sábado, 23 de março de 2013

Metrô de sábado

Estávamos opostos – você alto, a perder de vista, e físico magro; eu pequena, desamparada. Não tínhamos nada a falar, estranhos que éramos um para o outro. Apenas o seu olhar chegava até mim, perfurante e incômodo. Energia tão intensa e vidrada, desarmáva-me, sugava o ar do ambiente. Nem cinco minutos no mesmo recinto, e eu já apelava para o Pai: estou morrendo. A ajuda então veio, suave e eficiente.
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Nunca mais quero te ver
(Não consigo viver sem você)

Duas estrofes solitárias que não foram além, e marcam o desgaste de todos nós.
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Leiam: Bartolomeu Campos de Queirós.

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