segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Colírio para os ouvidos

Preciso falar. Preciso escrever. Preciso pensar.

Papai, experiente e falador, é sempre uma fonte de explicações. Desde que estourou essa denúncia do mensalão, ele nos esclareceu de como essa é uma prática da política (não só algo da era Lula), mas convenhamos que prática não torna algo correto. O que eu gostaria de ver como resultado dessa confusão toda é a ilegalidade sendo punida, porque mudar o ranço da política, de uma hora para a outra, é desejar demais da conta. Angustiada, perguntei como a exclamar por uma solução para melhorar tudo isso e ele veio com aquela velha e batida (mas verdadeira) resposta: precisamos votar melhor, precisamos deixar fora do governo os que roubam, precisamos votar naqueles que trabalham. E lembrei do Romário, acho que preciso me retratar com ele. Tenho a impressão que o critiquei quando foi eleito, mas ele tem se mostrado interessado e disposto a fazer bem o seu trabalho.

Tem vezes que leio linhas e nada acontece. Tem vezes que leio talvez outras linhas ou as mesmas e preciso escrever, falo comigo mesma, crio argumentos, vou passando os pontos na cabeça até que eles precisam sair para algum lugar. O que sempre impulsiona? Reflito agora. O falar, o pensar, o escrever vêm de uma vontade grande de querer mudar o que parece errado, mudar pessoas para mudar atitudes (ou seria mudar atitudes para mudar pessoas?). Essa vontade vai crescendo e morre ao se perceber que pouco se pode fazer, a única pessoa que se tem acesso, realmente, é a si mesmo.

A postagem ficou meio grande, decidi dividir em duas. Na próxima, falemos de cotas.

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