terça-feira, 19 de junho de 2012

Pra pensar


Em tempo de discussão ambiental, ouvi dizer de um especialista que a emissão de mais ou menos CO2 não teria tanta influência direta com o nível de poluição do planeta. Certas mudanças pelas quais o planeta passa já vem acontecendo há milhões de anos, antes do ser humano interagir com o ambiente. O planeta tem os seus próprios ciclos e nós estamos no meio, sem saber direito o que o futuro nos guarda. 

Tendo isso em mente, se pararmos para pensar no foco dos acordos para diminuir a emissão de CO2, este acaba sendo um argumento usado pelas nações desenvolvidas para continuarem no topo e impedirem que as nações em ascensão cresçam. Assim, os países desenvolvidos continuam com suas emissões só que em menor quantidade e os países emergentes não podem nem considerar começar a emitir CO2.

A discussão ambiental poderia ter outros focos e prezar pelo trabalho de base feito corretamente, como a coleta de lixo reciclável; não adianta os prédios fazerem a separação do lixo e quando o caminhão vem buscar, juntar tudo na caçamba. Preocupar-se com o que fazemos com o lixo é uma questão muito mais relevante para diminuir a poluição do planeta.
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Nat foi dar uma passeada pelo Rio+20, voltou pra casa com um montão de papéis (reciclados!), uma flor de garrafa pet, um sapato feito com material reciclável e a vontade de voltar antes que o evento termine.
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IRINA
"Hoje, quando despertei, tive bruscamente a impressão de que se tornava claro para mim e que eu sabia enfim como se deve viver. Querido Ivan Romanovitch, agora sei tudo. O homem deve trabalhar, trabalhar até a última gota de seu suor...Cada homem, sem exceção. Está nisso o objetivo e o sentido de sua existência, sua felicidade, sua alegria. Ser um operário que se levanta de madrugada e vai quebrar pedras na rua...Seu um pastor ou um professor que ensina o abc às crianças...Ou um maquinista, com sua locomotiva, ou qualquer outra coisa, ser não importa o quê...contanto que se trabalhe. Vale muito mais, é muito mais importante ser um animal – um boi ou simplesmente um cavalo – do que uma mulher que acorda ao meio-dia, toma seu café na cama e depois gasta mais de duas horas, fazendo a toalete. Ah! Que horrível é! Sinto uma vontade tão grande de trabalhar...Uma dessas vontades só comparável à sede que sentimos em dia de calor. E se, de agora em diante, eu não me levantar cedo todas as manhãs, se eu não trabalhar, pode retirar-me sua amizade, Ivan Romanovitch." (pág.12 e 13)

TCHEKHOV, Anton. As Três Irmãs. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

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