sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Quero sentir para escrever

“Como dizia o mestre zen: ‘Captar e viver a experiência zen é como um sapato. Quando se está bem acostumado a ele, o sapato adaptado ao pé não se sente que se tem um sapato. Agora, quando sapato está apertado, a toda hora se sente o sapato. Sinal de que o sapato está ruim. Se temos de pensar a toda hora em Deus, estamos longe de Deus. Agora, se vivemos em comunhão com Deus, não precisamos pensar Nele’. Pensar em Deus é deixá-lo só na inteligência, e não em tudo que temos e somos ”. (pág.72)

BOFF, Leonardo. “A transparência: experiência originária”. In: Mística e espiritualidade. Ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
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Andei pensando esses dias, sobre os próximos passos da vida. E se eu penso, estaco, impeço a fluidez. Se penso, vou ao futuro e esqueço do presente. Se penso, tenho medo e não sigo o caminho. Se penso, a preguiça me envolve. Deixo de viver e fico parada pensando, gasto energia inutilmente. Mas se paro de pensar e espero alguns minutos, transbordo de uma energia invisível, uma sensação boa de estar, centrada no tempo e espaço, na certeza de um sorriso.