sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Quem nunca sentiu?

“Existem poetas a quem pedimos para nos ajudar a decair, para encorajar nossos sarcasmos e agravar nossos vícios ou nossos estupores. São irresistíveis, maravilhosamente debilitantes...Existem outros, de acesso mais difícil, porque não vão ao encontro das nossas amarguras e das nossas obsessões. Mediadores no conflito que nos opõe ao mundo, nos convidam à aceitação, à concentração em si mesmo. Quando estamos cansados de nós próprios e, mais ainda, de nossas queixas, quando essa mania eminentemente moderna de protestar e de reivindicar adquire aos nossas olhos a gravidade de um pecado, que reconforto reencontrar um espírito que nunca sucumbe a ela, que recua ante a vulgaridade da revolta, como um homem da antiguidade, da antiguidade heroica e declinante, semelhante à um Píndaro, e também ao Marco Aurélio da exclamação: 'Tudo o que as horas me trazem é, para mim, um fruto saboroso, ó Natureza'”. (p.100)

CIORAN, Emil. “Saint-John Perse”. In: Exercícios de admiração. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
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“Eu imaginava que você se tornaria uma empresária super bem sucedida, estou decepcionada, sério.”

“Desculpa, por não ter seguido o seu plano para a minha vida”.
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Despedidas: menos 4.

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