quarta-feira, 7 de maio de 2014

Onipresente

Em terreno inexplorado, tateamos. Nunca nos cumprimentamos antes, nunca pausamos a voz apenas para apreciar o rosto um do outro, mudando...com a expectativa de nos tocarmos com as palavras, com os olhos. As palavras são inúteis quando elas encobrem o que morre dentro de nós. Fingimos que não somos importantes um para o outro, levamos a vida nos evitando porque amor tão grande é tão difícil de vivenciar. Seu rosto é luz, o que dificulta o reconhecimento. Você, anônimo, personificado nos corpos que passam por mim, e nem me notam. Eu noto vocês que são um. Eu noto e sinto, toda só. Encontro no invisível respostas que desconheço, sinto a compreensão sem o raciocínio. Sinto seu abraço sem corpo. Amo pensar em você, apesar de desconversar quando você se faz presente. Onipresente. Em terreno inexplorado, tateamos. E tentamos acertar mais do que errar.

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