quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Nota [1] Engraçado que algumas pessoas levam muito a sério o que eu escrevo. Não que eu esteja me explicando...bom, talvez eu esteja. Eu escrevo justamente para cristalizar sensações, sentimentos e pensamentos que passam por mim, e a minha fluidez não me permite me sentir mal durante muito tempo, felizmente a minha natureza é otimista.

Escrever funciona também como uma terapia, geralmente o que me aflige, some de dentro de mim, assim que coloco o ponto final no texto. É o velho sublimar. Ainda lembro o dia que aprendi essa palavra e o seu significado, foi quando fui apresentada a uma palavra que descrevia o que sempre fiz. Não só eu, como todo mundo. Um mundo novo se abria.
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“(...)Mas é do buscar e não do achar que nasce o que eu não conhecia, o que instantaneamente reconheço. A linguagem é o meu esforço humano. Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias, Mas – volto com o indizível. O indizível só me poderá ser dado através do fracasso de minha linguagem. Só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu.” (pág.172)

LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Ed. Nova Fronteira, 1979.

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