10/3/13
Sua
brancura reluzia
Tanto de
noite quanto de dia
Ao luar e
ao meio-dia
Sua pele
lisa e dura
Muda
Quente e
depois fria
De
joelhos, mãos em súplica
Rosto
voltado para os céus
Aguentando
chuvas e ventos
Ouvia,
por ali estar,
os
gemidos de dor
Os
pedidos cheios de rancor
“Por
que você não responde?
E age
assim tão parada;
tão
estátua? Seu coração é
de pedra?
Eu falo,
falo e falo
E você
não se mexe!
Se deixa
estar no silêncio
Acima de
tudo e de todos
Por que
você não responde
de
qualquer jeito que seja?
Assim,
calada e sem cor,
petrificada!
seu
destino será esse mesmo:
ser só”
Dias e
noites passaram
para a
estátua e para o homem
Para anos
enfim ele voltar e
encontrar...
Uma
estátua ainda reluzente
E um novo
adorno, um presente:
em suas
mãos,
também
de pedra,
um
passarinho.
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