quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Bezerra de Menezes: Diário de um espírito (crítica)

Você só pode criticar um filme depois de vê-lo; certo, nenhuma novidade. Por isso apesar das críticas ruins do filme eu quis ver com os meus próprios olhos, e constatei o que já se tinha constatado, é um consenso: o filme é muito ruim. Péssimo. E tenho alguns pontos a colocar.

Primeiro que o Adolfo deve estar se remexendo muito no plano espiritual, porque na cova ele não está hehe Achei um insulto a forma como o filme foi feito, e as pessoas que gostam do kardecismo têm toda a razão de sentirem-se frustradas e não acreditar num próximo filme espírita que venha a ser feito. Poupem-nos, por favor!

Achei o filme pouco informativo, nada dinâmico, aqueles mesmos movimentos de câmera de novela da Globo, atuações sofríveis, sem fluxo narrativo. Algo muito mais interessante poderia ter sido feito, algo mais com cara de documentário do que a dramatização sonífera seria bem-vinda.

Parece o enredo do “Saneamento Básico”, quando a Fernanda Torres aceita fazer um filme de qualquer jeito pra ficar com a verba dele. Sinceramente eles poderiam ter se esforçado mais, fazer algo atual, com mais ensinamentos que tanto nortearam a vida de Adolfo Bezerra de Menezes.

Lamentável, realmente.

Adendo em resposta ao André: a minha crítica refere-se meramente à cinematografia, concordo que a iniciativa seja louvável e posteriormente esta postagem saiu no jornal que era o primeiro filme dos diretores, ou seja, experiência zero.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá,

Como espírita, louvo a iniciativa dos diretores do filme "Bezerra de Menezes - o diário de um espírito", que possui um valor intrínseco muito grande: O de divulgar maciçamente nossa doutrina em território nacional. A meu ver, esse simples fator sobreleva qualquer suposta deficiência que o roteiro tenha apresentado.

Além disso, deve-se levar em consideração que, notadamente em obras como a ora em comento, ao se reportar à vida de determinada personalidade, seu autor acaba por realizar uma interpretação da realidade existencial desta – e toda interpretação carrega certa dose, maior ou menor, de subjetivismo.

Diante desse fato, a impressão positiva ou negativa que a produção venha a causar no público depende diretamente da aceitação ou não deste às diversas escolhas levadas a efeito pelos seus autores para efetuar a reconstrução cinematográfica da vida do “retratado”, no caso, nosso querido Bezerra de Menezes. Dito por outras palavras: o filme é valorado positivamente pelo público, por exemplo, se este se identifica com o modo pelo qual foi procedida à interligação dos fatos e/ou acontecimentos mais conhecidos e marcantes entre si e com outros, considerados não tão relevantes frente ao conjunto ou com a importância atribuída a cada um dos eventos supramencionados no desenrolar da trama, que pode ser aferida através da duração de sua narrativa e da profundidade com que são abordados. Ademais, nessa análise, deve ser levado em conta que se trata de um filme espírita.

Tenho a intenção de respeitar todas as opiniões externadas neste sítio, principalmente por considerar que, num julgamento sobre a obra, da mesma forma que no processo de sua criação (como dito anteriormente), impera certa dose de subjetivismo. De qualquer modo, devo reafirmar que a iniciativa foi louvável – louvável e muito proveitosa.

André