domingo, 20 de março de 2011

Telles & Kardec

“Notaste, meu amigo, a marcha que segue o progresso, a direção que toma a crença espírita? Primeiro que tudo, deu-lhe Deus as provas materiais: movimento de mesas, pancadas e toda sorte de fenômenos, para despertar a atenção. Era como um prefácio divertido. Os homens precisam de provas tangíveis para crer.

Agora é muito diferente o caso. Depois dos fatos materiais, Deus fala à inteligência, ao bom-senso, à razão fria; não são mais efeitos físicos, porém coisas racionais que devem convencer e congregar todos os incrédulos, mesmo os mais teimosos. E isto é apenas o começo: Tomai bem nota do que vos digo: - toda uma série de fenômenos inteligentes irrefutáveis vão seguir-se, e o número já tão grande dos adeptos da crença espírita vai aumentar ainda. Deus vai insinuar-se às inteligências de scol, às sumindades do espírito, do talento e do saber. Será como um raio de luz a expandir-se a derramar-se por sobre a Terra inteira, qual fluido magnético irresistível, arrastando os mais recalcitantes à investigação do infinito, ao estudo dessa admirável ciência que tão sublimes máximas nos ensina.

Vão todos agrupar-se em torno de vós e, fazendo abstração do diploma do gênio, tornarem-se humildes e pequenos para aprender e para crer. Depois, mais tarde, quando estiverem instruídos e convencidos, servir-se-ão da sua notoriedade para levar mais longe ainda, aos seus últimos limites, o fim que vos propusestes – a regeneração da espécie humana pelo conhecimento racional e profundo das passadas e futuras existências. Eis aí a minha opinião sobre o estado atual do Espiritismo”. (Jean Reynaud) (págs.223 e 224)

KARDEC, Allan. O céu e o inferno. FEB, 1944.
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“(...)‘Quero que o mundo saiba que a minha morte é um protesto!’ – ele gritou escancarando a janela para a rua e apontando o cano do revólver na cabeça. Lado esquerdo, era canhoto. Queria que o mundo soubesse do seu protesto e nem sequer a rua soube, estava deserta naquele feriado”.

TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Ed. Nova Fronteira, 1980.

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