domingo, 15 de dezembro de 2013

Nirvana

O lago mantém-se sereno sem o sopro dos ventos. Vejo o fundo, cheio de vida: as algas sendo verdes, dançando à vibração dos seres que passeiam, que vivem. Que caçam, que acasalam, que interagem por instinto. Tudo se encaixa, tudo se move fechando um ciclo. Tudo é perfeito.

Com o sopro, com a chuva que chora, a paisagem já é outra, nada se espelha ao lago que se agita. Não se vê as árvores tão belas no entorno, não se vê as nuvens passando como se tivessem pressa. O vento empurra a chuva, cada um com o seu papel: empurrar e ser empurrada. Dali a algum tempo, o lago será sereno outra vez, refletirá o sol na paisagem sem sopro, brilhante, morno e reconfortante.

Nenhum comentário: