terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sou tudo

03/10/11

Embrião de gente
Bebê que engatinha,
Tenta os primeiros passos,
Tropeça,
Rola e chora.

Fio de cabelo
Curto, longo
Que cai e morre
Constantemente
Renova-se.

Formiga vermelha
Que trabalha e queima
O ácido correndo e corroendo
Que culpa tem ela?
Nasceu assim.

Grão de areia
Grão de trigo
Tão pequenos!
Alimentando a alma, os olhos
Alimentando o corpo, os poros

E eu pergunto a pergunta,
Aquela que veio das respostas,
Aquela que já existia e pairava no ar,
Aquela que muda, que se transforma:
Quem sou eu?

Sou tudo que é pequeno
Sou tudo que ainda há de crescer
Sou tudo que aceita
Sou tudo que tem potência

Sou o amor em latência.