se perdeu rapidamente e fomos almoçar. Voltamos para o Barra Sul quando o tempo começava a virar, mas antes da chuva chegar, conseguimos caminhar pela enseada. Voltamos para o hotel com um bondidinho vomitado [eca!].

Como era nossa última noite, saímos depois para comer, andamos, andamos e andamos. Como ninguém estava com fome, a maioria do pessoal comeu sopa de capeletti. O meu capeletti quase me mordeu, mas isso é detalhe rs

E os caras lá, ao invés de perguntar no final da refeição “estão satisfeitos?”, eles falam “estão servidos?”. Diferente, né?!

Quanto às fotos, achei engraçado que sem intenção sai mais olhando pro outro lado do que pra máquina rs


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Beto Carrero

Acordamos cedo para irmos pro parque, conhecemos nossa guia (argentina, pra variar, mas desconfiávamos que fosse baiana =P) e esperávamos que a chuva estiasse.

Viniçus, com seu medo de altura, não iria nos acompanhar em qualquer brinquedo radical rs Mas acabou que eu e Nat chegamos à conclusão que estamos ficando velhas demais para esse tipo de programa; ficamos com uma baita dor de cabeça da única montanha-russa que fomos, bem ruizinha.


De todo não gostei do parque, acho que eu esperava mais depois de ouvir falar tanto dele. O seu diferencial é a parte dos animais, porque os brinquedos deixam a desejar mesmo, mas tinha bastante coisa em obra.

E foi mais um dia SUPER cansativo, o espaço é enorme e as coisas ficam bem longe umas das outras. Já depois do almoço, eu não me agüentava em pé, sentava em qualquer canto que podia e cheguei a dormir um tempinho num banco.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Guarulhos – Navegantes – Itajaí – Camboriú

As crianças estavam eufóricas com a primeira viagem de avião! E começaram muito bem, fizemos nada menos que QUATRO decolagens e aterrissagens. Fomos do galeão para Guarulhos, SP; de lá ficamos no mesmo avião e partimos para Navegantes, SC.

Chegamos de tarde e já fomos a procura de um lugar para almoçar. Nossa impressão do Balneário de Camboriú foi muito boa, chuviscava, mas deu para passearmos um tempão pelo calçadão. E olha que eu só descobri que íamos pra praia dois dias antes de viajar rs

Lindinhos!

Camboriú parece Petrópolis, Cabo Frio, Rio das Ostras...uma mistura total! E nesse primeiro dia já começamos a perceber que ali tinha argentinos por todo canto. Como um menininho gritou na praia dias depois: “Mãe! Tem um argentino na água!” haha Muito bom!

Andamos MUITO no primeiro dia porque queríamos chegar ao outro lado de Camboriú, onde tem um teleférico que leva para o outro lado da montanha do bairro Barra Sul. Infelizmente não conseguimos chegar, estávamos com os pés e joelhos latejando.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Hoje estou de folga

Acabei de desarrumar a minha mala, e tenho o resto do dia para descansar. Férias não é mais sinônimo de descanso, hoje precisamos de férias para descansar das férias.



Aproveitarei, hoje, para deixar engatilhadas as próximas postagens sobre a viagem [semana de revisão pra prova de domingo!]. Demos boas risadas e nos cansamos bastante, foram só quatro dias, mas foi o tempo na medida certa, o suficiente para conhecermos a área do hotel em que ficamos.

A foto acima é de uma placa, tiramos no avião da volta, por motivos cômicos rs

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Constrangimento desnecessário

Ontem estava eu na minha aula de gestão de materiais, quando chegou uma mensagem no meu celular da minha mãe: “Cla ccbb cobra um livro. E aih? Me liga”. Eu estava super concentrada na aula, e realmente foi uma pena algo assim estragar minha concentração. Esperei até o intervalo para ligar, mas antes disso mandei outra mensagem: “Qual livro?” e a resposta foi bem vaga: “Não sei, antropologia ou morfologia”. Achei estranho ela não saber, já que tinham falado com ela, mas só foi no intervalo que pude entender a situação. Eu sabia que não era morfologia porque nunca peguei nenhum livro com esse nome.

O que aconteceu então foi seguinte: o gerente da agência da minha mãe, que está aposentada, ligou pra ela e passou o recado, dizendo que tinha um livro pendente. Eu retruquei que já tinha devolvido todos e que algo de errado estava acontecendo. Ela sentiu-se constrangida e eu a entendo, também fiquei chateada. Só que nem sempre eu pego o recibo de recebimento do livro, ainda mais na época que eu estava indo lá todos os dias por causa da minha monografia.

O resto da aula de gestão não rendeu nada, eu só pensava no barraco que ia fazer quando chegasse lá no CCBB. No entanto, quando eu estava na curva da “Primeiro de Março”, lembrei que o CCBB não abre nas segundas-feiras.

Hoje fui lá resolver o problema, aproveitando que estava no Centro, e foi tudo muito rápido, fui preparada para resolver o problema da melhor forma possível, minha mãe queria o nome dela “limpo”. Mas foi bom eu ter ido hoje, mais calma, e não ontem, quando estava exaltada.

Cheguei, informei o problema; a menina foi procurar o livro e voltou com ele na mão. É, esqueceram de dar baixa. O que eu faço numa situação dessas? Frisei o constrangimento da minha mãe e a resposta foi um sorriso amarelo. Nem se deram ao trabalho de verificar antes de ligar cobrando, total falta de consideração.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Vestibular all over again

Eu não vou entrar em outra faculdade, não tenho gás para ser caloura novamente rs No entanto a sensação é a mesma, talvez pior.

Ah, atritos. Nada como brigar na hora do almoço, só pra estragar mesmo o meu apetite. Fiquei emburrada o resto da tarde, e se não fosse o dentista para agir como válvula de escape para a minha raiva, eu realmente teria que ter saído pra correr, queimando assim o estresse. Nunca pensei que o dentista seria tão bem-vindo rs

Remoendo a minha revolta, acabei achando uma solução que me agrada, e apesar de assumir que estou errada, se eu engolir o meu orgulho agora, talvez todos saiam ganhando no final, e eu mais que todo mundo.
.............................
Bom, o resultado no consultório foram duas cáries e um siso para tirar [Gente, a frase ficou estranha? O verbo ser tanto pode concordar com o sujeito quanto com o predicativo]. Uma das cáries já foi. Isso que dá ficar três anos sem ir ao dentista.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Munchkin & Escalation

Nada melhor do que começar a semana com uma tarde de jogatina com os amigos! =D
Motivo pra juntar o pessoal: aniversário do Japa! Parabéns! =)

Tudo bem que eu e Nat demoramos um pouco a pegar o jeito do jogo, mas acho que depois de 4 horas, já estávamos entendendo bem mais. Estávamos tão exauridas que no final, eu não sabia quem tinha ganhado e a Nat não sabia se tínhamos jogado em inglês ou em português! rsrs Mesmo com a piada do “cacete dos cavalheiros” rs E nem sabemos qual carta voou e se perdeu no vento. Será que foi a “planta no vaso”?! rs
E pra compensar as 4 horas gastas em um jogo só, optamos por um jogo rápido, bem divertido: Escalation.

..................
Sexta: clube da luluzinha
+Sábado: filminho no Pedro
+Domingo: jogatina
= fim de semana como há muito eu não tinha. Não poderia começar melhor o ano de 2010! =D

sábado, 2 de janeiro de 2010

Encantador de pessoas

Essa semana eu comecei a esboçar um entendimento sobre as necessidades do meu corpo e espírito para viver uma vida equilibrada. Assim como o “encantador de cães” fala de exercícios, disciplina, limites e afeição (nessa ordem), eu começo a enxergar a importância de seguir uma vida equilibrada para me sentir bem. É claro que eu já sabia de tudo isso, mas estando agora de “férias” nessa semana de Natal e Ano Novo, eu senti muita falta de meu exercício semanal (hapkidô) e um propósito (antes a faculdade, hoje os concursos).

Eu fico frustrada de não ter o que fazer, uma obrigação sequer, me sinto mal de me sentir a toa. E a psicologia canina me inspira a adaptar conceitos simples dos cães para a minha própria vida. Não faria mais sentido utilizar psicologia humana?, você poderia pensar. Eu gosto de pensar nas pessoas como energia como o Cesar define, e a psicologia canina é mais prática, mais instintos, mais reação. É de abrir os olhos, perceber que os cães ficam agressivos e frustrados quando não saem para passear, e eu sinto a mesma coisa quando não faço exercícios, por isso a identificação.

Nessas duas últimas semanas, eu só tenho feito o que quero, sinto como se me premiasse sem motivo, de graça. Prazer pelo prazer. E isso me estraga.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Presente do indicativo

Eu passei o ano de rosa. Não foi uma escolha consciente. Eu sempre passei de branco, e esse ano, por uma brincadeira do destino, acabei com essa cor em minhas mãos. Eu não pensei sobre o assunto, a roupa simplesmente se impôs. E eu não gosto de antecipar o amor, eu já tive experiências obsessivas e que aprendi serem nocivas. A vida parece estar constantemente me mostrando o certo e o errado no amor, e eu insisto no mesmo erro e tanto outros. Certamente levamos mais de uma vida para entender, e eu sinto que sigo um caminho tortuoso. No entanto, eu já aprendi muita coisa, eu tenho que admitir. O amor pintado nos filmes não existe, não nesse plano, não para todos, eu já me conformei e não me incomodo. Eu busco outros amores, eu conheço alguns, quero vários e não só um.