sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fenecer: um diálogo interior

Ando melancólica. Não sei se é conseqüência do resfriado ou se o meu corpo adoece ao refletir minha alma, meu estado de espírito. Eu não esperava que o dia de hoje fosse pior do que o dia de ontem; a reunião, ao invés de descontrair teve efeito contrário, intensificando o desconforto de estar aprisionada neste mundo. Será que o que me diferencia dos outros é virtude ou defeito? Não sei que caminhos trilhar. Esses últimos quatro anos parecem ter sido um desvio nos planos, apenas uma distração para a grande questão que me persegue: descobrir o que me motiva. Vez ou outra me perguntam e eu não sei responder. Será que eu posso trocar na loja tempo por motivação? “Foi bom te ver”, e nada, nenhuma palavra da minha boca. Nenhum desejo de, ao menos, assentir com a cabeça. Profunda sensação de não-pertencer. Por isso, eu volto a dizer, eu não sei viver, não há fé em mim. Os olhares de desaprovação pesam e o ar está empregnado de decepção. Agonizo! A cada hora, a cada segundo. Eu queria dar um fim a essa agonia! Deixar de sentir-me culpada e ser útil de uma vez por todas. Quanto tormento você pode aguentar?

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