sexta-feira, 27 de julho de 2012

Fim do ciclo


“A terceira conclusão é que a clarividência deve ser entendida como fenômeno anímico, ou seja, uma atividade do espírito encarnado e não uma faculdade mediúnica.” (pág.258)

MIRANDA, Hermínio Correia de. Diversidade dos carismas: teoria e prática da mediunidade. Vol.1-Niterói, RJ:Publicações Lachâtre, 1994.

Depois de um ciclo de 32 palestras, foi só no finalzinho que consegui começar a entender o conceito por trás da palavra “anímico”. Inicialmente, achava que era algo negativo, uma interferência do médium e que deveria ser evitada...com a leitura desse livro, pude perceber, além disso ter sido dito nas aulas, que o animismo é desejável para que os fenômenos aconteçam. No entanto, deve-se prestar atenção para não confundir o que é seu e o que é de outro espírito.

Nessa linha de raciocínio, eu sempre tive dúvidas sobre a origem de meus textos, muitos deles foram produtos de sentimentos e sensações que tanto poderiam ser meus quanto influências outras. Ainda nesse livro, deparei-me com a possibilidade ser sermos os medianeiros dos nossos próprios espíritos, ideias guardadas que conseguimos desenterrar de nós mesmos, de experiências de outras vidas...independentemente da razão, o resultado é sempre positivo.
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Qualidades de um bom médium
Rigorosamente falando, os bons médiuns são raros. A maioria, geralmente, apresenta um ou outro defeito que lhes diminui a qualidade de bons. O defeito, por pequeno que seja, é sempre de origem moral. Entretanto, o médium que reunir as cinco virtudes seguintes pode ser qualificado de bom: SERIEDADE, MODÉSTIA, DEVOTAMENTO, ABNEGAÇÃO e DESINTERÊSSE.

A seriedade é a virtude que um médium possui de utilizar sua mediunidade para fins verdadeiramente úteis, exercendo-a como um nobre sacerdócio.

A modéstia é a virtude pela qual um médium reconhece que é um simples instrumento da vontade do Senhor e, por isso, não se envaidece nem se orgulha de sua mediunidade. Não faz alarde das comunicações que recebe, porque sabe que foi apenas um simples intermediário. Não se julga ao abrigo das mistificações e, quando é mistificado, compreende que isso aconteceu em virtude das falhas de seu caráter ou devido a algum erro de sua conduta; procura, então, corrigir-se para afastar de si os espíritos mistificadores.

O devotamento é a virtude pela qual um médium se dedica ardentemente ao benefício de seus irmãos que sofrem. O médium devotado considera-se um servo do Senhor e, por isso, não despreza nenhuma oportunidade de servilo, auxiliando a todos quantos necessitam dos cuidados dos espíritos de Deus.

A abnegação é a virtude pela qual um médium leva seu devotamento até ao sacrifício. O médium abnegado não hesita em renunciar a seus prazeres, a seus hábitos, a seus gostos, quando se trata de prestar socorros mediúnicos a quem quer que seja.

O desinteresse é a virtude pela qual um médium dá de graça o que de graça recebeu. O médium desinteressado nem mesmo esperará um agradecimento dos homens.

Eis expostas as cinco virtudes que devemos cultivar, se quisermos merecer o qualificativo de bons médiuns. (pág.39)

RIGONATTI, Eliseu. Mediunidade Sem Lágrimas. Lake – Livraria Allan Kardec Ed., 1975.

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