terça-feira, 12 de março de 2013

Estátua

10/3/13

Sua brancura reluzia
Tanto de noite quanto de dia
Ao luar e ao meio-dia

Sua pele lisa e dura
Muda
Quente e depois fria

De joelhos, mãos em súplica
Rosto voltado para os céus
Aguentando chuvas e ventos

Ouvia, por ali estar,
os gemidos de dor
Os pedidos cheios de rancor

“Por que você não responde?
E age assim tão parada;
tão estátua? Seu coração é
de pedra?

Eu falo, falo e falo
E você não se mexe!
Se deixa estar no silêncio
Acima de tudo e de todos

Por que você não responde
de qualquer jeito que seja?
Assim, calada e sem cor,
petrificada!
seu destino será esse mesmo:
ser só”

Dias e noites passaram
para a estátua e para o homem
Para anos enfim ele voltar e
encontrar...

Uma estátua ainda reluzente
E um novo adorno, um presente:
em suas mãos,
também de pedra,
um passarinho.

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