sábado, 23 de agosto de 2008

Umberto Eco roubou as palavras do meu sentimento

Semana passada eu me sentia engraçada, talvez porque eu esteja na TPM, sei lá. Senti falta de alguém que conhecesse minha história, senti falta de rir junto com alguém de algo que aconteceu, senti falta de conversar com alguém que soubesse quem eu sou, que soubesse o meu jeito de ser, como quando o outro entende a piada porque passamos por aquilo juntos. Senti minhas amizades sem profundidade, poucos me conhecem além do ‘bom dia’ e ‘boa tarde’, e ninguém tem perguntado realmente como estou. O que sinto é expresso aqui em palavras escritas para quem quiser ler, mas não tenho ninguém para falar delas.

Será que será assim, a vida adulta? Engraçado que esse questionamento surgiu agora, em decorrência do pensar e escrever. E isso que descrevo não acontece só comigo, eu percebo em cada canto das pessoas, com suas vidas corridas.

Bom, enfim, aqui transcrevo o trecho do Umberto Eco que eu me identifiquei:

“Alhures, ao contrário, o desejo espasmódico do Quase Verdadeiro nasce apenas como reação neurótica ao vazio das lembranças, o Falso Absoluto é filho da consciência infeliz do presente sem consistência”.

ECO, Umberto. Viagem na Irrealidade Cotidiana. Parte do artigo “Os Castelos Encantados”.

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Anotação mental: Ser mais comedida quando for a um rodízio de comida chinesa e japonesa, as conseqüências são bem dolorosas.

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