terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cura

Pergunta: Que dizeis sobre a saúde física e a saúde espiritual, quanto à sua estreita relação ou dependência recíproca durante a vida do espírito encarnado?

Ramatís: (...) Considerando, então, que, todos os atos têm como causa ou matriz, o pensamento (do espírito), torna-se evidente que os pecadores são enfermos da alma. E, ao contrário do que estabelece a ética da maioria das religiões, as suas transgressões não ofendem a Deus; mas, a eles próprios, exclusivamente.

(...) Durante os momentos pecaminosos, o homem mobiliza e atrai, do mundo oculto, os fluidos do instinto animal, os quais, na sua “explosão emocional”, convertem-se num resíduo denso e tóxico, que adere ao corpo astral ou perispírito, dificultando, então, ao homem estabelecer ligação com os espíritos do plano superior, devido ao abaixamento da sua vibração mental. E se ele não reage, termina por embrutecer-se. Porém, mais cedo ou mais tarde a consciência do pecador dá rebate; e então, o espírito decide recuperar-se e alijar a “caixa tóxica” que o atormenta. Mas, nessa emergência, embora o pecador já arrependido, esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de purificar-se, ele não pode subtrair-se aos imperativos da lei cármica (causa e efeito) do Universo Moral, ou seja: - a recuperação da saúde moral do seu espírito enfermo, só poderá ser conseguida mediante aquele esmeril que se chama Dor e o lapidário que se chama Tempo. E, assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que ele veste agora, ou outro, em reencarnação futura, terá de ser, justamente, o dreno ou válvula de escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e lhe impedem de firmar a sua marcha na estrada da evolução.

As toxinas psíquicas, durante a purificação perispiritual convergem para os tecidos, órgãos ou regiões do corpo; mas insistimos em explicar que esse expurgo deletério processado do perispírito para carne, produz as manifestações enfermiças de acordo com a maior ou menor resistência biológica do enfermo. Entretanto, os técnicos do Espaço podem acelerar ou reduzir o descenso dos fluidos mórbidos, podendo também transferi-los para serem expurgados na existência seguinte ou então serem absorvidos nos “charcos” do Além, se assim for de conveniência educativa para o espírito em prova. De qualquer modo, a provação será condicionada ao velho provérbio de que “Deus não dá fardo ou uma cruz superior às forças de quem tem de carregá-la”. (pág.44)

RAMATÍS. Mediunidade de Cura. 1989.

Nenhum comentário: