segunda-feira, 5 de julho de 2010

Buquê de lápis amarelos

“(...) Quando o orgulho chega ao extremo, tem-se um indício de queda próxima, porquanto Deus nunca deixa de castigar os soberbos. Se por vezes consente que eles subam, é para lhes dar tempo à reflexão e a que se emendem, sob os golpes que de quando em quando lhes desfere no orgulho para os advertir. Mas, em lugar de se humilharem, eles se revoltam. Então, cheia a medida, Deus os abate completamente e tanto mais horrível lhes é a queda, quanto mais alto hajam subido.” (pág. 150)

O Evangelho Segundo o Espiritismo. Sobre o orgulho e a humildade. 1944, FEB.
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O buquê veio na minha direção, mas não havia vontade em mim de abaixar-me para pegá-lo, mesmo com os olhos desesperados sobre mim e as mãos ávidas por agarrar as flores caídas aos meus pés. O meu reflexo diante da situação foi proteger e chutar na direção da Débora, que estava próxima, e gritar “pega!”. Ela ainda lutou bravamente, aos puxões e encontrões, contra a massa densa de solteiras enlouquecidas.
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Não é engraçado quando se espera que você aja de uma forma, por tradição, como se fossemos peças saídas de uma fábrica, peças iguais que devem ser encaixadas sempre da mesma forma para resultar em um mesmo objeto útil. Pensar diferente, agir diferente choca. Enquanto todos pulam, eu dou as costas, eu não consigo ser igual, só consigo ser eu mesma, diferente.
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Crianças everywhere!

Um comentário:

MagicJetPack disse...

Adorei a postagem.

A primeira parte me fez pensar bastante, acho que eu li num momento importante.

A segunda me fez rir. Huahauhauahau, muito bom.

Concordo com a terceira, ser estranho, digo, diferente é legal. XD

E o melhor do mundo são as crianças.