domingo, 14 de abril de 2013

Lírios do campo

Nós temos a nossa vida dividida em blocos, em expectativas. Espero pela viagem que virá, pelo carnaval, pela páscoa, pelo cinema, pelos eventos que se encadeiam. Quando algo que se espera passa, ficamos, assim, sem rumo, até outro marco se fazer presente. Tal marco pode depender de eventos externos ou eventos que nós mesmos nos propomos, como as metas.

Falo disso por dois motivos...encontro-me entre projetos. Um marco meu passou e já preparo-me para embarcar em nova linha de imersão. Passei alguns dias perdida, um pouco triste, até enxergar o novo ponto de trabalho. O segundo motivo que me leva a expressar tais reflexões, é a coincidência. Minha irmã relatou sentir o mesmo, um cansaço, uma preguiça, por ter tempo e nada a se prender, e quando digo nada, quero dizer um propósito, pois a vida continua acontecendo, mas o propósito, a motivação é que se faz escassa.

Encontrar o novo ponto, pra quem não está acostumado a fazer isso de forma pragmática pode ser um problema. É preciso buscar cada vez mais nossa essência e nos devotar a ela. Não a vejo enxergando isso. Aprendi sobre este ensinamento nos últimos quatro anos e, porque insisti muito, o aprendizado se deu até rápido e constante, não sei se o seu caminho será assim, desconfio que não.

Tenho feito o que gosto, tenho me ocupado com o bem, mas algo falta. Sinto-me a beira de um precipício, com a ponte ainda a construir, sem ver direito aonde pretendo chegar. O conforto e a segurança que eu sentia quando criança parece que nunca mais será.

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