sexta-feira, 31 de julho de 2009

Coletânea de Curtas Vol. 1

Cansei de longas e romances e descobri agora contos e curtas, por isso aluguei essa coletânea na locadora. O asterisco sinaliza os melhores.

A História Real *
Átimo *
Dois em Um
O Trabalho dos Homens *
Os Irmãos Williams *
Tipos Intrometidos
Todo Dia Todo
Um Ladrão

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Trecho de outra ficção

Animados
Por Clarissa

“(...)Ele tinha voltado do banheiro há alguns minutos, mas só agora seu cérebro conseguia perceber que algo não estava como deveria estar. Olhou para os lados e se espreguiçou, esticou o corpo todo até os dedos dos pés nus, foi aí que percebeu que estava mais alto do que normalmente. Levantou e coçou a cabeça; sua cadeira estava na altura máxima. Chamou pela esposa e só ouviu o silêncio, passou então os olhos pelo relógio e percebeu que estava muito tarde, ela provavelmente dormia. Perguntarei pra ela amanhã, pensou, talvez tenha sido a empregada; quantas vezes ele precisa dizer para não entrar no escritório, imagina se ela jogasse fora algum documento importante? Ele ajeitou a cadeira e voltou a remexer os seus papéis.

Ainda não era hora de dormir, ele só deitava pra descansar quando as frases paravam de fazer sentido, e apesar do trabalho contínuo, a cada dia ele rendia mais e dormia menos, talvez uma insônia resultante da sua rotina desregrada. Sono não tinha, mas sentiu um arrepio em sua nuca, resolveu fechar a janela, uma frente fria vinha aí, tinha avisado sua esposa. Ele contemplou a escuridão da noite e o seu silêncio, por incrível que pareça, a cidade dormia como nunca o tinha feito. (...)”

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Podcast Scatha

Quem não sabe, eu sou prima da baixista da Scatha, banda de metal inteiramente feminina, e que tem ganhado um certo renome por ae. Receberam boas críticas de revistas especializadas, e tem uma super energia no palco!

E agora, a última participação delas em mídia, foi uma entrevista para um site (Evolution Rock) estrangeiro, de 30 minutos; vocês ouvem as músicas delas (pesadonas, pra quem não sabe) e entre uma e outra o radialista faz uma perguntas e a Cíntia e a Julia respondem.

Ele só ficou falando o nome da EP errado, ao invés de falar “Keep Thrashing” ele cismou de falar “Keep on Thrashing”, não sei se é uma dessas expressões idiomáticas que o “keep” pressupõe o “on”, enfim, ficou bem legal!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Aqui dentro

Por Clarissa

paralisada
olhar fixo, perdido
os pensamentos?
estão submersos
deslocam-se sem dizer nada
não expressam nada
também bóiam
se arrastam
e não se conectam
esforço enorme
esse de se encontrar
fora de si
com o outro
que é você
ah, o encontro
que se quer adiar
e se quer ir
encontrar o que se deveria sentir
e que não se sente
já senti, mas não lembro
esforço pra sentir o que se deveria sentir
o que não é natural
o que deveria ser
preguiça?
não
é preciso estar
para sentir
não antecipo
não sei o antecipar
o encontro pode levar a qualquer lugar
até para o desconforto
é, geralmente é assim
enquanto o outro se sente em algum lugar
atuo,
pois nada é natural
é forçado
esforço enorme
não gosto de atuar
de fingir que estou no meu lugar
porque não o encontrei
e não sei se é com os outros
quebrar a reclusão
preguiça?
talvez
a antecipação não ajuda
não move
não motiva
não existe

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Trechos (Kokis & Borges)

Encontrei uma frase de um livro e que continua sendo interessante.

“As coisas importantes para os outros não me interessa; o que não é importante para os outros me cativa. O mundo às avessas”.

KOKIS, Sergio. A Casa dos Espelhos.
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“Tlön será um labirinto, mas um labirinto urdido por homens, um labirinto destinado a ser decifrado pelos homens. (...) Se nossas previsões não errarem, daqui a cem anos alguém descobrirá os cem volumes da Segunda Enciclopédia de Tlön.

Então desaparecerão do planeta o inglês e o francês e o simples espanhol. O mundo será Tlön”.

BORGES, Jorge Luis. Ficções.
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Curioso que ambos usam espelhos em suas temáticas.

domingo, 26 de julho de 2009

Pra parar de tossir

Em tempos loucos como o nosso, que esfria e fica quente de um dia pro outro, precisamos estar atentos para as pequenas ações e nos manter saudáveis *ainda não peguei nenhuma gripe nessa onda agora*.

Dicas da Diana: passe Vichy Vaporube (gel) na sola pé e coloque uma meia. A tosse para na hora! Eu não testei ainda rs mas em tempos de gripes e resfriados pode ajudar bastante.
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Envergonhada pela minha mesquinhez de ontem.

sábado, 25 de julho de 2009

Como um ético procede

Existem certos padrões de comportamento convencionados pelo bom senso, divididos entre certo e errado; a divisão é clara, as pessoas que uma hora seguem outra não. Cada um é diferente, mas pra mim fica muito claro a diferença, então quando os outros não enxergam, fico meio surpresa e até mesmo irritada. Sigo bem aqueles meus 10 mandamentos, preocupada em não fazer com o outro o que não gostaria que fizessem comigo, no entanto, têm pessoas que não conseguem sentir isso, não sei se por ignorância ou algum distúrbio mesmo.

Dou um exemplo, como quando você tem um bolo pra dividir por dois, você saberia como proceder?

Uma das pessoas terá que partir e a outra deve ter o direito de escolher, assim quem parte procura dividir o mais no meio possível, acaba que os dois ficam satisfeitos.

Ontem me aconteceu uma situação deveras fútil, mas que me fez sentir prejudicada. Falar ou não falar? Sinto-me incomodada porque é um tipo de situação que mostra como a outra parte é anti-ética; eu já tinha dúvidas quanto a amizade por diversos motivos e isso acaba somando e pesando contra na balança.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Teste de projeção ontem

Eu assinei um termo de que não falaria sobre o filme, por isso não o farei, mas levanto a seguinte questão: por que os filmes brasileiros são tão ruins? É difícil até de listar os bons filmes:

- O Auto da Compadecida;
- Que é isso Companheiro?;
- Central do Brasil;
- O Cheiro do Ralo;
- Saneamento Básico;
- O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias;
- Durval Discos;
- Caramuru.

Falando assim, até parece que os filmes dos outros lugares são perfeitos, mas sabemos que Hollywood é o local que mais produz porcaria; só que eles têm o estilo deles inconfundível, e produzem todo tipo de filme.

A identidade dos filmes brasileiros me parece ser a temática da periferia, o que chamam na faculdade de realismo sujo, e quando não é esse estilo, é aquele com cara de novela da Globo. Estaremos reduzidos a isso? Será que com a tecnologia e a experiência dos anos não tem mais nada a adicionar? Será que falta investimento (isso com certeza!) para os cineastas dispostos a fazer um filme diferente? Será que falta gente interessada em tentar? Onde estão os cinematógrafos formados pela UFF?

Um estilo que não posso reclamar é o documentário, esse o Brasil já aprendeu bem a fazer.

Acho que vou aproveitar a deixa pra passar a ver mais filmes brasileiros, quem sabe assim eu não começo a enxergar uma forma de fazer cinema com a nossa cara e que me agrade, ao invés de ficar só criticando.

Se alguém tiver alguma indicação, eu agradeço. =)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

The Pixar Story

Ontem eu me emocionei de ver a história dos estúdios da Pixar, não agüentei quando o Woody apareceu e as lágrimas começaram a brotar. Foi tanta coisa que senti, nostalgia principalmente. Eu ainda lembro quando a Pixar começava, sendo que a história deles já vinha de muito tempo, desde antes de eu nascer. Fiquei emocionada de ter presenciado o crescimento dela, os filmes lançados, animações inteligentes e divertidas.

Acho que senti um pouco de inveja...fiquei com vontade de participar de algo assim, que envolve tanta gente, em um ambiente de trabalho descontraído. Eu queria sentir a mesma paixão que eles têm pelo o que fazem, mas eu dispensaria a pressão e o estresse, que fica bem perceptível no documentário. O sucesso da Pixar é realmente fruto de muito trabalho e dedicação.

Horários para assistir.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sobre a inveja

Nada melhor do que discorrer sobre nossos sentimentos para esclarecer dúvidas e refletir. Portanto, o assunto de hoje é a inveja. Não tenho problema nenhum em assumir que sinto inveja de vez enquando, na verdade tem gente que acha que eu sou é bem estranha, como me disseram hoje, mas isso não vem ao caso agora rs

Pela definição do dicionário, inveja é o desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem; desejo violento de possuir o bem alheio. Acho que todos concordamos que é algo prejudicial para saúde e o espírito, mas como contornar esse sentimento?

Pensei em alguns caminhos, começando pela situação que gerou a inveja; é algo que se aplicaria em sua vida, é algo que tem a ver com o seu perfil? Se sim, porque não se planejar para atingir os mesmos objetivos, servindo a inveja só para alertar para algo que se deseja para si próprio?

Se o sucesso do outro nada tem a ver com suas metas, você pode estar em desequilíbrio com a sua vida ou trajetória que imaginou para si. Recomendo então que reflita sobre suas metas a curto e longo prazo, seja na vida profissional ou pessoal.

Agora, o que fazer quando nada está do jeito que você queria? Não se desespere! Nossas vidas são moldadas pelas oportunidades que aproveitamos ou deixamos passar. Tem gente que precisa de mudanças radicais, e cada caso é um caso, dependerá de quanto você se distanciou do seu plano inicial e o quanto ele ainda é importante para você. Outros conseguem ir mudando sua vida aos poucos, mudando de emprego, mudando de comportamento, encarando as coisas de forma diferente, e imagina que toda essa reestruturação começou com uma simples pontada de inveja. É, ela não é tão má assim.

Só não se deixe dominar por ela.

domingo, 19 de julho de 2009

ANAC 2009

Contabilizando, hoje foi um dia fim para uma dedicação de 3 semanas; 2 semanas e meia pra dizer a verdade nua e crua. Claro que não foram semanas em vão, gostei de sentir um certo domínio em algumas questões, nenhuma foi um bicho de sete cabeças. Mas ainda não foi dessa vez. O pior é que eu tenho um certo carinho pelo estudo, parecia que eu estava fazendo bom uso do meu tempo. Bom, o negócio é relaxar uns dias e depois começar de novo, um estudo constante, algumas horas por dias, todo dia.

O que desanima um pouco é mesclar estudo e divertimento, é mais difícil focar e se dedicar com as saídas entre um estudo e outro, acho que eu rendo mais presa em casa, sem me distrair.

Levei um susto com a redação, eu não sabia que teria! Ou tinha esquecido, agora não sei bem. Fiquei meio irritada de ser pega assim de surpresa, tensa com o tema que poderia ser pedido. Por favor, que não seja pra falar de aviões! Afinal o tema foi: A atuação do Brasil nos organismo internacionais e sua importância para o desenvolvimento. Ficou um texto horroroso! Eu não me encontrava nessa situação fazia 5 anos, minha gente!

Inglês foi mais chato do que eu esperava, várias palavras desconhecidas e um contexto que não ajudava. Como era prova da Cespe, que uma errada anula uma certa, fui cautelosa e deixei, simplesmente, 49 questões sem resposta das 120. E são só 20 vagas. Ainda tenho um chão pela frente se eu quiser estar empregada e trabalhando no início de 2010. Mas aí, as metas vão se esticando, o importante é buscar cumprir, que eu só tenho a ganhar.

Lembrando que o gabarito deve sair em 21 de julho (a partir das 19h) e o resultado final em 18 de agosto.

sábado, 18 de julho de 2009

Como se deve viver

(...)"De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo um escada, do sono uma ponte, da procura um encontro".

Assim termina a primeira parte do livro “O Encontro Marcado” (1956) de Fernando Tavares Sabino.

A estética da escrita não me agradou muito de início, depois eu me acostumei a ler os diálogos cuspidos assim de um fôlego só, parece que tudo acontece muito rápido, sem tempo pra apreciação ou poesia. Acaba que a forma de escrever complementa as angústias do Eduardo Marciano, personagem principal. Como o seu pai questiona, está com pressa de quê? O tipo de romance me lembra um pouco o “Apanhador no Campo do Centeio” (que eu não gostei), só que mais interessante, próximo, alguns centímetros mais profundo.

Ainda estou no meio do livro, não sei se Eduardo se encontrará no final, e na verdade não importa. Uma vida é pouco tempo para se encontrar, uma vida é só uma parte ínfima do todo. Um degrau que nos parece pouco, mas é muito. Somente podemos esperar aprender pequenas que são realmente grandes lições, aquelas simples leis divinas, como a chamamos, que todos conhecemos e teimamos em não seguir.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Reclamar adianta

Desde o fim do ano passado, comecei a ficar atenta a qualidade dos produtos que comprávamos.

No dia de Natal de 2008, compramos um Tender que percebemos a tempo estar estragado. Minha mãe ficou revoltada, teria que comprar outro. Eu comprei a causa e disse que ia reclamar, era um absurdo! Ela não colocou muita fé, disse que não adiantava reclamar, que não conseguiríamos um novo produto para a mesma tarde. E eu ainda a incentivei a ir trocar no supermercado. No mesmo dia, um pouco mais tarde mandaram um Peru de Natal e uma Lasanha da Sadia, e levaram para análise o Tender fedorento.

Tudo isso pra chegar ao que nos aconteceu umas duas semanas atrás, quando compramos um desses pacotes pequenos de granulado colorido da Garoto. Era pra usar no brigadeiro, mas estava com um cheiro horrível quando abrimos, cheguei a experimentar e o gosto era pior ainda. Eu quis ligar e ninguém me apoiou, pra quê, foram míseros R$ 4,00! Liguei, e hoje recebemos um agrado da Garoto. Viu, reclamar adianta =)


quinta-feira, 16 de julho de 2009

As mesmas brigas

- Pai, se tocar telefone pra mim, estou no banho.
Dez minutos depois toca o telefone...
- Clarissa, telefone pra você, você pode atender?

Sinceramente porque eu me dou ao trabalho de antecipar uma situação se não adianta nada? Eu sou palhaça ou o quê? E depois fica todo ressentido, dizendo que fui agressiva. E eu revido perguntando por que ele acha que eu sou assim? Como se só eu fosse assim aqui em casa. Ah, é? Sou só eu? Você também não é? Claro que eu poderia tentar ser melhor, não dar patada, mas é difícil evitar certos dias, como hoje.
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E acabei de quebrar o pau com a minha mãe aqui. Hoje tá brabo!

terça-feira, 14 de julho de 2009

AnimaMundi 2009

Eu estava relendo minha postagem sobre o AnimaMundi 2008 e o sentimento continua o mesmo, mas algumas coisas foram diferentes hoje. Dessa vez eu não fui sozinha, as amiguinhas, mesmo que atrasadas, deram outra dimensão para a saída =) Dividimos um Yaksoba e fofocamos sobre goiabas e professores.

Assistimos “Panorama 4”, “Curtas 18”, demos uma olhada na comemoração de 100 anos do Municipal e eu voltei pra ver “Hors-Concours 2” sozinha. Pena que a programação que peguei no pdf estava diferente, vi categorias que eu não esperava e esse último, da Estônia, foi bem estranho.

A melhor tática é ver as sessões de curtas, assim você pode ver uma variedade maior e minimizar o risco de ficar 40 minutos assistindo algo MUITO estranho.

Nessa época eu sempre fico com vontade de alugar os DVDs com animações dos antigos festivais, mas sempre fica só na vontade.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dia produtivo

Acordei tarde como sempre tenho acordado, mas por incrível que pareça, o dia de hoje foi bem aproveitado.

Refiz uma prova (PF2004), continuei lendo a lei 8.666 das licitações e contratos, fiz outra prova (ANTAQ2009), comecei a ler sobre orçamento público, continuei a ler um dos livros que peguei na biblioteca, e já estou me preparando pra entrar a noite vendo três filmes! E amanhã tem Animamundi =) Parece que a semana começou bem!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Mulé, já é?

Terrível essa frase, né?! O romantismo desapareceu e ficamos com isso aí: direto e deselegante. Não que se pudesse esperar muito de uma cantada rs
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Ainda sobre amigos...resolvi que tenho sim, alguns, pelo menos uma mão. No entanto, o vazio permanece, só que para um tipo específico de amigo. Uma espaço que talvez eu nunca preencha. Já tem um tempo que eu criei a demanda por discutir assuntos filosóficos, existenciais e mesmo acadêmicos, e aí eu encontro o nada – ninguém que compartilhe das mesmas inquietações, angústias – podem até sentir, mas não conheço quem queira se expor, eu também não quero, até ter certeza que o outro compartilhe das mesma dúvidas pelo menos.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Procura-se um amigo

Hoje bateu uma sensação estranha...uma dessas que vai e volta com o tempo...acho que o que resume bem é o exemplo do que acabei de fazer: deletei cinco pessoas do meu MSN. E o que tem isso de mais? São pessoas que estão sempre online, mas que eu não troco uma palavra tem mais de ano. São pessoas que fizeram parte de minha vida durante um curto espaço de tempo e não mais temos laços, pra falar a verdade, nunca tivemos.

Deletei elas com um pouco de raiva, revolta com as relações efêmeras que produzimos. Eu fico triste porque nossos relacionamentos se baseiam mais em conveniência do qualquer outra coisa. Parece lenda aquelas amizades que apareciam nos filmes, de crianças que ficavam adultas e continuavam amigas, mas aquela amizade profunda mesmo. Você deve saber do que estou falando, não porque tem, mas porque também foi iludido. Não me parece que isso exista realmente.

Parece que se tem mais colegas pra acompanhar do que amigos. Amigos estão em falta. Nem preciso de cinco dedos mais para contar. Ninguém se dá o tempo de conhecer outras pessoas a fundo. Eu cheguei a dizer pra mim mesma que não gosto de gente. Já dizia o Rodrigo lá do meu estágio. E realmente, não existe mais o cuidado da “gente” em cativar os outros, esse tempo foi abolido, e as relações são descartáveis.

Eu lembro de uma vez no ônibus, quando vi duas meninas com uniformes de escola, e uma perguntou pra outra se ela estava bem. Só que ela perguntou com um carinho e preocupação na voz, que chegou a me emocionar. Há quanto tempo que ninguém se dirige a mim dessa forma - só na escola mesmo, e são amigos que se perderam no tempo também.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Sociologia e Comunicação II











Estigma, segundo os gregos, era o sinal corporal que evidenciava algo sobre o status moral de quem o apresentava. Atualmente, o termo foi expandido e é mais comumente aplicado às desgraças pessoais. Deste modo, a sociedade, por diversos meios, estabelece e caracteriza o “normal” e a partir desses princípios preconcebe categorias. Logo, o estigma é associado a algo depreciativo, um estereótipo que pode, ou não, corresponder ao real.

Através da gravação do programa de rádio “Qual é o seu estigma?”, o grupo buscou exemplificar os casos lidos. Um locutor preconceituoso desafia os seus ouvintes (personagens caricatos), acreditando adivinhar suas características pessoais por informações superficiais dadas. O jogo entre o “estigmatizador” e os “estigmatizados” constitui o fio condutor desta brincadeira que pretende retratar ironicamente a realidade ácida que vivenciamos.

Áudio feito como trabalho final da matéria Sociologia e Comunicação II.



*Só funciona usando IE.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Casa da Ciência – Corra, Lola, Corra

Adorei o filme e a palestra dessa semana! Eu fico muito satisfeita quando saio de algum lugar cheia de vontade de ler livros e pesquisar assuntos =) Dessa vez a palestrante foi a professora da UFRJ, Ieda Tuckeman. Ela realmente desvendou o filme com a gente, foi bem bacana!

Ela começou definindo o filme como uma abordagem do acaso e do tempo, e que ele seria desses que fazem as pessoas pensarem. Eu gosto disso num filme. Ela falou que a película não se posicionava moralmente, pois nenhum personagem é moral. E o acaso se apresentaria de três formas: sorte/fortuna, acidente e jogo do mundo.

Fiquei abismada como ela diferenciou pressa e urgência; no primeiro estamos no presente e queremos chegar ao futuro, enquanto no segundo queremos trazer o futuro para o presente, e acaba ocorrendo um desencontro virtual com o futuro.

O filme tem toda uma preocupação com o tempo e a matemática, tendo as três versões precisamente vinte minutos cada. O número vinte tem ainda um papel importante no cassino. Está presente também a tentação dos labirintos, quando o ser humano tende a ir pra direita e pra esquerda, ficando preso num ciclo vicioso, quando sabemos que para sair de um devemos virar para direita.

Ela apontou para a estética que é bem dinâmica, marca do diretor. Ele traz também um formato de videogame, um universo apresentado de diferença e repetição. O relógio sempre presente, o vidro quebrando, o grito de Lola – uma tentativa de parar o tempo que explode os vidros. Tudo se repete para não ser igual, aceleradamente monótono.

Nós contraímos o tic-tac do relógio, criamos a expectativa e preenchemos o tempo. Ela ainda evocou Bergson, quando disse que a memória participa do presente. E finalizou com a afirmação de o tempo é o senhor e o real é o vazio que aparece quando o resto desaparece. Muito cabeça, né?! =)
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Próxima sessão: 01 de agosto com o filme SOLARIS (Andrei Tarkovsky, 1973), o escritor BRAULIO TAVARES e a palestra “Portal para o desconhecido”.

Mais informações: Casa da Ciência

domingo, 5 de julho de 2009

Meu produto de Borges

Solidão

Ela jogava com amigos, colegas, conhecidos. Seu time todo comprometido do outro lado, lançava-lhe olhares de desaprovação. Só um do time adversário mantinha-se de pé, e era o maior de todos; forte, robusto e alto. Clara só pensava em concluir o que deveria fazer para acabar o jogo. Queria ganhar? Ela não pensava nisso, ganhar era o de menos, ela só queria exercer bem sua tarefa. Já tinha mandado o outro time para fora sozinha porque ninguém do seu próprio time queria ajudá-la, era como um protesto.

Cara a cara com o seu oponente, agiu, segurou-se aos ombros dele por trás, e isso bastava para que o seu time vencesse. No mesmo instante, a escuridão fez-se presente e sentiu um golpe preciso em sua boca do estômago. Foi ao chão graciosamente, rolou como bem sabia para não se machucar, e esperou uns instantes no breu. Levantou e fez um sinal obsceno, já tinha decidido que não precisava daquilo. O insulto termina com qualquer possibilidade de diálogo, mas ela não queria dialogar, até porque no escuro ninguém podia ver o que ela fazia.

De cabeça erguida, encaminhou-se para a saída, consciente de que não queria ficar onde não a quisessem. Sem pestanejar, pois já conhecia aquele campo como a palma de sua mão, saiu sem ver o caminho que percorria, saiu e não voltou mais.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Leite=Câncer o.O ?

Minha mãe acabou de compartilhar comigo uma história...

Uma mulher com câncer de mama já estava sem esperanças de lutar contra a doença, que já tinha ido e voltado, quando o seu marido viajou para a China. Lá ela descobriu que chinês não morre de câncer, o motivo? Eles são intolerantes ao leite e por isso não o tomam. Então, ela parou de tomar (todo e qualquer derivado) e adivinhem? O câncer dela regrediu. Parece que uma cientista escreveu um livro sobre o assunto.

E eu revidei pra minha mãe: - Agora ela só precisa se preocupar com a osteoporose. Rimos. E ela engatou: - Não vou mais encher o seu saco pra tomar leite. Eu agradeço. rsrs

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Informações desnecessárias para se (eu) viver

Ai, tá difícil pensar com esse pagode/funk/inferno tocando aqui do lado desde o entardecer...mas vamos lá!

- O consumo de itens de demanda dependente deve ser calculado.

- A aplicação dos critérios de avaliação possibilita ganho de espaço físico.

- O ativo circulante engloba, além das disponibilidades, créditos, estoques e despesas antecipadas realizáveis no exercício social subseqüente.