terça-feira, 29 de maio de 2012

Gorki, o amargurado


ELENA (atirando-se sobre ele)
Não é assim que se diz...é preciso dizer com mais simplicidade...Quero ajudar você, menino...Mas por que é que você complica as coisas mais simples?

PIOTR
É, você tem razão...eu sou uma pessoa fraca. E essa vida está acima das minhas forças. Eu sinto a vulgaridade das coisas, mas eu não tenho forças para poder mudar nada, pra criar alguma coisa de novo...eu quero ir embora, ficar só... (págs.158 e 159)

TETERIEV
Não...hoje eu não fui...A cabeça está arrebentando de dor...E você está se sentindo melhor hoje?

TATIANA
Bem, obrigada. Hoje já me perguntaram isso umas vinte vezes...Eu me sentiria melhor se não houvesse tanto barulho aqui em casa...Essa correria me irrita...Todos correm, gritam...O pai está furioso com o Nil...Mamãe passa o dia inteiro suspirando...e eu, deitada, assisto a isso tudo...e não vejo nenhum sentido nisso que vocês chamam de vida. (pág.175)

NIL
Quando a gente rejeita a única migalha de pão, pela simples razão de que quem deu é canalha...

PIOTR
É porque não está com tanta fome assim...Eu sei que você vai discordar, você é como ele...também é um pouco criança...A cada minuto você procura mostrar ao meu pai que não tem por ele o mínimo respeito...Por quê?

NIL
E por que é que eu devia fingir?

TETERIEV
A decência exige que os homens mintam...

PIOTR
Mas que sentido tem isso? Que sentido? (pág.181)

NIL
Eu vou obrigar a vida a me responder como eu quero. Não adianta tentar me fazer ter medo. Eu estou mais perto da vida que você! E sei, muito mais que você, que a vida é dura, que às vezes é repugnante, má. E que uma força desenfreada oprime o homem. Eu sei, e isso me deixa indignado. Mas essa ordem eu não aceito! Eu sei que a vida é uma coisa séria, mas ainda não está bem organizada. Para ajudar a organizá-la eu vou ter que dar toda a minha força, toda a minha juventude. Também sei que não sou nenhum herói, mas simplesmente um homem! E digo mesmo: não me importa, nós é que vamos vencer! E como todas as minhas forças, eu vou me colocar na própria espessura da vida. Tratar de moldá-la, atrapalhando uns e ajudando outros...Isso é a alegria de viver! (pág.185)

TETERIEV
Não, eu também estou alegre. Só que eu me divirto em silêncio, e me abarreço em voz alta...(pág. 186)

ELENA
Eu sei também que existe a casualidade “a priori” e “a posteriori”. Mas o que isso quer dizer, eu me esqueci. Ah! Se toda essa sebedoria não me deixar careca, eu vou ficar muito inteligente. Mas o ponto mais curioso de toda essa filosofia é o seguinte: por que você, Terênti Krisanfovitch, me fala em filosofia?

TETERIEV
Primeiramente, porque me é muito agradável olhar para senhora...

ELENA
Obrigada! O segundamente já não tem mais interesse para mim...

TETERIEV
Em segundo lugar, porque somente filosofando o homem não mente, pois nesta ocupação, tão gloriosa como benemérita, o homem não faz senão inventar...(págs. 187 e 188)

TATIANA
É preciso evar em consideração que ele está velho. Não tem culpa de haver nascido antes de nós, nem de pensar de maneira diferente da nossa. (Irritando-se) Mas como há maldade no mundo!...Como ninguém tem piedade!...Só grosseria, grosseria...Nos ensinam a amar uns aos outros...

NIL (no mesmo tom)
E montam em cima da gente pro resto da vida. (Elena ri às gargalhadas. Pólia e Teterieb sorriem. Piotr vai dizer alguma coisa a Nil, e se aproxima deles. Tatiana balança a cabeça, em reprovação silenciosa.) (pág.192)

BESSEMENOV (com mais tranquilidade, contendo-se)
Vá embora, Nil, antes que seja tarde. Vá embora! Você foi alimentado por mim, educado por mim...

NIL
Não me jogue na cara um pedaço de pão...Já devolvi com o meu trabalho tudo o que eu comi aqui!

BESSEMENOV
Foi minha alma que você comeu! (pág.200)

GORKI, Máximo. Pequenos burgueses. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

sábado, 26 de maio de 2012

Fluidez, obrigada


É no silêncio, é na solidão que encontramos os próximos passos e novas formas de agir.
.
.
Camadas e mais camadas de questões se depositam dentro de mim. Elas se misturam, brigam entre si, ouvem umas as outras, discutem, falam alto, dão socos e pontapés, até que chega o dia em que resolvem quem sairá primeiro.
.
.
Hoje minha mãe parece que acordou para me irritar...ou será que eu acordei para me irritar com a minha mãe?!
.
.
(…) Há homens que partem da Terra para aqui à maneira de feras chicoteadas pelas próprias paixões enraivecidas, enquanto outros se despedem de vós à semelhança do que acontece com os passarinhos; empreendem o seu voo feliz e se libertam do ninho sem atrativos! As paixões humanas são como os cavalos selvagens; precisam ser amansadas e domesticadas para que, depois, nos sirvam como forças disciplinadas e de auxílio benéfico à marcha do espírito pela vida carnal.

E para podermos conseguir essa importante domesticação das paixões selvagens, é ainda o exercício evangélico o recurso mais eficiente para se poder amansá-las, pois que o consegue através da ternura, do amor e da renúncia apregoados pelo Mestre Jesus. O perispírito, à hora da desencarnação, é como a cavalgadura estuante de energias represadas; tanto se assemelha à montaria dócil, disciplinada e de absoluto controle do seu dono, como se iguala ao pôtro desenfreado que, ao arremeter desbragadamente, também pode arrastar o seu cavaleiro apavorado.

Os consagrados filósofos gregos, quando preconizavam a necessidade de 'mente sã em corpo são', já expunham conceitos de excelente auxílio para o momento da desencarnação. A serenidade e a harmonia, na hora da 'morte', são estados que requerem completo equilíbrio do binômio 'razão e sentimento', pois aquele que 'sabe o que é, de onde vem e para onde vai', também sabe o que precisa e o que quer para se tornar um espírito venturoso. O cérebro que pensa e comanda exige, também, que o coração se purifique e obedeça.” (pág.11)

Ramatís. A vida além da sepultura. RJ – Freitas Bastos, 1982.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Imbecilidade


Education
25/05/12

I sit strengthless
I sigh hopeless
I wonder if there will be a tomorrow

Struggling trust
and faith

Oh, sadness
that comes from moral conflits
Oh, fight
that has no end
Oh, life
that gets harder
by the smallest things

Teaching and learning
and their limits
.
.
Cla: Você está falando sozinha?
Dé: Com as minhas moedas...
Cla: Ah,tá...oO
.
.
(…) TETERIEV
Um imbecil pode passar a vida pensando por que o vidro é transparente, quanto que o canalha pega o vidro e faz uma garrafa...

(Novamente ouve-se o realejo, já perto, quase debaixo da janela.)
NIL
Você sempre pensando em garrafa...

TETERIEV
Não, estou pensando nos imbecis! Aliás, os dois são imbecis. Mas um é imbecil de um modo heroico, enquanto que o outro é estupidamente limitado, miserável! E os dois chegam, por caminhos diferentes, ao mesmo lugar: ao túmulo. Unicamente ao túmulo, meu amigo!

(Ri às gargalhadas. Nil balança a cabeça muito quieto.)
NIL (a Teteriev)
O que é que você tem?

TETERIEV
Estou rindo...o imbecil contempla o cadáver do amigo morto e pergunta: 'Onde é que ele está agora?' Ao passo que o canalha herda os bens do finado e passa o resto da vida confortavelmente!

(Ri às gargalhadas) (...)

GORKI, Máximo. Pequenos burgueses. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

domingo, 20 de maio de 2012

Daydream


Catatonic. I could be seated on the bus forever. I needed to be in a place I had never been before. At that moment, I needed to feel what I had never felt in my whole life. I was catatonic and I was hungry. Hungry for anything really. I wanted to lay down on a new floor, not that the floor had to be new...It just needed to be a new place, anywhere. An old building would do. My body was craving new ideas, new sights, new smells!!! Suddenly, I needed to run. Run as fast as I could. I had plenty of energy just waiting to be drained off. Maybe it's time for a new interest.

I saw an interesting book at the bookstore today...it was about philosophy. I could feel my eyes smiling at these pages, at these ideas. Old ideas. Ideas that made my brain go happy-crazy. I miss that in my life. Why have I abandoned feeling? Why can't old stimulus work anymore?

He laid beside me in bed, I had invited him in. We were face to face. Our bodies were not even an inch away from each other. The room was hot. Eyes. Lips. Lips. Eyes. Our eyes locked. He couldn't wait any longer. We kissed.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Pontos de vista


Quando chove e faz frio, enfrentamos alguns problemas de banho aqui em casa. Desde que trocamos nosso antigo boiler pelo aquecimento solar, passamos verões maravilhosos, mas a solução elétrica para quando não faz sol, deixa um pouco a desejar. Até nos adaptar aos novos esquemas de checar a temperatura antes de tomar banho, e lembrar de ligar algumas horas antes para aquecer a água, passamos por algumas noites sem banho...não acho que tenham sido muitas rs talvez uma ou duas rs

O grande problema é a Dé ligar a água muito forte e passar dos 15 minutos aceitáveis. Já estamos trabalhando essa mudança no comportamento dela tem um tempo, mas ela ainda não aprendeu a pensar que o outro também quer água quente para o seu banho.

Noite passada, com a água em 35º C e ainda três pessoas para tomar banho, fui tomar o meu esperando lutar com o frio, mas quando virei a toneira, fiquei feliz de saber que ela ainda estava quente. Não molhei o cabelo, molhei o corpo e desliguei a água, passei o sabonete e depois o tirei com a água ainda quente. Curioso, que na minha cabeça, pensei em todas àquelas pessoas que não podem tomar um banho quente numa noite fria. Ou mesmo aqueles que não têm a oportunidade de juntar esses componentes: àgua, sabonete e toalha. Dei graças a Deus por aquele pouco que já me foi muito.

Nat reclamou de ter que tomar banho de gato.
.
.
Houve um tempo em que se buscava qualquer estímulo que fosse, bom ou ruim. Fosse a consequência que fosse, os pensamentos seriam férteis, seria produção. Com o tempo, foi-se perdendo o gosto pelas produções maliciosas...agora, apenas o estímulo construtivo positivo era procurado, esperado e ansiado. E na loucura em que o mundo se encontrava, onde poderiam estar tão preciosas inspirações?
.
.
Weird, everybody is. The truth lays in each eye. Point my wierdness and I will point yours. Throught my eyes. Or not. Should I just look at you serenely, a petit smile just for you. My limitless view of the world, of the people in it.

sábado, 12 de maio de 2012

Entre Atos


On the death of the butterfly...

“That little body is, I do believe, the greatest weight I have on my conscience. For I realize today that it is a mortal sin to violate the great laws of nature. We should not hurry, we should not be impatient, but we should confidently obey the eternal rhythm”. (pág. 121)

KAZANTZAKIS, Nikos. Zorba the Greek. New York: Simon and Schuster, 1996.
.
.
Hum, quanto a outros assuntos...levei a Dé na exposição dos irmãos Campana no CCBB, foi triste perceber que ela tinha acabado no fim de semana anterior. O Centro Cultural dos Correios também está entre exposições.
.
.
Fomos na vovó hoje. Presenciamos o projeto “pêlo próximo” em que voluntários levam cachorros até os idosos. Bem legal! http://www.peloproximo.com.br/

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Alegria!


(…) “Urge considerar, porém, meus amigos, que este servo humilde não deve absorver o lugar que Jesus deve ocupar em suas vidas. É muito difícil descobrir o amor sem jaça* e a ele nos entregarmos sem reservas. E porque essa dificuldade é flagrante em todos os caminhos de nossa evolução, quase sempre incidimos no velho erro da idolatria. (…) Respeitemos-nos mutuamente, na qualidade de irmãos congregados para a mesma obra do bem e da verdade, mas combatamos a idolatria; bem queiramo-nos uns aos outros, como Jesus nos amou; todavia, cooperemos contra insuflação do esclusivismo destruidor.” (págs.432 e 434)

* jaça: imperfeição.

XAVIER, Francisco Cândido. “Adeus”.In: Missionários da Luz. FEB, 2004.
.
.
Como eu previa e esperava, hoje sou mais forte.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Para além do mundano


(…) “O missionário do auxílio magnético, na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compeensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino. Cumpre-me acentuar, todavia, que semelhantes requisitos, em nosso plano, constituem exigências a que não se pode fugir, quando na esfera carnal, a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficiência, o que se justifica, em virtude da assistência prestada pelos benfeitores de nossos círculos de ação ao servidor humano, ainda incompleto no terreno das qualidades desejáveis.” (pág.406)

(…) “Há pessoas que procuram o sofrimento, a perturbação, o desequilíbrio, e é razoável que sejam punidas pelas consequências de seus próprios atos. Quando encontramos enfermos nessa condição, salvamo-los dos fluidos deletérios em que se envolvem por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a título de benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os interessados, temos instruções superiores para entregá-los à sua própria obra, a fim de que aprendam consigo mesmos. Poderemos aliviá-los, mas nunca libertá-los.” (pág.423)

XAVIER, Francisco Cândido. “Passes”.In: Missionários da Luz. FEB, 2004.
.
.
Brigando comigo mesma para não me deixar abalar. Recuperar a confiança que se esvai é trabalho árduo. Sei que passando por esse (des)apego pelos sentimentos do passado, o passo dado será um melhor caminho se construindo. Você colherá seus frutos e, eu, os meus.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Casa da Ciência – As Hiper Mulheres (2011)


Gostei do filme, ao mesmo tempo que senti uma certa nostalgia de quando ouvia sobre os índios na escola, senti-me, também, mais próxima daqueles seres humanos que vivem de forma tão diferente; a sensação de perto e distante ficou bem aflorada em mim. Além do filme ser divertido e curioso! A palestra: “A Potência de um Filme Comum”. O palestrante: Cezar Migliorin. Ele desenvolveu sua fala sobre o filme dentro de duas linhas: uma histórica e outra dentro do cinema contemporâneo brasileiro.

Começando por situá-lo dentro do cinema brasileiro, o filme retoma a questão indígena com uma narrativa e força performáticas. Percebemos a encenação, a relação intensa, a colaboração entre os índios e os realizadores do filme. Os índios são agentes e participantes e não só objeto a ser filmado.

Dentro da linha histórica, o Cezar, relacionou “As hiper mulheres” com o cinema depois da Segunda Guerra Mundial, especialmente com a estética de Jean Rouch. O cinema se escondia para não interferir na integralidade do objeto antropológico em estudo. No filme presente, há personagens não humanos que também constroem a imagem, como o gravador, por exemplo.

O filme em questão, pode, então ser dividido em dois momentos; primeiro uma pequena presença do cantar e dançar e, segundo, seis meses depois, com a intensificação do canto e da dança. No início, somos colocados no lugar do teleespectador pelas regras clássicas do cinema e, posteriormente, essas regras são deixadas de lado. Temos o narrador dentro da cena.

O Cezar falou também de um termo usado no cinema – “pulo do eixo” – erro ao se gravar a cena, e que causa um estranhamento, quando num plano um olha para direita e no plano seguinte, na sequência, um deve olhar para esquerda, fazendo essa ligação entre as cenas.

A ficção atravessada pela intimidade entre filmados e filmantes torna o filme diferente, este se faz desorganizando o cinema clássico. E em dado momento, temos o “pacto do documentário” quando uma das índias se encontra doente.

Temos a rememoração quando o homem e a máquina se unem. No segundo momento do filme, percebemos a câmera fluindo com liberdade.

Para finalizar a parte histórica, o Cezar falou de cinco pontos, resumindo suas percepções: 1) o fazer o filme sem limites entre os personagens e quem faz o filme;2) a imagem como ativadora do processo; 3) o cinema e a tecnologia como dispositivos da invenção da tradição; 4) a ficção como funcdamental para criar a realidade e 5) interpretar a própria vida para reconfigurar a cena. E em suas palavras, concluiu, “ao refazer-se a cena, cria-se a comunidade”.
.
.
Palestrante Cezar Migliorin – Doutor em Comunicação e Cultura pela ECO-UFRJ/Sorbonne-Nouvelle, Paris, ensaísta e professor do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF. Organizador do livro Ensaios no Real: o documentário brasileiro hoje.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tolerância é preciso


Dia desses eu estava lembrando um episódio que aconteceu comigo e que foi um marco para desenvolver a tolerância.

Eu tinha marcado com uma amiga e o namorado dela de ir ao cinema, como eles ia chegar atrasados, eu comprei os ingressos deles e fiquei esperando eles chegarem. Para a minha surpresa, chegaram quando o filme já tinha começado, naquela época não havia lugar marcado e não conseguimos três lugares juntos. Assistimos no chão e lembro da dor no pescoço que já se anunciava, antes mesmo de o filme acabar. Eu lembro de ter saído do cinema bem chateada com a situação, e com o meu histórico de rancor, não sabia aonde a amizade iria parar.

Acho que relevei a situação, afinal, somos amigas até hoje. Aprendi com o tempo, a não gerar expectativas até ter certeza de que ela já tinha saído de casa para fazermos seja lá o que tivéssemos combinado, pois apesar de eu já ter ficado magoada com as inesperadas desculpas para não comparecer, aprendi a respeitar as condições da vida. Não temos controle sobre a nossa saúde, ou sobre compromissos que surgem.

Aprendi a respeitá-la como ela é e levo isso para todas as minhas amizades, todos temos questões a melhorar, e o amigo serve para isso também, além de ouvir nossas ladainhas, o amigo serve para nos aceitar como somos.
.
.
Fisioterapia 1/10
.
.
Angústia
02/05/12

Pensava mais que devia
Gastava energia
Presa à mania

Os pensamentos cresciam
Um desastre atrás do outro
Enquanto o ócio reinava

Criação, nenhuma
Diversão, nenhuma
Preocupação a toda

Ocupar-se é preciso
Mergulhar no céu é preciso
Amar é preciso
.
.
Ainda me falta o lirismo.