quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O inferno são os outros

Encontrei um spray de tinta que estava sobre a minha mesa aberto e já suspeitava que tinha sido a Débora, curiosidade de criança. Fui perguntar e ela negou. Então eu disse que sabia que tinha sido ela porque ninguém poderia ter mexido. Resolvi deixá-la de castigo por ter mentido, por 10 minutos, pensando no que tinha feito. Logo depois descobri que ela tinha sujado minha bancada e alguns papéis, nada mais coerente que depois do castigo ela tivesse que limpar a sujeira que fez. Até aí, o castigo está didático e funcionaria. O que estragou tudo viria depois.

Minha mãe entrou no quarto questionou se já não tinha dado 10 minutos. Eu a confrontei e disse que estava controlando o tempo. Ela então começou a discutir como eu deveria aplicar o castigo, que a Débora poderia usar o tempo que restava para limpar a bancada. E eu disse não. Eu aplicava o castigo, ela tinha mexido no que era meu e não dela, eu tinha o poder de decidir. Não satisfeita, minha mãe começou a questionar minha forma de lidar com situação. A minha vontade era mandar ela calar a boca! Como ela não percebia que estava prejudicando a disciplina que eu aplicava?!?!?!

Pra piorar a situação, meu pai que ouvia a discussão do quarto, e que já estava nas alturas mesmo, veio apoiar minha decisão, e veio tentar fazer minha mãe deixar de interferir. O que ele fez de errado foi aplicar um outro castigo, e no calor da situação mandar a criança dormir sozinha sem a minha mãe colocá-la para dormir. A Débora começou a chorar e a discussão foi pro outro quarto.

Não sei como ficou afinal, mas que isso dá nó na cabeça da criança, com certeza dá. Minha mãe é péssima com disciplina e cega também com quem sabe educar. Nem que um psicólogo dissesse que ela estava errada pra mudar a atitude. Ô, cabeça dura.

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