quarta-feira, 18 de março de 2009

A idolatria que nos cega

É fácil constatar isso. Basta observar os casos extremos de fanáticos que fazem as coisas mais esdrúxulas para chegar perto de seus ídolos, eles não enxergam que aquilo transpassa a tênue linha da sanidade mental.

E eu trago este assunto à tona, porque eu acompanho o trabalho da atriz mirim Dakota Fanning, desde o seu primeiro filme. Ela conquistou a mundo com o seu primeiro filme “I am Sam” pela sua notável precocidade, seus olhos azuis e seus cabelos lourinhos. Excetuando àqueles que têm aversão à menina, (não sei por que) como a minha irmã, ela tem uma legião de fãs pelo mundo afora.

Bom, os seus filmes seguintes foram de tirar o fôlego, contribuindo para sua fama de grande atriz, apesar da pouca idade, e comecei a me policiar quando à assistia, me preocupando em ser imparcial na minha crítica, analisando o conjunto e tentando separar a atuação do ídolo. A verdade, é que eu não tive problemas em fazer isso. Com o tempo, alguns filmes dela me pareceram ruins, não tanto pela atuação dela, mas pelo roteiro em si.

Só que agora, eu cheguei a um impasse. É claro que a garota sabe atuar, não existe dúvida quanto a isso, mas eu começo a perceber certos vícios em seus personagens, algo que começa a parece previsível; não chega a ser uma canastrice, mas ela terá que tomar cuidado para não cair nessa armadilha, no decorrer de seu amadurecimento. O problema é ela ter o ego inflado por tudo de bom que falam dela e não procurar desenvolver melhor seu talento.

Enfim, estou desviando um pouco o meu foco. Acabei de ver o filme “Hounddog” exibido em Sundance, uns anos atrás, e que rendeu muita mídia e discussão. Na época eu fiquei super curiosa, mas não foi distribuído logo. E por isso, ficou aquela mística sobre o filme, aquela expectativa que só consegui matar agora.

E eu fiquei meio sem saber o que achar, pensando no roteiro, nas atuações. A personagem principal parece ter um potencial enorme para nos fazer gostar dela, mas parece que a “persona” Dakota atrapalha, por causa dos trejeitos já velhos conhecidos, e até cenas repetidas (referência ao filme “Uptown Girls”).

Quanto à formação da personagem eu não sei de quem seria a culpa, se dela ou da diretora que não soube liderar a atuação. Existem cenas ótimas, ela canta bem e emociona, mas ainda parece que falta alguma coisa. Para uma criança, ela leva bem boa parte do filme, só algumas cenas que senti uma vacilada. Eu dou um sólido 7 .

Um comentário:

Lili disse...

Acho que eu sou uma das pessoas que tem um pouco de medo dela.

Assim como a Maísa, ela me parece um mini-adulto e isso me preocupa pq ela pula a infância direto para a vida adulta...não acho isso mto saudável =/