sábado, 26 de maio de 2012

Fluidez, obrigada


É no silêncio, é na solidão que encontramos os próximos passos e novas formas de agir.
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Camadas e mais camadas de questões se depositam dentro de mim. Elas se misturam, brigam entre si, ouvem umas as outras, discutem, falam alto, dão socos e pontapés, até que chega o dia em que resolvem quem sairá primeiro.
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Hoje minha mãe parece que acordou para me irritar...ou será que eu acordei para me irritar com a minha mãe?!
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(…) Há homens que partem da Terra para aqui à maneira de feras chicoteadas pelas próprias paixões enraivecidas, enquanto outros se despedem de vós à semelhança do que acontece com os passarinhos; empreendem o seu voo feliz e se libertam do ninho sem atrativos! As paixões humanas são como os cavalos selvagens; precisam ser amansadas e domesticadas para que, depois, nos sirvam como forças disciplinadas e de auxílio benéfico à marcha do espírito pela vida carnal.

E para podermos conseguir essa importante domesticação das paixões selvagens, é ainda o exercício evangélico o recurso mais eficiente para se poder amansá-las, pois que o consegue através da ternura, do amor e da renúncia apregoados pelo Mestre Jesus. O perispírito, à hora da desencarnação, é como a cavalgadura estuante de energias represadas; tanto se assemelha à montaria dócil, disciplinada e de absoluto controle do seu dono, como se iguala ao pôtro desenfreado que, ao arremeter desbragadamente, também pode arrastar o seu cavaleiro apavorado.

Os consagrados filósofos gregos, quando preconizavam a necessidade de 'mente sã em corpo são', já expunham conceitos de excelente auxílio para o momento da desencarnação. A serenidade e a harmonia, na hora da 'morte', são estados que requerem completo equilíbrio do binômio 'razão e sentimento', pois aquele que 'sabe o que é, de onde vem e para onde vai', também sabe o que precisa e o que quer para se tornar um espírito venturoso. O cérebro que pensa e comanda exige, também, que o coração se purifique e obedeça.” (pág.11)

Ramatís. A vida além da sepultura. RJ – Freitas Bastos, 1982.

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