segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Correr o mundo

Observo os números no relógio, hipnotizada. Olho fixamente como se ali estivesse alguma resposta, mas não há nada, apenas números. São 17 horas, os algarismos acabaram de mudar. Talvez os números contenham respostas sim, eu que não consigo enxergar. O tempo sempre avança, assim como as horas. As horas são o tempo, e nunca retrocedem...imagina se pudéssemos escolher reviver o passado, talvez escolhêssemos viver o passado continuamente e não andaríamos para frente. Tenho fome de mundo, quero caminhar pra frente, mas querer não é poder, existem obstáculos. Racionalmente entendo, mas não sinto o que raciocino. Faltam instrumentos, falta sentir o caminho que percorro. Antes era difícil estar aberta, ser diferente a cada segundo, hoje, estagno e já não sei ser estagnada. Tenho fome de fluir, correr o mundo.
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Com mais frequência, sei exatamente do que os personagens de livros e filmes falam, porque eu sinto. Uma lembrança de já ter estado naquela situação, de ter sentido aquelas emoções, chego a completar o pensamento do outro, concluo juntamente, e sinto-me unida com algo, vivida, torno-me una.

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