Difícil pensar com essa barulheira de obra aqui na minha cabeça, mas vamos lá rs
A situação é a seguinte: está em discussão duas propostas de incentivo ao teatro; a primeira seria um Programa de Fomento ao Teatro e a segunda, uma lei do Teatro semelhante à lei Rouanet. Eu não quero entrar no mérito de discutir as propostas a fundo, quem se interessar pode procurar saber mais sobre elas. (Nosso amigo Pedro Maia, leitor/escritor/ator pode contribuir mais para a discussão, porque eu sei que ele sabe mais que eu =P).
No entanto eu queria levantar que a classe teatral busca defender seu lado com medo de que um fundo único para as artes acabe por não distribuir bem a verba e não conseguir administrar tudo. Eu não sei bem o que pensar, qual seria a melhor solução, só sei que me irrita o mecanismo da Rouanet, porque nesse mundo capitalista em que vivemos nenhuma empresa faz boa ação por altruísmo ou consciência, ela só está de olho no Imposto de Renda, e elas já lucram horrores! Aff!
Eu gostei bem do discurso que li do Moacir Chaves (diretor de teatro e diretor artístico do Teatro do Planetário), ele critica essa “época de aberração” (no Jornal O Globo) em que as empresas pagam tudo para a Cia. de Teatro e ela não se preocupa em ganhar dinheiro com a bilheteria, ou seja, não existe uma preocupação em manter as peças em cartaz para que a população assista ou mesmo ganhar o seu, porque eles já ganharam com o patrocínio, o público fica em segundo plano do ponto de vista financeiro.
“...o que importa não é a apresentação de uma peça para o maior número possível de espectadores, e sim a produção em seqüência da maior quantidade de novos espetáculos, já que é na etapa da produção que todos são pagos...”
Ele defende então o incentivo não a montagens de peças curtas, e sim de longo prazo, com uma preocupação com a circulação.
Eu gosto também do que diz o presidente da Funarte, Celso Frateschi, que tende para a criação do Fundo com recursos diretos e não incentivados.
Pra variar eu não tenho uma conclusão, essa discussão ainda vai correr durante bastante tempo, bem depois que nossa geração tiver morrido. Eu sou a favor de saber como isso se dá em outras partes do mundo, outros lugares que já estão por aí há mais tempo que nós.
A situação é a seguinte: está em discussão duas propostas de incentivo ao teatro; a primeira seria um Programa de Fomento ao Teatro e a segunda, uma lei do Teatro semelhante à lei Rouanet. Eu não quero entrar no mérito de discutir as propostas a fundo, quem se interessar pode procurar saber mais sobre elas. (Nosso amigo Pedro Maia, leitor/escritor/ator pode contribuir mais para a discussão, porque eu sei que ele sabe mais que eu =P).
No entanto eu queria levantar que a classe teatral busca defender seu lado com medo de que um fundo único para as artes acabe por não distribuir bem a verba e não conseguir administrar tudo. Eu não sei bem o que pensar, qual seria a melhor solução, só sei que me irrita o mecanismo da Rouanet, porque nesse mundo capitalista em que vivemos nenhuma empresa faz boa ação por altruísmo ou consciência, ela só está de olho no Imposto de Renda, e elas já lucram horrores! Aff!
Eu gostei bem do discurso que li do Moacir Chaves (diretor de teatro e diretor artístico do Teatro do Planetário), ele critica essa “época de aberração” (no Jornal O Globo) em que as empresas pagam tudo para a Cia. de Teatro e ela não se preocupa em ganhar dinheiro com a bilheteria, ou seja, não existe uma preocupação em manter as peças em cartaz para que a população assista ou mesmo ganhar o seu, porque eles já ganharam com o patrocínio, o público fica em segundo plano do ponto de vista financeiro.
“...o que importa não é a apresentação de uma peça para o maior número possível de espectadores, e sim a produção em seqüência da maior quantidade de novos espetáculos, já que é na etapa da produção que todos são pagos...”
Ele defende então o incentivo não a montagens de peças curtas, e sim de longo prazo, com uma preocupação com a circulação.
Eu gosto também do que diz o presidente da Funarte, Celso Frateschi, que tende para a criação do Fundo com recursos diretos e não incentivados.
Pra variar eu não tenho uma conclusão, essa discussão ainda vai correr durante bastante tempo, bem depois que nossa geração tiver morrido. Eu sou a favor de saber como isso se dá em outras partes do mundo, outros lugares que já estão por aí há mais tempo que nós.
Um comentário:
Minha opinião foi pedida.
Sou a favor da circulação de repertório. Nunca tinha pensado exatamente nessa relação trabalho/tempo. É simples, com mais trabalhos rodando de fato, mas se trabalha. Você ganha pelo tempo e qualidade, e não pela quantidade. Pelo menos pro ator é assim. Como ator deteatro gosto da idéia de um fundo exclusivo, assim como o cinema. Como produtor cultural, questiono como seriam as outras formas de arte. O tanto que recebe o ministério da cultura nhão dá pra tapar o umbigo. Se dá bem quem se organiza melhor, pra conseguir seus direitos. Ao mesmo tempo, se é sabido que bilheteria não paga peça nenhuma. E essas são obrigadas a viajar com elenco e equipe trabalhando "por amor à arte" (de graça) até pagar a peça e ganhar alguma porcentagem. Isso se o produtor não resolver engolir o prejuízo.
enfim, acho que não falei exatamente nada, mas que falta uma discussão teatral séria no IACS, isso sim é verdade. e tenho dito.
até
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