sexta-feira, 22 de maio de 2009

Aperitivo

É estranho estar imerso no contemporâneo e ouvir falar sobre os degraus que pensadores subiram para entender uma realidade que nos parece ter sido sempre deste jeito. Eu já me acostumei a ouvir que vivemos convenções e construções, mas é difícil visualizar que aquilo que está impregnado no nosso “eu”, não foi sempre assim, e enxergar da outra forma requer uma subjetividade que você desconhece.

Como resultado de processos históricos, nós vamos sendo despolitizados, não por um grupo de pessoas específico, não como conseqüência de um plano mirabolante de um indivíduo, mas pelos processos “naturais” da sociedade. As demandas vão surgindo e as coisas vão acontecendo e mudando. Desde a construção do indivíduo, fomos nos tornando mais voltados para a nossa interioridade, o que mais a frente – na atual conjuntura – reflete em uma responsabilização pelas suas desgraças, principalmente quando o assunto diz respeita a saúde.

Culpamos o fumante pelo seu câncer pelo amplo acesso de informação disponível, pois a partir do momento que se sabe as conseqüências de um ato e assim mesmo agimos, repetidamente; devemos assumir aquilo que fizemos nós mesmos ao nosso corpo. Isso pode parecer óbvio, mas é porque crescemos ouvindo isso, quando na realidade, foi algo injetado. Pessoalmente eu acredito que seja culpa da pessoa, mas isso não quer dizer que por ela ter feito essa opção, ela não mereça o seu apoio e atenção, principalmente se for alguém significativo para você.

Assim, o nosso corpo e saúde adquirem uma importância essencial de onde podemos partir para entender um pouco esse tempo em que vivemos. E é essa jornada que espero fazer na disciplina TEORIAS DO CONTEMPORÂNEO, conhecendo conceitos inerentes às questões.

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