sábado, 2 de outubro de 2010

Voto consciente

“Em processo” parece ser a resposta para qualquer pergunta. Quantos anos você tem? “Estou em processo de amadurecimento”. O que você pensa sobre a política no Brasil? “O processo é longo, cheio de altos e baixos, avanços e retrocessos”. O que você achou desse filme? “Achei legal porque me adicionou nesta fase em que estou, ou não gostei porque está totalmente fora do que considero interessante neste momento, mas pode ser que mais adiante seja esclarecedor, e eu perceba que contribuiu para construir um novo pensamento”. Será que tudo é válido? “Sim, tudo faz parte do processo”. A consciência do processo nos dá mais paciência, mais tolerância, pois se passa a enxergar com outros olhos aquilo que conhecemos, novas concepções que rumam para uma consistência única, daquilo que é realmente importante.
.
.
Essa reflexão veio da minha incerteza quanto a algo que eu acreditava. Eu me considerava contra o voto obrigatório, por motivos óbvios: que votem apenas as pessoas interessadas em política, assim seria diminuida a manipulação do povão. No entanto, hoje, encaro de uma forma diferente. Acho que toda a movimentação política ajuda, mesmo que pouco, a conscientizar. Quando candidatos risíveis têm a possibilidade de serem eleitos (vide Tiririca) levamos um balde de água fria na cara e acordamos um pouco para a carência de bom senso do povo. E deveríamos pensar em como mudar.

Nenhum comentário: