domingo, 30 de setembro de 2012

Declarações

“Quantas coisas podem passar pela mente de um homem durante um passeio, coisas que tantas vezes arrancam um homem do enfadonho momento presente, sacodem-no, espicaçam-no, mexem com a sua imaginação e fazem-no sentir-se feliz mesmo quando ele tem certeza de que elas jamais se realizarão!” (pág.329)

GÓGOL, Nikolai. Almas Mortas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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“As filosofias imediatistas surgem pela madrugada e desaparecem ao entardecer das emoções, deixando os vazios perturbadores na mente e no sentimento dos seus aficionados.” (pág.9)

FRANCO, Divaldo Pereira e TEIXEIRA, José Raul. Diretrizes de Segurança. Rio de Janeiro: Fráter Livros Espíritas, 1990.
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Tenho me arrastado um pouco. Ao mesmo tempo em que o cansaço dá-me um certo prazer, a dor dói, como não poderia deixar de ser. Em certos momento de extremos, puxo o ar que parece não vir. Não há espaço para contemplar. Deixo apenas minha essência nos lugares que passo, que descanso por um minuto ou dois. Brigo por encontrar alguma energia perdida por dentro para corresponder ao que se espera de mim, ao que eu espero extrair das experiências. Respiro fundo e demora um pouco mais para a vitalidade voltar. A tonteira pode vir da fraqueza, de uma noite mal dormida, de uma energia despendida.

Como é bom se perder nas linhas escritas há tanto tempo! Como é estimulante entrar na sintonia de um livro, caminhar no seu ritmo, respirar a sua história, tocar as imagens pintadas com tanto cuidado e amor. Porque para se escrever é preciso amor, é preciso a perseverança do amor ao escrever, a contar algo que não se aguenta deixar dentro de si.

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