quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Briga de titãs

'Ele é amoroso e amigo, mas sinto nele aquela austeridade comum às pessoas que se impõem pela autoridade moral, com a sua simples presença. Jamais fez qualquer brincadeira ou empregou qualquer expressão mais descontraída. Certa vez, 'reclamei' porque nem ele, nem nossos outros mentores se comunicavam com mais frequência, com aquelas 'mensagens pessoais' de que tanto gostamos. E ele respondeu: - Já dissemos tudo o que precisava ser dito. Vocês todos têm conhecimento das próprias responsabilidades e já aprenderam que dificuldades e lutas são instrumentos de aprendizado evolutivo. Agora é trabalhar. Nosso tempo é escasso e precioso. Não podemos utilizá-lo em conversas meramento sociais. Há muito que fazer.' (pág. 65)

“Em pincípio, isso é verdadeiro, pois é fato que a lei autoriza, ou melhor, tolera ou permite a cobrança da dívida cármica. O Cristo advertiu, a propósito, que o pecador é escravo do pecado, que nossas faltas nos seriam cobradas até o último centavo e que não insitíssemos nelas para que não nos acontecesse ainda pior. Não há dúvida, portanto, de que ele caracterizou, com nitidez incontroversa, a conexão entre erro e dor, crime e reparação. Isso não quer dizer, contudo, que a vítima tenha de tomar a vingança em suas mãos ou assumir a postura de cobrador para que a reparação se faça perante a lei cósmica que regula o equilíbrio ético do universo. Que ele se vingue ou não, o devedor tem seus ajustes programados inapelavelmente perante essa lei 'imburlável', como todas as que compõem o código divino. Antes de ser cometida contra indivíduos, as nossas faltas são primariamente contra a lei, e à lei teremos de responder por elas, mais do que à vítima. E, por isso, quando alguém assume o papel do vingador ou do cobrador, dá-se mal, porque reabre o ciclo da dor que virá como reação futura. E foi por isso que o Cristo prescreveu o perdão universal, setenta vezes sete, porque, perdoando, estamos nos libertando da dor; caberá ao algoz fazer o mesmo, pelos processos qye lhe forem prescritos no devido tempo.

O problema é que isto é filosofia demais para quem está condicionado ao ódio, à devoradora paixão da vingança. Tem-se a ilusão de que a vingança aplaca as dores, quando as cultiva e nutre, prolongando-as no tempo. Acha-se que, vingando, se liberta, quando ao contrário, fica-se preso ao antigo algoz, convertido em vítima. E não há como sair, à simples força de argumento, desse terrível círculo vicioso.” (págs.76 e 77)

MIRANDA, Hermínio Correia de. Diversidade dos carismas: teoria e prática da mediunidade. Vol.2
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Acertou-se quando se disse que as duas energias mais potentes são a mental e a sexual. Briga de titãs.

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