sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Novo encontro?

Mais de uma vez escrevi sobre a ovelha negra. De tempos em tempos, o assunto surge, a incompreensão como brota e preciso escrever. Porém, não publico. Deveras pessoal, a pequena revolta, ou melhor, inquietação precisa apenas ser posta em palavras para desanuviar o coração. Tornar público parece deveras bruto e desnecessário. Continuo aprendendo com tudo.
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“Eu, que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é quando nada sei e fabrico não sei o quê.” (pág.68)

“Ah viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito não para, viver parece ter sono e não poder dormir – viver é incômodo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito.” (pág. 94)

LISPECTOR, Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
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Mal terminei de ler, já fica a vontade de reler Clarice.

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