sábado, 16 de agosto de 2008

Papo descontraído

"Ele disse estar de férias do trabalho e que não tinha nada para fazer. Eu disse o que fazia e ele perguntou se eu trabalharia com isso. Respondi que não, que faria concurso público. Ele se exaltou e começou a falar mal disso, de que o governo estava prendendo todo mundo no serviço público e que por isso havia poucos profissionais no Brasil. E então eu perguntei o que ele fazia. Ele escondeu o rosto na mão e riu.

Trabalho no TRF. Então porque você está malhando o serviço público?!?! Foi engraçado! Ele disse que queria sobreviver de música, mas que sabia que não daria. Não era formado, mas pretendia terminar o curso de direito. Seu nome era Fernando.

Ele perguntou se eu poderia sair dali e eu disse que não, que estava trabalhando. Ele achou uma pena. Ele disse que tinha se separado há pouco tempo e que se acostumava a ser solteiro novamente, chamou-me de “gata” algumas vezes. Perguntou-me se ele era louco de estar ali para um show tão cedo, eu falei bem do espaço, dos shows. Acho que ele não tinha nem comprado o ingresso.

Mais tarde ele voltou, com um copo de cerveja. Eu avisei que o show logo começaria e que ele deveria terminar a cerveja para entrar. Não o vi mais. Acho que ele nem chegou a entrar. "

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