domingo, 17 de dezembro de 2017

Perdi e ganhei

Semana passada senti vontade de refletir e escrever sobre alguns temas...como não parei para fazê-lo, perderam-se.

Vi alguém triste porque o budismo fala da ilusão que se tem de individualidade. Sei que parece estranho, pensamos ser nossos gostos e nossas escolhas, porém nossa noção de eu apenas esconde nossa verdadeira essência. Depois que se começa o trabalho de ir desapegando de rótulos, vai ficando mais fácil...mas ainda precisamos de alguns para viver na matéria.

Lembro de um diálogo antigo, um amigo me perguntando que músicas/ bandas eu gostava, ele tentava traçar o meu perfil, o meu rótulo na cabeça dele. Eu me incomodei com a pergunta porque desde aquela época, eu sentia...

Não sou a música que escuto
Não sou a comida que como
Não sou o programa que assisto

Aqueles rótulos não me serviam mais
Eu era um ser errante
Tentando encontrar a luz

E se eu dissesse: busco a luz
Olhariam para mim como estranha
Alguém sem persona

Alguém sem vida
Quando na verdade
Eu buscava meu Eu

Meu Eu, minha essência
Que não se rotula
Que é fluida 

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