segunda-feira, 25 de abril de 2011

Violência me assusta

"(…)Assim também seria o devir: potência não-orgânica, zona indiscernível de formas. O sorriso sem rosto, o grito sem boca e o corpo sem órgãos traduzem a histeria de imagens presentes na carne, sendo ‘o revelador que desaparece no que se revela: o composto de sensações’.

(...) Na narrativa cronenberguiana, o movimento do monstro-protagonista faz-se de volta a seu ponto de origem e, talvez por isso, o monstro não é descoberto enquanto ‘outro’, mas como um enigma de si próprio.

(...) Um devir inesperado vivido por um corpo passivamente investido por forças e poderes que ele próprio não pode regular.

(...) Como afirma o próprio Cronenberg, o principal propósito de seus filmes é mostrar o imostrável e dizer o indizível.

(...) O aspecto tensional da identidade entrecruzada causa uma não-solução, cuja identidade sempre é, ao mesmo tempo um continuum de des-identificação. Assim, o sujeito aceita que não há uma ‘interioridade’ a se relacionar com uma ‘exterioridade’, mas forças em constante transfiguração.”

ALTMANN, Eliska. Da “des-organicidade”: Devires cinematográficos-pictóricos. Cinema em Carne Viva David Cronenberg, 2009.
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Wally que era Waldo.
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Eletro e Raio-X OK

2 comentários:

Mr. Anônimo disse...

Wally! Era tão legal.
Ainda tenho os livros pela casa.

Cla452 disse...

Eu também tenho! =D Eu ficava horas procurando o que ele perdia hehe