sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Casa da Ciência - O informante (1999)

Palestra ocorrida em 7 de julho deste ano. Estou com as minhas anotações de palestras defasadas e atrasadas, se me permitem a redundância rs. Vamos então retomar os pontos levantados pelos palestrantes e refletir sobre os temas abordados.

Engraçado que esse não é o tipo de filme que me anime a assistir...porém, gostei de algumas questões psicológicas colocadas pelos personagens, como a segurança dos indivíduos, a dúvida entre o certo e o errado, o abandono da família em consequência do medo (legítimo). Questões que muitas vezes me levam a questionar a mim mesma sobre a minha reação diante de uma situação semelhante.

O palestrante, Kenneth Camargo, trouxe como tema a ser discutido, a distorção deliberada do conhecimento científico. Ele partiu da premissa da ciência tida como uma atividade humana e gostaria que os indivíduos fizessem uma abordagem crítica da ciência.

Se bem me lembro, ele falou sobre a credibilidade, de como estudos são forjados, ou desenvovidos de forma a provar um resultado pretendido. Ele citou a influência do Edward Bernays e do Gustave Le Bon, assim como, as estratégias de utilização da 3a. pessoa. Ele ainda indicou o site www.sourcewatch.org como ferramenta para acompanhar informações sobre corporações, indústrias e pessoas que tentam influenciar a opinião pública.

O tema do filme diz respeito ao cigarro e o conhecimento de dados sobre a utilização de fórmulas químicas para aumentar a dependência e os lucros da indústria. O Kenneth levantou, também, as questões sobre a liberdade de escolha e a liberdade individual, que se discute sobre quem fuma e quem não fuma e que acaba sendo prejudicado. Que tipo de liberdade é essa?

Ele falou ainda, sobre como suspeitar de um documento, de um discurso; devemos estar atentos aos conflitos de interesses, a oposição entre massa e a ciência (não existe controvérsia para os especialistas), a indústria com interesse econômico claro. Ele colou também que devemos encarar a ciência como o melhor conhecimento que se dispõe no momento; todos já sofremos com as notícias de que tomate faz bem, tomate faz mal e a mesma situação com o ovo, o chocolate, o café entre outros.

O Kenneth frisou a importância da farmaco vigilância, o acompanhamento dos efeitos de remédios posteriormente, apontando para a proteção contra novos medicamentos, “não ser o primeiro, nem o último a usar” e a necessidade de incentivos do Governo quanto a isso e de sua fiscalização sobre os laboratórios.

Levantou-se, ainda, a questão sobre a medicalização ao extremo e o acesso aberto a publicações. Por fim, ele indicou o site www.scielo.org, uma portal de revistas sobre pesquisas.

Palestrante Kenneth Camargo, pós-doutor pela McGill University, Canadá, professor do Instituto de Medicina Social da UERJ (IMS-UERJ), editor associado do American Journal of Public Health e editor da revista Physis. Pesquisador do Grupo de Estudos sobre Ciência e Medicina (UERJ-CNPq).

Para mais informações: www.cineclubecienciaemfoco.blogspot.com.br  

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Aconselho-me

“A obsessão é muito sutil, de tal forma que todos a temos em menor ou maior grau. Entretanto, se nos apegarmos ao estudo sério, reunido-nos sempre em conjunto com aqueles que desejam melhorar, descobrimos com mais facilidade as nossas deficiências e encontramos forças para corrigí-las com maior desempenho.” (pág.23)

“A mediunidade que tem compromissos com o Cristo na Terra, não pode se esquecer de subir o calvário, com a sua cruz nos ombros, representando sacrifícios de várias espécies: a renúncia é a característica de seus passos; o perdão, uma norma diária em sua vida; o trabalho, uma obrigação sem queixa. A oração, um dever silencioso; a alegria, uma manifestação de gratidão por tudo o que vê e recebe da vida. A língua deixa de ferir e a cabeça passa a ser um ninho de pensamentos nobres. Tudo o que faz, ela o faz por amor.” (págs. 26 e 27)

(…)“E a doutrina dos espíritos, que revive o Mestre, apresenta outras modalidades educacionais superiores: nada receber nem exigir, em troca daquilo que se oferta. Por isso, a mudança dos costumes contrários ao bem é um preparo para que o amor se faça, do modo que Jesus nos ensionou a amar.” (pág.42)

(…)“Quando mais evoluídos, compreenderemos sem pensar, conversaremos sem necessidade de articular sons e amaremos sem precisarmos dizer que estamos amando.” (pág.66)

“Não percas mais tempo em dizer coisa de que o próprio vento se envergonha. Não respondas ofensas que os teus próprios ouvidos não desejam escutar. Elimina os pensamentos que a tua cabeça já não comporta e limpa essa água suja minada da mente. Muda de ideia e muda de vida.” (pág.76)

MAIA, João Nunes. Segurança Mediúnica. Ed. Espírita Cristã Fonte Viva, 1985.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A disputa

Na sala de aula...
- Ei, eu que vou sentar na frente!
- Mas eu preciso sentar na primeira fileira!
- Eu também!
- Pois eu tenho TDA!
- Eu também tenho!
- Eu tomo ritalina!
- Eu também!
- Mas eu uso óculos!

domingo, 19 de agosto de 2012

O impacto

Eu não ia falar de cotas, certo? Mas o tema está em todo o canto e não tem como evitar. Acabei de ler um texto do Elio Gaspari que saiu no Globo, e uma parte chamou minha atenção,

As pesquisas indicam que os cotistas tiveram desempenhos iguais ou até superiores aos dos demais.”

E eu fiquei encucada, tenho procurado estudos e pesquisas pela Internet e nada. Pensei em enviar um e-mail para o autor, pedindo as fontes e...nada de ter o contato no jornal. Por uma pesquisa rápida, o Elio Gaspari não tem nenhum e-mail publicado na rede. Fiquei chateada, achei que conseguiria começar a desvendar esse mistério do impacto das cotas nas Universidades. E deparei-me com um texto, justamente criticando o dito cujo e sua matéria. Afinal, após a leitura da crítica, já penso em desconsiderar qualquer coisa que o Elio Gaspari fale, e eu já tinha achado o texto mesmo sem pé nem cabeça.

Quanto ao que penso sobre as cotas, tenho a opinião daqueles que defendem uma melhora no ensino fundamental e médio - Isso não mudou. Entretanto, dar chance aos alunos melhores que se sentem desnivelados contra àqueles que têm a oportunidade de pagar por um ensino melhor, até que essa ideia estava crescendo dentro de mim, mas aumentar esse número para 50% das vagas, é apostar numa política de emburrecimento.

Eu sei que melhorar toda a educação não é algo fácil, mas não vejo estratégias por parte do Governo. Há apenas essas leis para o povo ver e achar (isso engana alguém?) que o governo está cuidando dos seus direitos. O direito primordial, aquele que está garantido na Constituição Federal é de educação e não “cotas-para-entrar-na-Universidade-sabendo-menos-do-que-o-mínimo-necessário-para-competir-com-quem-está-melhor-preparado”. Por que não há proposta de plano de carreira para professores? Por que não há proposta de colocar equipes de profissionais concursados dentro das escolas? Por que não há proposta de se construir mais escolas para diminuir o número de alunos por sala? Cada uma dessas propostas sozinhas, já contribuiriam para o início de mudança e somadas podem ser a solução que o brasileiro tanto anseia para a educação do país.

sábado, 18 de agosto de 2012

A hora de ceder

Essa semana, a Dé me confessou uma coisa. Ela disse que não acreditava realmente que fossemos adquirir uma nova cachorrinha; “sabe por quê?”, ela perguntou ansiosa para responder. “Porque eu não achei que você e a mamãe fossem chegar a um acordo”. E eu explico para os que não conhecem a situação.

A questão era que eu queria adotar e minha mãe queria comprar algum cão de raça que pudéssemos ter a certeza de que não cresceria muito; e tinha que ser filhote também. Debatemos durante alguns meses...até que eu percebi que essa batalha de orgulho não nos levaria a, afinal, adquirir nenhum bichinho. Percebi que a casa era dela e que eu não poderia impor a minha vontade. Que eu adote quando tiver a minha própria casa. Tudo acabou se ajeitando da melhor forma possível.
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“Os controles ou guias espirituais raramente se identificam com algum nome conhecido do passado. Optam pelo anonimato e preferem ser avaliados pelo trabalho que realizam, pelas ideias que transmitem, pelos ensinamentos que ministram. Costumam ser simples, tranquilos, profundamente humanos e compreensivos. Enérgicos, quando necessário, nunca são autoritários. Parecem, às vezes, um tanto frios e distantes, indiferentes e até insensíveis ao observador desatento. É preciso, no entanto, compreender que a visão que têm dos problemas humanos é inteiramente diversa da que costumamos ter aqui. Por que razão iriam se afligir ante a dor maior de um amigo encarnado, se sabem que é precisamente aquele o amargo remédio prescrito pela Lei divina para corrigir uma grave disfunção espiritual do passado? Deveria o médico deixar de operar um paciente em estado grave ou de receitar um remédio salvador, porque a operação vai doer ou o remédio é amargo?” (pág.134)

MIRANDA, Hermínio Correia de. Diversidade dos carismas: teoria e prática da mediunidade. Vol.2

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Eu acredito

Uma hora de perguntas feitas ao candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo:


Watch live streaming video from meurio at livestream.com

Dica: Acompanhem o blog Eleições Cariocas 2012 e estejam a par de propostas dos candidatos. Tem um pessoal bem legal se engajando, participando, o site Meu Rio está bem bacana e parece promissor em aproximar as pessoas para buscarmos um Rio de Janeiro melhor.

E as cotas ficam para outro dia...reclamar o que não posso mudar só me entristece.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Colírio para os ouvidos

Preciso falar. Preciso escrever. Preciso pensar.

Papai, experiente e falador, é sempre uma fonte de explicações. Desde que estourou essa denúncia do mensalão, ele nos esclareceu de como essa é uma prática da política (não só algo da era Lula), mas convenhamos que prática não torna algo correto. O que eu gostaria de ver como resultado dessa confusão toda é a ilegalidade sendo punida, porque mudar o ranço da política, de uma hora para a outra, é desejar demais da conta. Angustiada, perguntei como a exclamar por uma solução para melhorar tudo isso e ele veio com aquela velha e batida (mas verdadeira) resposta: precisamos votar melhor, precisamos deixar fora do governo os que roubam, precisamos votar naqueles que trabalham. E lembrei do Romário, acho que preciso me retratar com ele. Tenho a impressão que o critiquei quando foi eleito, mas ele tem se mostrado interessado e disposto a fazer bem o seu trabalho.

Tem vezes que leio linhas e nada acontece. Tem vezes que leio talvez outras linhas ou as mesmas e preciso escrever, falo comigo mesma, crio argumentos, vou passando os pontos na cabeça até que eles precisam sair para algum lugar. O que sempre impulsiona? Reflito agora. O falar, o pensar, o escrever vêm de uma vontade grande de querer mudar o que parece errado, mudar pessoas para mudar atitudes (ou seria mudar atitudes para mudar pessoas?). Essa vontade vai crescendo e morre ao se perceber que pouco se pode fazer, a única pessoa que se tem acesso, realmente, é a si mesmo.

A postagem ficou meio grande, decidi dividir em duas. Na próxima, falemos de cotas.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Voltei?

Pra você ver como mentira tem perna curta: minha mãe encontrou uma pilha de deveres antigos não feitos e notas baixas da Dé escondidas atrás do armário, da época em que ela tinha seus 8/9 anos. Não tem desculpa, vou colocar ela pra fazer tudo!
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As segundas chances são importantes, não podemos descartar o que vimos apenas uma vez de forma preconceituosa. Uma análise mais detalhada muda impressões e considerações.
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Se eu continuo a aprender e a sentir, por que não continuo a escrever?
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Tudo que fazemos tem uma reação, seja ela positiva ou negativa. Insisto quanto a isso com a Dé por que a vida me mostra isso o tempo todo. Ela esquece de fazer os seus afazeres e faz cara feia quanto é penalizada. E eu coloquei para ela, se esquecemos de pagar a conta de luz, a fornecedora não tem pena, e nem deixa barato, ela corta a luz e pronto.

Gritam comigo e eu grito de volta...não tem como eu esperar que o outro não grite, se eu grito. Por isso a importância de não se deixar abalar pelos outros, de reagir positivamente para colher o fruto dessa vibração.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Briga de titãs

'Ele é amoroso e amigo, mas sinto nele aquela austeridade comum às pessoas que se impõem pela autoridade moral, com a sua simples presença. Jamais fez qualquer brincadeira ou empregou qualquer expressão mais descontraída. Certa vez, 'reclamei' porque nem ele, nem nossos outros mentores se comunicavam com mais frequência, com aquelas 'mensagens pessoais' de que tanto gostamos. E ele respondeu: - Já dissemos tudo o que precisava ser dito. Vocês todos têm conhecimento das próprias responsabilidades e já aprenderam que dificuldades e lutas são instrumentos de aprendizado evolutivo. Agora é trabalhar. Nosso tempo é escasso e precioso. Não podemos utilizá-lo em conversas meramento sociais. Há muito que fazer.' (pág. 65)

“Em pincípio, isso é verdadeiro, pois é fato que a lei autoriza, ou melhor, tolera ou permite a cobrança da dívida cármica. O Cristo advertiu, a propósito, que o pecador é escravo do pecado, que nossas faltas nos seriam cobradas até o último centavo e que não insitíssemos nelas para que não nos acontecesse ainda pior. Não há dúvida, portanto, de que ele caracterizou, com nitidez incontroversa, a conexão entre erro e dor, crime e reparação. Isso não quer dizer, contudo, que a vítima tenha de tomar a vingança em suas mãos ou assumir a postura de cobrador para que a reparação se faça perante a lei cósmica que regula o equilíbrio ético do universo. Que ele se vingue ou não, o devedor tem seus ajustes programados inapelavelmente perante essa lei 'imburlável', como todas as que compõem o código divino. Antes de ser cometida contra indivíduos, as nossas faltas são primariamente contra a lei, e à lei teremos de responder por elas, mais do que à vítima. E, por isso, quando alguém assume o papel do vingador ou do cobrador, dá-se mal, porque reabre o ciclo da dor que virá como reação futura. E foi por isso que o Cristo prescreveu o perdão universal, setenta vezes sete, porque, perdoando, estamos nos libertando da dor; caberá ao algoz fazer o mesmo, pelos processos qye lhe forem prescritos no devido tempo.

O problema é que isto é filosofia demais para quem está condicionado ao ódio, à devoradora paixão da vingança. Tem-se a ilusão de que a vingança aplaca as dores, quando as cultiva e nutre, prolongando-as no tempo. Acha-se que, vingando, se liberta, quando ao contrário, fica-se preso ao antigo algoz, convertido em vítima. E não há como sair, à simples força de argumento, desse terrível círculo vicioso.” (págs.76 e 77)

MIRANDA, Hermínio Correia de. Diversidade dos carismas: teoria e prática da mediunidade. Vol.2
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Acertou-se quando se disse que as duas energias mais potentes são a mental e a sexual. Briga de titãs.

domingo, 5 de agosto de 2012

Ainda vou me organizar...


Estou com minhas postagens deveras atrasadas, era para eu ter postado sobre a penúltima sessão do cineclube (“O Informate”) e a última que foi ontem (“Corpo”). Ainda queria ter escrito sobre passos para se participar de uma maratona (muito mais complicado do que eu imaginava) e, também, dez perguntas sobre o julgamento do mensalão que li hoje de manhã.

Postagem mais atrasada ainda, são os escritores da atualidade com a edição da Revista Granta e Geração Subzero...que eu tinha curiosidade de ler.
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Notícia recente: finalmente a UERJ me chamou!!! Precisei levar os meus documentos essa semana e, também, me apresentei para o exame pré-adminissional. Todos foram muito simpáticos.
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Fora isso, tenho acompanhado as Olimpíadas, está difícil voltar ao ritmo de atividades, com as aulas de espanhol e inglês da Dé, o trabalho voluntário e o estudo, tendo ainda que estar presente para cuidar da Nikita.