sábado, 17 de novembro de 2012

Calada da noite preta

Arfava na calada da noite preta.
Parecia não dormir há dias, quando, em verdade, dormia tantas horas quanto necessário.
Fechava os olhos com força, sem entender o pavor repentino, a pressão em seu corpo, sensação de ser sugado para um buraco negro. O terror se fazia presente, de repente. Não havia motivos para pânico, porém o coração se acelerava mesmo assim.
Algum pesadelo?
Algo aterrorizante?
O quê?
Pedia calma enquanto seu corpo se contraia todo.
Onde estava a expectativa pelo futuro – planos, sonhos, alegria de ansiar pelo que é bom, novo e revigorante?

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