domingo, 1 de fevereiro de 2009

Homer é 75% epicurista

Estou quase terminando o segundo livro que ganhei de Natal. Está certo que estou demorando mais do gostaria, mas filosofia não é legal apressar, tem o tempo para digerir o que foi lido e assim, já estou há um mês lendo “Tudo que sei aprendi com a TV”. Surpreendentemente o capítulo que mais gostei até agora foi o dedicado aos “Simpsons”.

Epicuro defendia o hedonismo, e para ele a única coisa que faz a vida valer a pena é o prazer e a ausência de dor. O segredo seria equilibrar os dois, porque não se consegue eliminar a dor e somente sentir prazer, só que ele tinha uma vida bem entediante na verdade, e o motivo estava no prazer em curto prazo se traduzir em desprazer a longo prazo. Por isso, precisamos ter cuidado com o que nos dá prazer.

A grande sacada de Epicuro tem a ver a ausência de ambições e satisfazer-se com pouco, com aquilo que você pode atingir facilmente e que não dependa do outro. Deve-se satisfazer o máximo de prazeres e ao mesmo tempo minimizar os desejos que continuam não satisfeitos. Outro prazer importante para a filosofia epicurista é a amizade, considerada uma necessidade básica e de fácil satisfação.

Homer se encaixa em boa parte das premissas de Epicuro, sem as ambições profissionais, ele torna-se livre, restringe seus desejos ao não agir de forma dispendiosa e tem a tevê como sua grande amiga. Homer só não se encaixa quanto ao aspecto de pensar sobre a vida. Para Epicuro era essencial analisar e entender a si mesmo para que a vida fosse melhor.

Filosofia não é demais?!! Eu adoro ler e identificar esses preceitos que eu uso o tempo todo na minha vida, mesmo sem ter estudado. Eu me vejo em todos os filósofos porque eu sou um recorte de tudo que eles falavam décadas/séculos atrás, e eu acho isso muito bonito ;) É como dar voz ao que eu sou pelos pensamentos de outra pessoa! Muito bom!

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