domingo, 20 de abril de 2008

Os ciclos da palavra

Todos passamos por ciclos, cada pessoa se parar para perceber seu próprio ritmo irá perceber que empaca sempre nas mesmas coisas, tem pensamentos recorrentes, comete muitas vezes o mesmo erro, os mesmos vícios.

Eu percebo muito claramente que eu tenho ciclos de produção literária, tudo começa com os estímulos ao meu redor, enquanto eu passo por experiências diferentes, ou pura e simplesmente situações que acontecem freqüentemente e acabam inspirando a produção escrita sobre eles, seja de algo que brote do meu íntimo, como algo que me revolta pelo o que os outros passam, qualquer coisa que é captada pela minha sensibilidade.

Mas o meu corpo não agüenta essa produção constante... e por quê? Oras, porque cansa, pensar cansa, escrever cansa, assim como qualquer outra atividade, mesmo que você a adore com todas as suas forças.

E quando isso acontece, eu me isolo. Assim, eu procuro recuperar as forças, e depois de alguns dias o tédio começa a bater em minha porta. Com alguns dias entediada, eu aceito qualquer programa que apareça em minha frente! E vem a readaptação com o mundo, com as pessoas, e a fascinação com meu contexto e o dos outros. E a inspiração aparece novamente.

Hoje eu me encontro na fase do isolamento. Fase improdutiva. Mesmo assim eu consegui extrair essa angústia e transformar em palavras. Esforço enorme.

Nenhum comentário: