quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Lição de Natal

Na noite de Natal, eu ajudava minha mãe a arrumar a mesa.

- Clarissa, olha só o que eu achei!
- O quê?
- Guardanapos que sobraram do ano passado! Estou tão feliz!
- Nossa, você se contenta com tão pouco rs
- Minha filha, achar o que se procura não tem preço. E esse é o segredo da felicidade.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Viver dentro da verdade

(...) “Para Sabina, viver dentro da verdade, não mentir nem para si nem para os outros, só seria possível se vivêssemos sem público. Havendo uma única testemunha de nossos atos, adaptamo-nos de um jeito ou de outro aos olhos que nos observam, e nada mais do que fazemos é verdadeiro. Ter um público, pensar no público, é viver na mentira. Sabina despreza a literatura em que o autor revela toda a sua intimidade, e também a de seus amigos. Quem perde própria intimidade perde tudo, pensa Sabina. E quem a ela renuncia conscientemente é um monstro. Por isso Sabina não sofre por ter de esconder o seu amor. Ao contrário, para ela esta é a única forma de viver ‘dentro da verdade’. Quanto a Franz, está convencido de que na separação entre sua vida privada e sua pública está a fonte da mentira. Para Franz ‘viver dentro da verdade’ é abolir a barreira entre o privado e o público. (...)” [Trecho do livro “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera.]
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“You could predict what would happen or you can create what you want” – Cesar Millan

So true! Agora eu só preciso descobrir o que eu quero =P

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O poder do tédio

Chamam de ócio criativo aquele tempo para se digerir informações e cultivar ideias, muito valorizado principalmente nessas empresas que lidam com produtos, marketing, propaganda, tecnologia etc.

No entanto, dia desses me dei conta de que o tédio tem vital importância na criação. O tédio move o mundo! Imagina se não ficássemos entediados, viveríamos sempre a mesma vida. O tédio nos faz aceitar qualquer programa, correr atrás de atividades diferentes, procurar novas formas de nos motivar. Assim que nos entediamos com algum aparelho tecnológico, procuramos dar outras funções a ele e assim evoluímos.

Quem diria que o tédio seria tão importante! Pra variar me encontro novamente nesse estado de espírito, todo ano é a mesma coisa rs E eu começo a buscar algo com o que me ocupar.

Que venha 2010, um ano cheio de atividades e o tédio na medida certa!
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Sentindo falta do ambiente estimulante que era a sala de aula.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Os hormônios e a reprodução

"Os genes não ligam se somos felizes, eles ligam se nós nos reproduzimos. São três sistemas por trás da reprodução: luxúria, atração romântica e união estável.

A luxúria é mediada pelos hormônios do sexo, testosterona e estrogênio, a atração romântica tem a ver com o sistema do desejo, alimentada pela dopamina resultando na sensação de “eu preciso ter essa pessoa”. O último tem a ver com o hormônio ocitocina que medeia união estável. O problema está que essas situações são independentes. Então uma pessoa pode estar em uma união estável, se apaixonar por outra e querer dormir com uma terceira pessoa, o que pode causar muita infelicidade".

Mais uma palestra do TED

domingo, 27 de dezembro de 2009

Enojada

Parece uma piada de humor negro, mas eu acabei de esbarrar com uma reportagem no YT do meio do ano. Uma ginasta de 17 anos que quebrou o joelho e sofreu eutanásia porque ela nunca se recuperaria para voltar ao esporte o.O Eles ainda justificaram o procedimento porque seria muito caro mantê-la viva. “It´s tough whenever you have to put a gymnastic to sleep.” O pai fala da filha como se fosse apenas uma peça de um jogo. Por outro lado, melhor pra ela que se livrou desses robôs. Bizarro.

http://www.youtube.com/watch?v=NMsLg4jqlJw&feature=fvw

Edit: Haha. Putz. Ainda bem que não é verdade rs Eu achei estranho, mas não fui atrás pra checar a história. Duas lições podem ser reforçadas aqui: sempre checar os fatos e não acredite em tudo que você assiste/lê. Lições que eu julgava já ter aprendido, um pequeno deslize, eu admito. rs


sábado, 26 de dezembro de 2009

Espreita

I´m very still…with my eyes and ears wide open, waiting for any sign and any movement; thinking about what window will open, feeling what my heart wants, sensing what´s next in my life.
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Palestra do TED sobre uma nova tecnologia a partir de um projetor e sensores nos dedos. O produto desenvolvido possibilita fazer uma ligação a partir da projeção de um teclado na mão, tirar fotos com o movimento das mãos, levar informações de um texto impresso para o computador com o movimento de pinça dos dedos e muito mais! É um pouco difícil de entender o inglês do palestrante, mas vale o esforço.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Campanha contra a Parmê

Ontem eu achei que fosse morrer. Débora assumiu a dianteira vomitando duas vezes, mas eu cheguei a botar os bofes pra fora três, ela não teve diarréia, eu tive, e ela teve mais febre do que eu.

No início da semana, fomos num rodízio da Parmê do Shopping com o pessoal do caratê, e minha irmã já acordou enjoada no dia seguinte. Eu ainda incorri no erro de almoçar na mesma Parmê ontem, apesar das críticas do serviço – como destratamento e rodízio escasso.

O pior ainda estaria por vir de madrugada, com os calafrios, o quase desmaio e o suor que brotava de cada poro do meu ser, fiquei aterrorizada! Estou a base de água e coca-cola para não desidratar e torradas.

Nosso Natal será então comedido, nada de excessos ou comidas pesadas e gordurosas. Essa virose está pegando todo mundo, será que você será o próximo?! Faço votos que não.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

COP15: o discurso do Lula

Em 18 de dezembro, o Lula deu um discurso improvisado para o COP15 em Copenhague, Dinamarca. Na conferência sobre as mudanças climáticas, o Lula foi aplaudido algumas vezes e afirmou que o Brasil pode contribuir para o fundo do Clima, ajudando os países pobres. O encontro resultou em apenas um documento fraco sem metas, pelo o que eu li.

Assistam ao discurso do Lula.
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Caraca, Brittany Murphy morreu! O.o
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E hoje inaugura a estação do metrô sem baldeação! \o/

domingo, 20 de dezembro de 2009

Incompatibilidades de contabilidade e um copo d’água

Minha aula de 4h30 de contabilidade não começou muito bem essa semana. Cheguei alguns minutos atrasada, morrendo de sede. Entrei na sala com um copo de água e vasculhei a sala por um lugar para sentar: oh, que tarefa difícil!

Encontrei uma lá atrás, e tive que usar toda a minha desenvoltura para me espremer com duas bolsas e o copo de água na carteira. Enquanto equilibrava uma das bolsas no colo e segurava o copo, tentava tirar o caderno e a apostila da segunda bolsa. Troquei as coisas um pouco de lugar, bolsa, bolsa, copo; copo, bolsa, bolsa. Foi quando derramei a água a primeira vez. Ops.

Coloquei a segunda bolsa em cima da água pra absorver e desisti de mexer no caderno e na apostila. “Melhor assistir a resolução do problema no quadro”. Até que o professor fez um comentário que exigia uma anotação. Foi quando derramei a água a segunda vez, na carteira do lado esquerdo, quase em cima do caderno da menina. “Ai, desculpa!”.

E em um segundo que tentei segurar a bolsa que rolava do meu colo para o chão, derramei a água a terceira e última vez, tudo em cima de mim! Desisti da água, do copo e da bolsa no colo, foi tudo pro chão.
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Saldanha: As quatro melhores coisas do mundo – comer e viajar. Hehehehe.

sábado, 19 de dezembro de 2009

O poder do olho gordo

Essa semana eu tinha ido de tênis pro cursinho e um pouco antes de chegar, avistei uma sandália rasteira esperando o sinal ficar verde para atravessar. Olhei e lembrei que precisava comprar uma; é muito prático no calor do Rio! No entanto, é difícil encontrar uma com sola que dure mais de uma saída.

Meu tênis e a sandália atravessaram a rua, e eu pensava sobre o assunto, quando parte da frente sola da sandália soltou, fazendo aquela boca de bota velha; péssimo investimento.
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Missing Dolly =/

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Um pouco de política

Geralmente eu sou alienada da política, é tanta falcatrua que me enoja. Se eu corresse atrás de saber de todos os podres do governo acho que a vontade de suicídio seria grande, por isso, para minha sanidade mental, mantenho-me avessa. No entanto, acho importante ter saber os nomes de políticos que roubam, para votar conscientemente.

Hoje no almoço, começamos a falar sobre as altas mensalidades das escolas, passamos para o absurdo de dinheiro que vai pro governo por meio dos impostos (em um ano trabalha-se 3 meses para pagar o IR por exemplo) e terminamos com o Arruda.

Confesso que ouvi falar da bandalha e não procurei saber do que se tratava. O que eu extraí da conversa, foi que o pessoal saiu de férias e jogaram o caso do Arruda para o ano que vem. A questão principal é que se o Brasil fosse um país sério, diante de um flagra desses, o Arruda e sua corja estaria no xilindró.

Você não fica revoltado(a) quando descobre que grande parte do dinheiro que você batalhou vai pro governo e para o bolso dos políticos??? Eu fico. Parece que só recomeçando que se poderia ter a esperança de se ver uma política mais ética, preocupada com o bem estar do povo.

Ouvi a informação de que o Estado teria 20% da receita arrecadada por impostos para dar o destino que quiser, sem entrar no orçamento. Para onde você acha que vai esse dinheiro? Só uma imagem me vem à mente neste momento: de um nariz vermelho.

Sobre o Caso do Arruda

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Minha vida em dezembro

Quem pensa que depois da monografia, ou seja, última obrigação com a faculdade, eu estaria livre leve e solta para aproveitar minhas férias muito merecidas, está muito enganado(a). Esse mês de dezembro está se alongando, eu tinha esquecido como é acordar cedo todos os dias e ter aulas de 4h direto como era no início da faculdade...bem desgastante...e vai ser assim até o final de janeiro.

Antigamente, eu tinha uma sensibilidade para os assuntos que eu iria abordar no blog, acontecia qualquer coisa e eu imediatamente transformava em uma postagem, agora não vem assim mais tão fácil. Desacostumei.

E eu ainda tenho que comprar os presentes do povo aqui de casa.
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Com vontade de comer um chocolatezinho.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Como diria o Japa...

Hoje resolvi adicionar mais um parágrafo a uma carta que escrevi três meses atrás. E quando fui olhar a data em que eu tinha escrito, surpreendi-me. Faz exatamente três meses! Adoro coincidências.

domingo, 13 de dezembro de 2009

A impossibilidade

Eu achei que já estava vacinada contra o impossível, mas aparentemente não estou. E não me venha com o discurso de que nada é impossível.

“Eles trabalham juntos há mais de um ano, e ele já tinha se convencido de que nada aconteceria entre os dois. Ele nem pensava mais nela como uma possibilidade, até aquele dia. Ele andava impacientemente de um lado para o outro no banheiro do escritório. Ele acabava de saber que ela tinha terminado com o namorado, e isso reavivou os seus sentimentos. Por que agora? Eu não podia ter ficado sem saber? Eu não poderia ignorar essa informação e continuar a trabalhar, sem pensar em tê-la para si?”

sábado, 12 de dezembro de 2009

Estado de espírito

I want you
I want you so bad
I want you
I want you so bad,
It's driving me mad
It's driving me mad

http://www.youtube.com/watch?v=xbWbstPmBQc

“Ela encarou-o, queria tirar a dúvida sobre a cor de seus olhos; seriam eles azuis ou verdes?”

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Bibliografia – Adendo ao lidos de 2009

Prometo que será a última vez que ouvirão falar da minha monografia rs Textos e livros que tive que ler para a monografia. O detalhe é que foi um mês e meio intenso de leituras, deixando a sensação de que li mais nesse período do que nos quatro anos de faculdade. E aí estão eles:

ADORNO, T. W. “A Indústria cultural”. In: Comunicação e indústria cultural. Ed. Companhia Editora Nacional, 1971.
AMORIM, José Salomão David. “Panorama da cultura de massa no Brasil”. In: Comunicação de massa – uma perspectiva sociológica. Ed. Edições Bloch, 1968.
BARTHES, Roland. Aula. São Paulo: Cultrix, 1978.
BETTI, Renata.O hábito faz o leitor. Revista VEJA. Rio de Janeiro, 18 nov. 2009. Seção Tecnologia especial de Natal, p. 179. (edição 2139 – ano 42 – no. 46).
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451: a temperatura na qual o papel do livro pega fogo e queima. São Paulo: Globo, 2009. – (Coleção Globo de bolso).
CHARTIER, Roger. A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998.
DIDIER, Maria Thereza e REZENDE, Antonio Paulo. Rumos da história: história geral e do Brasil. São Paulo: Atual, 2001.
Fahrenheit 451. Direção: François Truffaut. Roteiro: François Truffaut e Jean-Louis Richard. Intérpretes: Oskar Werner, Julie Christie, Cyril Cusak e outros. London: Universal Pictures, 1966. (111 min) DVD Dolby Digital 2.0.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio de língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 2004.
FISCHER, Steven Roger. História da Leitura. Ed. UNESP, 2005.
LAJOLO, Marisa. O que é literatura? Ed. Brasiliense, 1982.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
LEVACOV, Marília. “Bibliotecas virtuais”. In: Para navegar no século XXI. Porto Alegre: Sulina/Edipucrs, 1999.
LEIVAS, Maria José. E-book: a literatura digital ganha espaço. Porto Alegre, nov. 2008.
LIMA, Augusto Mesquitela MARTINEZ e Benito FILHO, João Lopes. Introdução à antropologia cultural. Editorial Presença, 1980.
GRÉCIA: literatura. In: Grande enciclopédia Larousse cultural. Volume XII. Nova Cultural, 1998.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura? Ed. Brasiliense, 1985.
MELLO, José Barboza. Síntese histórica do livro. Editora Leitura S.A, 1972.
MIRANDA, André. Leitor digital Kindle é lançado para cem países. O Globo. Rio de Janeiro, 8 out. 2009. Seção Economia, p. 25.
OLINTO, Heidrun Krieger e SCHOLHAMMER, Karl Erik. “Literatura e mídia hoje – novos encontros”. In: Literatura e mídia. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2002.
OLIVEIRA, José Teixeira de. A fascinante história do livro – volume I. Livraria Editora Cátedra, 1984.
OLIVEIRA, José Teixeira de. A fascinante história do livro – volume II – Grécia e Roma. Livraria Kosmos Editora Ltda., 1985.
OLIVEIRA, José Teixeira de. A fascinante história do livro – volume III – Idade média. Livraria Kosmos Editora Ltda., 1987.
OLIVEIRA, José Teixeira de. A fascinante história do livro – volume IV – De Gutenberg aos nossos dias. Livraria Kosmos Editora Ltda., 1989.
PEREIRA, Elisabete Cristina Figueiras Ribeiro de Jesus. Felicidade e tecnologia em Fahrenheit 451. Dissertação de Mestrado em Estudos Americanos. Lisboa, 2007.
RAMAL, Andrea Cecília. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.
RYDLEWKI, Carlos. O Brasil na rota do Kindle. Revista VEJA. Rio de Janeiro, 14 out. 2009. Seção Tecnologia, p. 104 a 109. (edição 2134 – ano 42 – no. 41)
SAGRILO, Simone Gonzales. “Estética da recepção e sociologia da leitura – uma obra, vários olhares”. In: CELLI – Colóquio de estudos linguísticos e literários. 3, 2007, Maringá. Anais... Maringá, 2009, p. 1004-1013.
SODRÉ, Muniz. Teoria da literatura de massa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.
______, ______. Best-seller: a literatura de mercado. São Paulo: Ática, 1985.
SILVA, Terezinha Elisabeth da. Montag e a memória perdida: notas sobre Fahrenheit 451 de François Truffault. Perspect. cienc. inf., Belo Horizonte, v. 8, n. 1, p.78-87, jan./jun. 2003.
SOUZA, Roberto Acízelo de. Teoria da literatura. São Paulo: Ática, 2002.
ZILBERMAN, Regina. Estética da recepção e história da literatura. Ed. Ática S.A, 1989.
WILENSKY, Harold L. “Sociedade de massa e cultura de massa”. In: Comunicação e indústria cultural. Ed. Companhia Editora Nacional, 1971.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Eu posso não ser brilhante, mas esforçada eu sou

Ah, se sou.

E finalmente chegou o grande dia. A defesa. Não vou citar nomes, fui eu e a banca, a banca e eu. Um dos professores salvou minha vida com o seu laptop, fez comentários inspiradores e apresentou um entusiasmo gostoso de ver. O outro avacalhou: esse autor que você usou é um amador, eu não concordo com isso e aquilo, o termo “literatura de massa” está ultrapassado e blá-blá-blá.

Enquanto a minha irmã chorou de emoção na defesa dela, eu cheguei próximo de chorar quando já estava explodindo de vontade de ir ao banheiro, depois de toda aquela água ingerida por causa da garganta seca, inquieta na cadeira, e o avacalhador lá divagando.

Enfim, adeus UFF. o/

domingo, 6 de dezembro de 2009

Casa da Ciência – A Síndrome da China (1979)

Eu tinha visto o trailer na internet e não dava nada pelo filme, que me surpreendeu! Dirigido por James Bridges, o filme tem aquela aura dos anos 80 e que sempre desperta uma sensação boa de nostalgia. Eu gostei bastante das atuações e me vi super curiosa sobre o fim daquela história, sofri junto com a Kimberly Wells (Jane Fonda), o Jack Godell (Jack Lemmon) e o Richard Adams (Michael Douglas).

A expressão “síndrome da China” faz referência a um acidente nuclear, com o derretimento incontrolado de um reator atômico. A quantidade de calor seria tão grande que causaria o derretimento do solo desde os Estados Unidos até a China. O que o palestrante Hernani Heffner, conservador-chefe da Cinemateca do MAM e professor de História do Cinema Brasileiro e Mundial na PUC-Rio, assegurou ser uma lenda.

Com a palestra O paradigma nuclear acabou?, Hernani começou nos dizendo que o filme foi percebido, anos mais tarde, como um retrato de algumas mudanças da relação da mídia como a sociedade e da questão nuclear. Diferentemente do medo da destruição iminente do planeta pela guerra nuclear da Guerra Fria, a questão abordada no filme explora algo menos político, e mais a discussão sobre o perigo cotidiano da energia nuclear.

O Japão tendo sido vítima das bombas atômicas, nunca teria explorado o assunto diretamente, pois seria demasiado penoso. Um acidente com uma bomba de hidrogênio, teste dos norte-americanos, teria atingido um barco japonês, inspirando-os a inventar o Godzilla, aquele monstro fruto da radioatividade e que destrói o Japão, medo constante deles: será que sofreremos outro ataque nuclear?

A natureza estética do filme seria o escândalo de Watergate, sendo um dos últimos exemplares da teoria da conspiração, preocupados com a busca da verdade para se poder posicionar – lugar esse assumido pela mídia.

O filme se apropria do assassinato de Karen Silkwood, na década de 70, funcionária de uma usina nuclear e que denunciaria as péssimas condições da empresa em que trabalhava. A cena do carro perseguido e jogado para fora da estrada seria um retrato fiel do ocorrido.

Há também, no filme, um processo de despersonalização, pois que não há vilão expresso, temos pontos de vista, o certo e o errado se confundem. A energia é necessária para se viver e a dependência coloca novas questões para o ser humano. A película tem um caráter documentário, sem música, com o objetivo de ser o menos melodramático possível.

O personagem Jack Godell é aquele típico de ficção científica, que toma consciência do monstro que criou, quando se vê à beira da loucura ao perceber a possibilidade e a magnitude de um acidente nuclear com a usina que era a sua vida. Ele também é uma alegoria da falta de condução de Estado. A repórter Kimberly representa a transição de um processo, que ao mesmo tempo quer manter o seu emprego e precisa falar sobre notícias bobas do cotidiano, também quer fazer reportagens de utilidade pública. A notícia se desvinculando da política e do mundo.

A nova lógica do capitalismo financeiro substituía o capitalismo do lucro, a economia crescia a uma velocidade mais rápida que a segurança das técnicas aplicadas nas usinas nucleares, sendo importante o planejamento para quando o acidente acontecer, porque os acidentes virão (isso não há dúvida) a segurança estará na boa estratégia para minimizar os danos. Ele ainda falou de outros acidentes nucleares, da zona proibida na URSS, de Goiânia.

No final, o Hernani em resposta ao Gabriel, falou um pouco sobre a ciência e a tecnologia, como a primeira decepcionou o homem, não mais assumindo a posição de nos redimir através da transformação da natureza, e sim de nos ajudar a pensar nós mesmos.
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Próxima sessão do cineclube da Casa da Ciência: 06 de FEVEREIRO com o filme JOGO DE CENA (2007) e a palestrante ILANA FELDMAN.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Lidos 2008

Engraçado que em 2008, eu ainda não tinha exatamente uma estratégia de leitura, e eu sinto falta disso, de encontrar uma boa lista de livros para se ler. É claro que com o infinito número de livros e gostos, nem sempre uma lista irá agradar. Mas eu gosto de partir de algum lugar. Li bons livros em 2008, mas também li muita porcaria, a ideia é gastar cada vez menos tempo com porcaria. Li em algum lugar para cada livro best-seller que se leia, deve-se ler um clássico.

1. Fargo de Ethan Cohen e Joel Cohen
2. Gênio Indomável de Ben Affleck e Matt Damon
3. O Invasor de Marçal Aquino
4. Onze Minutos de Paulo Coelho
5. The Gun Seller de Hugh Laurie
6. A Divina Sabedoria dos Mestres Um guia para a felicidade alegria e paz interior de Brian Weiss
7. Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago
8. A Casa dos Espelhos de Sergio Kokis
9. Tudo que Você Pensa Pense ao Contrário de Paul Arden
10. Tipo assim, Clarice Bean de Lauren Child
11. A Lâmpada Flutuante (peça) de Woody Allen
12. Entre Quatro Paredes (peça) de Jean-Paul Sartre
13. As Palavras de Jean-Paul Sartre
14. As Moscas (peça) de Jean-Paul Sartre
15. O Homem de Terno Marrom de Agatha Christie
16. O Muro de Jean-Paul Sartre
17. Laços Eternos de Zibia Gasparetto
18. A Dama Fantasma de Cornell Woolrich
19. Deu Branco um guia para desenvolver o potencial de sua memória de Ana Maria Alvarez
20. Alice no País das Maravilhas de Lewis Caroll
21. Einstein em Berlim de Thomas Levenson
22. O Lobo da Estepe de Hermann Hesse

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Lidos 2007

Eu tinha uma lista de livros lidos de 2007 e 2008 junto com a de 2009 aí do lado, mas foi ficando muito cheio. Resolvi postar para que fiquem registradas. Assim também é legal poder comparar os livros de cada ano, assim como a quantidade ascendente.

  1. A Economia da Cadeia Produtiva do Livro de Fábio Sá Earp & George Kornis
  2. O Carteiro e o Poeta de Pablo Neruda
  3. Sidarta de Hermann Hesse
  4. Literatura: Leitores e Leitura de Marisa Lajolo
  5. A Consciência de Zeno de Italo Svero
  6. Ninguém é de Ninguém de Zibia Gasparetto
  7. Harry Potter e as Relíquias da Morte de J. K. Rowling
  8. Harry Potter e o Enigma do Príncipe de J. K. Rowling
  9. O Livro das Fábulas de Hermann Hesse
  10. Por que Arte-Educação? de João Fracisco Duarte Junior
  11. Demian de Hermann Hesse
  12. A Passagem de Ricky Medeiros
  13. Transformando Suor em Ouro de Bernardinho
  14. Muitas Vidas, Muitos Mestres de Brian Weiss