Não sei
quanto a vocês, mas eu tenho sentido uma esperança tremenda para os
próximos anos de nossas vidas.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Defects of the soul
It feels
like the saddest day today. I like you less for your weakness.
Society is so much stronger than me! I think even less of myself for
not being able to inspire you to fight and for not understanding
where you come from. It feels like failing. I don't want to see you
and I'm sorry to admit I'm impotent and small. My words and reason
can't reach you, this fight is too hard for one person alone. Should
I tell you are beautiful the way you are? It that why people say love
is the only thing that can save us? I have to release this
frustration somehow. You will find me running, burning my tears and
my incomprehensiveness at the wheel of this hell.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Ninguém sabe, sente
25/12/12
Eu faria
tanta coisa diferente
Mas como
cobrar a postura de quem sente
Se
ninguém sente igual
nesse
mundo doente?
Se estou
nesse mundo
Não fujo
a regra
Quem
disse que o que sinto é mais legítimo
do que de
quem lidera?
Quem sabe
das coisas e consegue,
ao mesmo
tempo,
Ser amado
por todos?
Devo
dizer ou já se sabe?
Volta
uma, duas,
doze
linhas acima
Ou siga
em frente
Que já
lhes digo:
Ninguém
sabe, ao certo, o que está fazendo,
Todos
tateiam na escuridão
Em busca
de alguma luz
para
fazer alguma coisa diferente
Melhor de
quem já fez
Com o que
sabia e
já não
serve mais.
sábado, 22 de dezembro de 2012
Leite de alpiste
É
estranho...tem tempo que não me alimento de imagens ou cenas
violentas, pelo menos não de forma cotidiana e, quando vejo as séries
e filmes de hoje, fico sentindo falta da leveza da minha nova vida,
não consigo mais engolir certos conceitos, especialmente dessa
violência, é como se tivesse encontrado mais uma vez a inocência.
.
.
You see
me as my true self, not likeable, and THAT'S why I love you. #fallacy
.
.
Leite de alpiste, a nova onda do momento. Ouvi dizer que tem mais cálcio que
o leite, mais potássio que banana e ainda tem magnésio que anda em
falta na dieta de forma geral. Meu tio diz que sente mais energia e
seu corpo vem funcionando melhor. Nada como algo natural para
melhorar o nosso dia a dia!
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
#surpresasde2012
>TCI
> Eucanaã Ferraz
> I.D.
> Disney 2012
> M.S.M
> Antônio
> “Sua mão é macia!”
> Ronan
> HUPE
> 9 de novembro
> Casamento da Pat
> Freixo 50
> Nikita Sukita Bodorouviski
> Literatura russa
> Carlos Mauro
> Tendinopatia
>
Intouchables (2011)
> Concurso CEF 2012
> Rainer Maria Rilke
.
.
Cena
grotesca do dia: fui dar “feliz natal” pro técnico de necrópsia
do trabalho que estava debruçado em uma bancada, ele virou-se para
me olhar e responder; não é que ele estava com as mãos dentro da
barriguinha de um bebê?! Foi horrível presenciar aquilo, ele (ou
ela) com a cabeça coberta de uma juba preta bonita e vistosa, com o
rostinho vermelho voltado para onde eu estava...foi de partir o
coração
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Wanting more
Mutating love. When I think it can't get better, I feel so deeply
about you, that tears of joy take me to these places I have never
been. You have no idea how much I learn with you about love. About
emotions. About feeling all and different. Feelings that are bigger
than me and you together. The way
you handled me opened all this new way of loving you; because
there is no reason to love, I love you more. Because it's pure, it's
not reciprocal, it's even more exciting, more fulfilling – it grows
by the seconds I am away from you. I so want to see you happy!
Mutating love, it can only get more sublime, my dear, just wait and
see.
domingo, 16 de dezembro de 2012
O que me (desen)toca
“O ser humano,
encarnado ou desencarnado, vive no clima da emoção, pressionado ou
sustentado por ela, levado por ela às furnas mais profundas da dor e
da revolta , ou alçado aos píncaros da felicidade e da paz. Ela nos
afeta, mesmo quando, ocasionalmente, parece não existir em nós. É
oportuno lembrar que emoção, etimologicamente, quer dizer ato de
deslocar, ou seja, mover. Arrastado pela emoção, o Espírito se
desloca, num sentido ou noutro, caminhando para as trevas de
sofrimentos inenarráveis ou subindo para os planos superiores da
realização pessoal, segundo ele se deixe dominar pelo ódio ou se
entregue ao amor. Esse deslocamento o conduz a extremos de paixão,
que o esmaga, ou a culminâncias de devotamento, que o santifica, e,
muitas vezes, em estágios ainda inferiores da evolução,
confunde-se em nós a realidade ódio/amor, e nos confundimos nela e
com ela, porque é comum tocarem-se os extremos.
O trabalho de desobsessão
não deve ignorar essa realidade. Freqüentemente, o processo da
desobsessão se desencadeia, de maneira paradoxal, por amor, e é
lembrando esse aspecto que conseguimos, às vezes, ajudar os Irmãos,
que se atormentam mutuamente, a colocarem um ponto final nas suas
angústias. O que acontece é que temos em nós todos o instinto
egoísta — e quase todos os instintos são egoístas — de
conservar a posse total do objeto de nossa preferência ou afeição:
a esposa, o esposo, o filho, o dinheiro, a posição social, o poder.
Suponhamos que a esposa nos traia, que o filho nos rejeite, que o
dinheiro ou o poder nos sejam arrebatados.
Passamos imediatamente a
odiar os que nos privaram da posse daquilo que amamos ou valorizamos.
Com isto, percebemos que amor e ódio são duas faces de uma só
realidade, luz e sombra, que em determinado ponto absorveram-se uma
na outra, criando uma opressiva atmosfera de penumbra, na qual
perdemos a visão dos caminhos e o senso da direção. Para desfazer
esse clima de crepúsculo, que agonia e desorienta o Espírito, é
preciso ajudá-lo a identificar bem seus
sentimentos, a fim de separá-los. Estejamos certos, para isso, de
uma realidade indisputável, ainda que pouco percebida: o amor, como
dizia Paulo aos Coríntios, não acaba nunca. Mesmo envolvido,
soterrado no rancor e na vingança, ele subsiste, sobrevive, renasce,
está ali. O ódio não o exclui; ao contrário, fixa-o ainda mais,
porque em termos de relacionamento homem/mulher, o ódio é, muitas
vezes, o amor frustrado. Odiamos aquela criatura exatamente
porque parece que ela não quer o nosso amor, porque nos recusa, nos traiu, nos
desprezou, porque a amamos...
No momento em que
conseguimos convencer o companheiro desencarnado, em crise, que ele
odeia porque ainda ama, ele começa a recuperar-se, compreendendo que
essa é uma verdade com a qual ele ainda não havia atinado. Por mais
estranho que pareça, o rancor contra a amada, ou o amado, que traiu
ou abandonou, é que mantém acesa a chamazinha da esperança. Aquele
que deixou de amar é porque não amou bastante e, com menor
dificuldade, desliga-se do objeto de sua dor. Cedo compreende que não
vale a pena perder seu tempo, e angustiar-se no doloroso processo de
vingarse, dado que — e isto também pode parecer contraditório —
não podemos ignorar o fato de que a
vingança impõe, também ao vingador, penosas vibrações
de sofrimento.
Vários casos assim temos
encontrado na experiência de nossos grupos.
Um desses foi comovente.
O Espírito manifestante
era de uma mulher. Seu antigo companheiro, ora encarnado, fazia parte
de nosso grupo e ela ainda trazia em seu coração um rancor que 130
anos não conseguiram extinguir. Fora muito bela, inteligente, de
elevada posição social, e rompera com todas as convenções da época
para segui-lo. E por mais de um século, recolhida ao mundo
espiritual, achara que não valera a pena o seu sacrifício e que ele
não dera valor às suas renúncias e nem as merecera.
Foi muito difícil o
diálogo com ela. Tudo foi tentado pelos nossos queridos amigos
espirituais. Levaram-na a um encontro com ele desdobrado pelo sono —
a um local, na Europa, onde viveram momentos de intensa felicidade e
enlevo. Ajudavam, como podiam, o doutrinador, nos seus esforços. Ela
era muito brilhante e estava muito magoada: tinha respostas
oportunas, encontrava em si mesma todas as justificativas para
continuar agindo daquela maneira. Afinal de contas, não pensara
noutra coisa, por mais de um século! Promoveram, os benfeitores
espirituais, encontros com um fi lho que o casal tivera naquela
ocasião e que se encontrava também no mundo espiritual, bastante
pacificado e dedicado ao trabalho construtivo. Reencontrou-se ela,
também, com outra filha — esta reencarnada — à qual se dirigia
com carinho e afeição, através do médium. Nada. Certa vez, em
lugar de ligá-la ao seu médium habitual, ligaram-na com o próprio
companheiro, objeto de seus rancores, pois ele também dispunha de
excelentes faculdades mediúnicas. Quando ela percebeu que falava por
seu intermédio, reti rou-se prontamente, muito chocada. De outras
vezes, ele tentou dialogar com ela, mas a experiência foi negativa,
pois a sua palavra parecia exacerbar o rancor que a infelicitava.
Esse drama durou meses,
semana após semana. E ela, irredutível. Certa vez, sentindo que
começava a ceder aos argumentos ou aos sentimentos de afeição que
colhia no grupo, ela desligou-se subitamente do médium. Nossos
benfeitores, por doce constrangimento, trouxeram-na de volta, já em
pranto. Ela veio indignada, revoltada, falando entre lágrimas:
— Quando vai terminar
esta farsa?
Pacientemente, o
doutrinador lhe devolveu a pergunta com outra:
— Você acha, minha
querida, que suas lágrimas também são uma farsa?
Estava chegando ao fim de
sua longa e penosa agonia Íntima. Começou a ceder, à medida em que
o amor reacendia a sua chama, a princípio timidamente, e depois, com
todo o vigor antigo, mas agora purificado, expurgado da paixão que
fora a sua perda. Acabou por reconciliar-se com o seu antigo amado.
Esta história, tão
verídica e dramática quanto a própria vida, teve um final
emocionante e, graças a esse episódio, vivi uma das mais belas e
comovedoras emoções da minha experiência no trato com os
Espíritos.
Certa noite, ela veio
apenas para despedir-se. O drama e a dor estavam encerrados. Agora,
era a retomada da trilha evolutiva, a perspectiva de novas
experiências redentoras: a querida irmãzinha preparava-se para
reencarnar-se, perfeitamente reconciliada com a vida e com o amor.
Foi-nos permitido identificá-la na nova encarnação que se iniciava
sob tão belos auspícios e tão gratas alegrias para todos aqueles
que a amavam.
Renasceu. Uma bela
criança, em lar feliz e equilibrado. Logo aos primeiros meses
de sua nova existência, tive oportunidade de vê-la. Visitava eu a
família,e a jovem mãe e chamou para ver a criança. Entramos no
quarto em que ela dormia profundamente. A mãe acendeu
a luz, sob meus protestos, pois temia que ela acordasse, mas ela
continuou dormindo. Era linda, e dormiu ainda alguns segundos.
Depois, abriu os olhinhos, contemplou-me — seu antigo doutrinador,
com quem sustentou batalhas impetuosas — e me deu o prêmio
inesperado de um belissimo sorriso... Em seguida, adormeceu
novamente, como um anjo que era. Senti naquele sorriso a mensagem da
paz e da gratidão. Seus olhinhos exprimiam felicidade e amor. Sua
expressão me dizia, na linguagem inarticulada da emoção:
—Ah! É você? Eu já
estou aqui, amigo...
Sem dúvida alguma, o
amor também renascera com ela. Seu antigo companheiro recebe dela,
hoje, o amor transcendental da neta muito querida pelo
avô, que mereceu também a bênção do reencontro e da
reconciliação.” (pág.223)
MIRANDA,
Hermínio C. “O problema”. In: Diálogo com as sombras. FEB,
2012.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Pantanoso
Existem
aqueles que captam o atual ou mesmo o vir a ser da sociedade. Vivo
anacronicamente. Antevejo uma realidade fora desse mundo, o
não-humano. Os velhos vícios enfadam-me. Divirto-me ao servir, o
que há para dizer? Os prazeres do mundo já são não-prazeres.
Cresço no amor e perco-me no mundano. O que há para dizer? Não
sirvo para a diversão.Tenho sono. Tenho fome. Fome de profundezas.
Fome de boas maneiras. Fome de cordialidade. Janto podridão. O que
há para dizer? Onde jaz o sentido? Não pertenço ainda – alço
voos. Pouso no pântano, fétido e enervante.
.
.
“I am
not a woman. I am not a man. I am not human. I am not a creature of
your government, but I am you. We share the same hopes. We share the
same dreams. We share the same potential. The same future. I am
everything you love about yourself and everthing that you hate. You
created me. I was born this way. I have landed here tonight on GOAT,
your Government Owned Alien Territory in space. I've come here for
one purpuse to extract as much information, inspiration, criativity,
art, music, fashion and love as much as possible from you. I came in
preparation to invade Earth. When I'm finished, some of you will
stand by me forever, but some of you, I know, may betray me” - Lady
Gaga Monologue in Born This Way Ball Tour
sábado, 8 de dezembro de 2012
Repensando
“Ampliada
30 mil vezes, a fecundação de um óvulo por um espermatozóide. Nem
tudo são rosas, no entanto. À esquerda aparece um vírus da
discórdia e à direita uma célula comunista. São as maravilhas da
microfotografia”. (pág.72)
VERÍSSIMO,
Luis Fernando. In: A velhinha de Taubaté. Foto-legendas. L&MP, 1985.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Contando as horas
Das 17h às
18h: estudo.
Das 18h às
19h: passeio com Nikita.
Das 19 às
20h: lanche/descanso.
Das 20h às
21h: evangelho com a Dé.
Das 21h às
22h: esteira/banho.
Das 22h às
23h: castle.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Devassando o invisível *
Era hora
de se despedir, seu tio abraçou-a e galante, como sempre, proferiu o
seguinte comentário com tom de preocupação:
- Você
pode me dizer como uma menina bonita como você, não tem namorado?
Ele
afastou-se para ver melhor o rosto sereno e tranquilo da sua sobrinha
querida, olhando-a com ternura nos olhos. Ela deu de ombros e sorriu
como se soubesse de algo que ele desconhecia.
.
.
No
momento, leio quatro livros – Diálogo com as sombras de Hemínio
C. Miranda; How to raise the perfect dog de Cesar Millan; Ana
Karênina de Leon Tolstói e A velhinha de Taubaté de Luis Fernando
Veríssimo.
.
.
* Título
de um livro que ainda não li de Yvonne A. Pereira
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
30 de novembro
“(…) Por hora, basta dizer, e nunca o diremos com ênfase
bastante, que deve predominar entre os encarnados um clima de
liberdade consciente, franqueza sem agressividade, lealdade sem
submissão, autoridade sem prepotência, afeição sem preferências,
e perfeita unidade de propósitos”. (pág.60)
MIRANDA, Hermínio C. Diálogo com as Sombras. FEB, 2012.
.
.
Onde está
escrito que não devemos amar mais quem nos ama menos?
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"A vida
reta cria, em torno de quem a vive, um ar puro de elementos nobres,
que não se misturam, por lei, com elementos comuns, por falta de
afinidades, por falta de parentesco" – Apostila Tema 5 do
Projeto MSM.
sábado, 24 de novembro de 2012
Muito mais calor
Que efeito é esse que você tem sobre mim? De me fazer querer estar
aonde quer que você esteja; de dizer sim para todos os seus desejos?
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o.O A crítica inteira do Castello me acertou em cheio. Como é
possível chegar a esse êxtase só de ler palavras?!
"(…) Tal me parece ser o projeto do poeta Eucanaã Ferraz em
'Sentimental' (Companhia das Letras). Está em um poema como
'Romântica': preferimos tomar a vida como um filme. 'Quantos de nós
quereriam viver não a vida/ mas o filme , quando a vida não é
vida/ e não se morre na morte...' ele constata. Quantos de nós
preferimos 'viver sem viver': sob as ordens de um destino previamente
escrito (script), entre bandos 'que matam sem matar', entre 'bravos
que no fim se vingam'. Uma vida sem vida.
Preferimos, sim, os sentimentos fáceis. Aqueles que em vez de
libertar, funcionam como travas, que seguram o que preferimos não
sentir. Sentimentos prontos: tão mais fáceis. Em outro poema, 'Les
ramanciers étrangres', uma mulher implora por um beijo, mas o homem
nega. 'Firme e frio, disse que não'. Ela se pergunta: 'Mas como ele
conseguia/ ser assim instransponível?' Aos seus olhos, o homem é
uma pedra. Só no fim, 'ela entende/ que tudo foi bem pior:/ porque a
pedra não era ele,/ porque a pedra era ela mesma.' Apesar das
lágrimas, pedra. 'Sim, ela era a pedra dele/ em que ele a
transformara'. Sentimento nem sempre estão onde julgamos. Uma
lágrima – o poeta segure – pode ser insensível. Um 'não',
guarda muito mais calor.”
CASTELLO, José. A trava dos sentimentos. In: Prosa e Verso, O Globo,
24 de novembro de 2012.
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“Custou-lhe encontrar o equilíbrio. Queria demonstrar a Kitty a
sua injustiça, mas, ao provar-lhe que era ela quem estava em erro,
irritá-la-ia ainda mais. Um sentimento natural o compelia a arredar
de si próprio a culpa, atribuindo-a a ela, e outro, mais forte
ainda, a reparar o sucedido o mais breve possível para não se
agravar o desacordo. Se ser vítima de uma injustiça era cruel,
irritá-la com o pretexto de uma justificação, pior ainda. Muitas
vezes acontece lutar um homem que dorme com um sofrimento de que
desejaria libertar-se, verificando, ao acordar, que é no fundo dele
próprio que o sofrimento reside. Eis como Liêvin teve de reconhecer
que o melhor remédio era a paciência.” (pág.47)
TOLSTOÍ, Leon. Ana Karênina Vol.2. São Paulo: Abril Cultural,
1979.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Vida e morte
19/11/12
Vivo para
não reclamar.
Vivo para
confortar.
Vivo para
dirigir olhares de compreensão.
Vivo para
ouvir.
Vivo para
abraçar por mais de dez segundos.
Vivo para
tolerar o intolerável.
Vivo para
ajudar os que precisam.
Vivo para
sorrir e tocar-lhe os ombros.
Vivo para
rir das piadas sem graça.
Vivo para
repreender.
Vivo para
aprender a amar.
Vivo para
sonhar e trabalhar.
Vivo para
ver o mar e o pôr do sol.
Vivo para
sentir o vento no meu rosto e vê-lo bater no seu.
Vivo para
escutar as gotas de chuva cantando.
Vivo para
ser grave, quando necessário.
Vivo para
mediar.
Vivo para
aconselhar e orientar.
Vivo para
ser aconselhada e orientada.
Vivo para
dizer que vai dar tudo certo.
Vivo para dizer que mesmo dando errado, tudo passa.
Vivo para
buscar perspectivas.
Vivo para
fazer você rir.
Vivo para
ser discreta.
Vivo para
calar-me.
Vivo para
estudar.
Morro para
não ferir.
domingo, 18 de novembro de 2012
Legião
.
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Apesar de
ter minhas crenças mais estreitas com C.S. Lewis, a interpretação
da personagem do polêmico Freud por Helio Ribeiro é deliciosa e
hipnotizante.
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(…)
“Uma literatura do não dito, do não visto. Do invisível.
Estranho mundo dos becos, ruelas e sarjetas. Invisível não porque
não podíamos vê-lo, mas porque preferíamos não ver. Literatura
contra cegueira.”
CASTELLO,
José. João de Bermudas. In: Prosa e Verso, O Globo, 17 de novembro
de 2012.
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Ninguém
merece ouvir de amigo de fim de semana, ou melhor, de amigo ocasional
que se está ficando velha para não estar casada ¬¬
sábado, 17 de novembro de 2012
Calada da noite preta
Arfava na
calada da noite preta.
Parecia
não dormir há dias, quando, em verdade, dormia tantas horas quanto
necessário.
Fechava
os olhos com força, sem entender o pavor repentino, a pressão em
seu corpo, sensação de ser sugado para um buraco negro. O terror se
fazia presente, de repente. Não havia motivos para pânico, porém o
coração se acelerava mesmo assim.
Algum
pesadelo?
Algo
aterrorizante?
O quê?
Pedia
calma enquanto seu corpo se contraia todo.
Onde
estava a expectativa pelo futuro – planos, sonhos, alegria de
ansiar pelo que é bom, novo e revigorante?
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Deveríamos
Tenho
aprendido a expressar o que me toca, o que é sublime, sem medo das
repercussões. Encontrar o que nos faz feliz é muito bonito e não
deveríamos procurar dar fim ao que é belo e, por que não, divino.
Amo o que é divino em você. Assim como amo a Débora, sem esperar
nada em troca, amo você. Deveríamos amar mais. As pessoas seriam
mais felizes.
Capturei
um sentimento sublime e, relendo, não consegui exatamente sentir
novamente o que acabou gerando o texto, mas refletindo um pouco, vou
chegando a um estado similar, é o cultivo do amor não egoísta.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Um beijo, Um abraço e Boa sorte.
Encontro
novamente aquele sentimento passado, um contentamento que vai
crescendo apenas de constatar que você está no mundo, aprendendo e
se esforçando para crescer.
Um amor
incondicional que se sustenta e é alimentado pelo meu desejo de
vê-lo feliz aonde quer que esteja, cercado por aqueles que você ama
verdadeiramente, de coração.
Amar é
um estado de espírito e ele vem do autoconhecimento e do conhecer o
mundo também. A estrada é árdua para todos nós; que possamos ter
a paciência para com os outros e, especialmente, para conosco
mesmos. Não podemos nos cobrar mais do que podemos compreender e que
possamos aprender com as nossas dificuldades.
Estou
daqui torcendo por você.
domingo, 11 de novembro de 2012
É mais fácil
“(…)
Na Europa a propriedade racional faz progressos, porque o povo está
educado. Por conseguinte, o que temos a fazer é educar o povo, e
pronto.
- Mas
como educar o povo?
- Para
o conseguir são precisas três coisas: escolas, escolas e escolas.
- Mas
você mesmo acaba de dizer que o povo se encontra num baixo nível
de desenvolvimento moral: para que lhe hão de servir as escolas?
- Faz-me
lembrar aquela anedota do doente: 'Deviam dar-lhe um purgante.' 'Já
lho demos e está pior'. 'Então ponham-lhe sanguessugas.' 'Já lhes
pusemos e ficou pior.' 'Então rezem.' 'Também rezamos e continua
mal.' Eis o que nós fazemos Falo-lhe de economia política e você
diz-me que é pior. Refiro-me ao socialismo e responde-me: pior.
Recomendo a instrução e declara-me: pior ainda.” (pág.313)
TOLSTOÍ, Leon. Ana Karênina. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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É mais fácil amar de longe.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Fiapo
Ai, que
vontade de escrever até meus dedos sangrarem! Queria ter um discurso
todo pronto, sobre algum ou qualquer sentimento se quer. Algo
vibrante! Expressivo! De fazer o corpo estremecer...E nada me vem,
nada me chega da nuvem que é a nossa mente. Nada está pronto para
ser vomitado. Tudo é extático e aparentemente vazio. Percorro os
caminhos a procura de algum fiapo de sentir. Onde se esconderam
vocês, fiapos de meu ser? Restos ressentidos e satisfeitos que não
tem nada a dizer. Eu já percebi que têm livros/autores que nos
inspiram mais a escrever...Tolstoi não é um deles.
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“Há
quem mergulhe no mistério das árvores e sinta o coro dos troncos
nus aliados ao arfar das vergônteas. Depois é o mutismo, para
voltar o concerto de uivos e gemidos, misturados de sons em que o
ranger dos eucaliptos se confunde com o ciciar das tamarindeiras e
dos zimbros.” (pág.213)
SANTOS, Isidoro Duarte. O Espiritismo no Brasil. RJ – EP Editora,
1960.
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Dois aniversários hoje, e, da mesma pessoa xD
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Finados chuvoso
“'Quem
tem pouco assunto em que se ocupar – dizia Montesquieu – é muito
falador'. Na verdade, quanto mais se pensa, menos se fala. E quando o
espírito mergulha no seu mundo, quando não sente a bagatela da
vida, os lábios emudecem”. (pág.197)
SANTOS, Isidoro Duarte. O Espiritismo no Brasil. RJ – EP Editora,
1960.
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Nem
lembrava mais os motivos das brigas, mas a mágoa permanecia,
pequena, incômoda; será que o tempo a apagaria?
.
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Apresentando...Nikita!
.Nov2012. twitpic.com/b9r72q
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nikita
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Follow me not
E mais uma vez, estamos aqui. Nesse mesmo pé. Não sei o que fazer.
A certeza de outrora desvaneceu nas incertezas que suas palavras
trouxeram ao serem escritas e marcadas em mim, reverberadas na minha
alma. Sofro pela dúvida. Consumo-me pelo o que deveria dizer e não
consigo querer dizer. Não quero ouvir seu nome ou ver o seu rosto.
Tento entender, o desgosto, a mágoa. Procuro continuar minha
caminhada, deixar o passado em seu devido lugar, mas confesso, tem
sido difícil. Não volto atrás, um pouco, por orgulho e, um pouco,
por não sentir nada. Paralisada pela inércia plantada por você
mesmo.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Quereres
(…)
“Aquilo que mais a entretinha no balneário era observar e fazer
conjeturas acerca das pessoas que não conhecia. Ao pensar quem
seriam, como seriam e quais as relações que existiriam entre elas,
Kitty as via como criaturas excepcionais e agradáveis e costumava
encontrar a confirmação das suas hipóteses.” (pág.203)
TOLSTOÍ,
Leon. Ana Karênina. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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(…) “O
Padre Antonio Vieira tinha um belo conceito de autoridade: 'Não
basta que as coisas que se dizem sejam grandes, se quem as diz não é
grande. Por isso os ditos que alegamos se chamam autoridade, porque o
autor é o que lhe dá o crédito e lhe concilia o respeito.' ”
(pág.57)
SANTOS,
Isidoro Duarte. O Espiritismo no Brasil. RJ – EP Editora, 1960.
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Pois ouse
duvidar.
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Eu quero! |
domingo, 21 de outubro de 2012
Eu não disse?
Às vezes nos sentimos melhores que os outros por causa das escolhas
que fazemos...tenhamos em mente que isso não é verdade. Já me
forço a não classificar pessoas, a não rotular atitudes. Muitas
vezes erram conosco e já queremos taxar de “merecedor de nosso
desprezo”.
Ter opinião sobre tudo é saudável?
Critico o que não conheço porque não tenho interesse de conhecer –
minha opinião é válida? Enquanto gosto de ler, outros gostam de
ver tevê. São opções pelos programas que se busca, cada qual é
livre para escolher, e devemos tolerar as escolhas e não adentrar o
mundo do outro para denegrir. Não se precisa dizer que isso ou
aquilo é melhor; na sociedade, cada um se sente melhor fazendo o que
gosta e, desde que não prejudique o outro, por que não aceitar?
Que possamos assumir a posição de “não tenho opinião formada”
sobre o que não conhecemos ou que nem tenhamos vontade de conhecer.
Desconheço portanto me calo.
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Eu não disse que ia sentir expectativas equivocadas?
Dito e feito.
Não mais dirijo-lhe a palavra.
Não mais preciso de sua atenção.
Não mais me encanto com o seu sorriso.
Não que eu tenha forçado isso,
Fogo não alimentado se extingue.
Isso não é novidade...
A indiferença mata.
sábado, 20 de outubro de 2012
Impacientes
- Você
não devia estar aqui.
- Eu
sei... - silêncio. A tentação foi maior do que a minha
resistência. Devo ir embora? Ainda há tempo para voltar atrás?
- Elas
dizem que você está no caminho certo...e que não adianta se
enganar.
- E esse
engano...diz mais alguma coisa? Tem relação com o quê?
- Elas só
dizem que você não deveria estar aqui...que o seu caminho deve ser
trilhado sem nada saber, o que é melhor, diga-se de passagem.
- Diz
tudo isso numa cartada só?!
- Sim.
- Você
aceita receber por meia consulta? Não quero saber mais nada!
- Sinto
muito, tem que pagar o valor inteiro...ainda posso terminar, virar
mais algumas cartas.
- Poxa,
mas eu não devia ter vindo...
- E
então, viro ou não viro? Decida-se.
- Ok.
Pode virar.
- Diz
aqui que o amor sempre foi difícil para você...
- A
senhora poderia dizer algo que eu não saiba?!
- Você
já conhece a pessoa que será o seu marido.
- ...
- ...
Querer
dar a volta no destino, saber antes da hora o que logo logo nos
acometerá pode ser desastroso.
.
.
O destino
é o maior barato!
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Em qualquer lugar
Eu não
consigo entender vocês...Nós quem? Vocês que se resignam em fazer
o que não gostam quando poderiam estar fazendo o que gostam.
Confuso. Trabalho e lazer andam juntos ou separados? Lado a lado?
Fico feliz em qualquer lugar, aprendo e ensino em qualquer lugar.
Amar sua profissão faz parte da jornada do autoconhecimento, não se
acerta logo ou se acerta. E enquanto não se chega lá, por que não
aproveitar a aventura?
Não
entendo como alguém pode deixar chegar ao ponto da obesidade
mórbida. Eu não entendo, mas entendo.
.
.
Foram
tantos amores não correspondidos, tantas lições aprendidas – não
o desgosto pela vida, mas o continuar vivendo independemente de.
Foram
tantos cenários criados, tantas imagens e diálogos imaginados, e
quem diria, tanto posto no papel de forma bela e não mais dolorida.
Foram
tantas cartas escritas, tantas memórias registradas e absorvidas,
lições sobre o ser humano, sobre a felicidade e os desenganos.
Oh, vida!
16/10/12
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Má vontade
- Mãe,
tem que colocar aquele remédio no ouvido da Nikita...
- Não
sou eu que faço isso.
- Ouch.
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Dia
desses lembrei de uma época em que eu tinha o péssimo costume de
dormir sem arrumar a cama, deitava em cima da colcha e dormia super
bem de tão cansada que eu andava. Minha mãe detestava.
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.
Descobri
ontem sobre um menino que tinha um canal no YT e que eu
acompanhava.Ele está com 20 anos e tem um namorado. Uns meses atrás,
também descobri que uma amiga inglesa está namorando uma menina.
Que coisa, não?!
domingo, 14 de outubro de 2012
Noite estrelada
Noite
chuvosa e fria, perfeita para estar debaixo das cobertas – a dois.
Acompanhada de Julio, Borges, Érico, Hermann, Jean-Paul, Nikolai,
Anton, Máximo, Aldous, Clarice ou outros tantos que ainda não
conheci...Hoje, acompanha-me Leon.
.
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Mãe: E
Castle(503), foi bom?
Eu:
Hum... *pensando* Se eu não lembro sobre o que foi, não foi bom.
sábado, 13 de outubro de 2012
Perseverança
Antes que
eu me esqueça, queria falar um pouco sobre o Freixo. Fui no abraço
do Maracanã e foi bem bacana. Arrumei alguns panfletos da campanha
dele para distribuir. Acompanhei Twitter, entrevistas,
debates...Nunca antes eu tinha tido vontade de lutar pela política
ou tive esperança nela. Foi algo novo e belo.
Concordo
com o meu pai que, talvez, ele não estivesse pronto para assumir o
cargo de prefeito, assim como o Lula que demorou anos para conseguir
chegar à presidência. As mudanças devem acontecer aos poucos para
serem duradouras. Se ele entrasse agora, talvez, gerasse conflitos
desgastantes. Essa eleição foi muito importante para o
fortalecimento do partido (PSOL) e já é uma preparação para o
engajamento da população/jovens nos problemas da cidade. E todos
tivemos a mesma sensação: Quem sabe em 2016?!
É assim
na perseverança, nossa chance vai chegar.
.
.
Situação
verídica inventada.
- Doutor,
não sei como resolver essa situação.
- Sabe
que esse foi um dos motivos para eu não ter escolhido essa raça,
isso é comportamental: 50% deles comem cocô.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Novo encontro?
Mais de
uma vez escrevi sobre a ovelha negra. De tempos em tempos, o assunto
surge, a incompreensão como brota e preciso escrever. Porém, não
publico. Deveras pessoal, a pequena revolta, ou melhor, inquietação
precisa apenas ser posta em palavras para desanuviar o coração.
Tornar público parece deveras bruto e desnecessário. Continuo
aprendendo com tudo.
.
.
“Eu,
que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é
quando nada sei e fabrico não sei o quê.” (pág.68)
“Ah
viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito
não para, viver parece ter sono e não poder dormir – viver é
incômodo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito.”
(pág. 94)
LISPECTOR,
Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
.
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Mal
terminei de ler, já fica a vontade de reler Clarice.
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Intensamente não
Caramba,
eu tinha tantas situações para escrever, mas elas vão se
acumulando no meio da minha cabeça, e pra arrumar espaço para o
dia-a-dia, vou tendo que empurrá-las para qualquer canto...ficando
difícil de encontrar quando quero. E quando estou ocupada com
afazeres, elas pipocam aqui e ali, querendo ser ouvidas, querendo
mergulhar no mundo afora, sem sucesso, devo ressaltar. Agora mesmo,
nada me vem. Elas tentam se fazer presentes, mas desconheço o
caminho. Intensamente, não tenho vivido os instantes. Fica aquela
sensação de que falta alguma coisa...
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
O fim
(…)
“O Príncipe estava calmo. Seu rosto não exprimia nem ira nem
indignação.
-
Agora, aquele mesmo em cujas mãos repousa a sorte de muitos e a quem
súplica nenhuma conseguiria abrandar, esse mesmo curva-se diante
dos senhores, com um pedido. Tudo será esquecido, apagado, perdoado;
eu mesmo, em pessoa, intercederei por todos, se atenderem ao meu
pedido. Eis o meu pedido: eu sei que não existem meios, intimidações
ou castigos que possam erradicar a corrupção: ela já está muito
enraizada. A desonrosa prática de receber propinas tornou-se
necessidade – indispensável até a homens que não nasceram para
ser desonestos. Bem sei que já é quase impossível a muitos remar
contra a corrente geral. Mas agora eu sou obrigado, como num momento
sagrado e decisivo, quando está em jogo o destino da pátria, quando
para salvá-la todo cidadão oferece tudo e sacrifica tudo – eu sou
obrigado a lançar meu apelo ao menos àqueles que ainda guardam no
peito um coração russo e que ainda compreendem, um pouco que seja,
o sentido da palavra “nobreza de alma”. Não vale a pena indagar
quem aqui é mais culpado que o outro. Quem sabe, sou eu o mais
culpado de todos. Talvez eu os tenha recebido com demasiada
severidade, logo no começo; afastei, talvez, com a minha
desconfiança excessiva, aquels dentre os senhores que tinham a
intenção sincera de me serem úteis – embora pela minha parte eu
também podesse reprová-los: se realmente eles tinham amor à
justiça e queriam o bem de sua terra natal, não deveriam ter ficado
melindrados com a arrogância dos meus modos; deveriam ter sufocado o
seu amor-próprio e sacrificado suas sucetibilidades. Teria sido
impossível que eu não tivesse chegado perceber sua dedicação
abnegada e seu nobre amor à verdade, e não tivesse acabado por
aceitar seus conselhos úteis e sensatos. (…) O problema que se nos
defronta agora é que chegou a hora de salvarmos a nossa pátria. Que
a nossa pátria está perecendo, não pela invasão de vinte tribos
estrangeiras, mas por nossas próprias mãoes. Que já se formou, ao
lado do governo legítimo, um outro governo, muito forte que o
governo legal. Estabeleceram-se condições próprias, tudo tem preço
marcado, e os preços já foram até levados ao conhecimento público.
E estadista algum, embora seja o mais sábio de todos os legisladores
e governantes, tem forças suficientes para remediar o mal, por mais
que tente limitar a ação nefasta dos maus funcionários, nomeando
para vigiá-los outros funcionários. Tudo será inútilenquanto cada
um de nós nãp sentir que, assim como na época da revolta dos povos
ele se armou contra os inimigos, assim ele deve armar-se e
levantar-se contra a corrupção e a falsidade. É como homem russo,
como irmão, ligado aos senhores pelos laços indissolúveis do
sangue, que eu me dirijo agora a todos. Dirijo-me àqueles sentre os
presentes que têm algum resquício de compreensão do que seja
nobreza de ideias. Convido-os todos a se lembrarm do dever, que é o
destino do homem, onde quer que ele se encontre. Convido-os a
examinarem mais de perto o seu dever e a obrigação do seu cargo na
terra, porque isto já se nos afigura de maneira distante e obscura,
e mal-e-mal*...” (pág.445)
* Aqui o
manuscrito se interrompe. (N. do T.)
GÓGOL, Nikolai. Almas Mortas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
.
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“Em
1842, publicou Almas Mortas, romance no qual trabalhou durante mais
de quinze anos. A partir de 1842 viveu como andarilho, deprimido por
grave crise religiosa. Em 1852 queimou o segundo volume de Almas
Mortas e se abandonou à morte por inanição”.
domingo, 30 de setembro de 2012
Declarações
“Quantas
coisas podem passar pela mente de um homem durante um passeio, coisas
que tantas vezes arrancam um homem do enfadonho momento presente,
sacodem-no, espicaçam-no, mexem com a sua imaginação e fazem-no
sentir-se feliz mesmo quando ele tem certeza de que elas jamais se
realizarão!” (pág.329)
GÓGOL, Nikolai. Almas Mortas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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“As filosofias imediatistas surgem pela madrugada e desaparecem ao
entardecer das emoções, deixando os vazios perturbadores na mente e
no sentimento dos seus aficionados.” (pág.9)
FRANCO, Divaldo Pereira e TEIXEIRA, José Raul. Diretrizes de
Segurança. Rio de Janeiro: Fráter Livros Espíritas, 1990.
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Tenho me arrastado um pouco. Ao mesmo tempo em que o cansaço dá-me
um certo prazer, a dor dói, como não poderia deixar de ser. Em
certos momento de extremos, puxo o ar que parece não vir. Não há
espaço para contemplar. Deixo apenas minha essência nos lugares que
passo, que descanso por um minuto ou dois. Brigo por encontrar alguma
energia perdida por dentro para corresponder ao que se espera de mim,
ao que eu espero extrair das experiências. Respiro fundo e demora um
pouco mais para a vitalidade voltar. A tonteira pode vir da fraqueza,
de uma noite mal dormida, de uma energia despendida.
Como é bom se perder nas linhas escritas há tanto tempo! Como é
estimulante entrar na sintonia de um livro, caminhar no seu ritmo,
respirar a sua história, tocar as imagens pintadas com tanto cuidado
e amor. Porque para se escrever é preciso amor, é preciso a
perseverança do amor ao escrever, a contar algo que não se aguenta
deixar dentro de si.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Fio louro
“Muita
coisa pode significar o coçar da nuca do povo russo.” (pág.258)
GÓGOL,
Nikolai. Almas Mortas. São
Paulo: Abril Cultural, 1979.
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Bem que
te vi, na cozinha, andando de um lado para o outro, com alguma
preocupação lhe remoendo a alma. Era culpa? As lágrimas eram de
crocodilo, eram um show a parte que eu não lembro ter pago, ou
seriam a resposta de semanas a fio de emoções à flor da pele?
Recomponha-se, por favor. Não há espaço para a dor no coração,
vamos analisar friamente o que se passa. Respire fundo. Ninguém
acusa ninguém; se agimos de forma correta, não há por quê ter
medo. Quem grita e esperneia tem culpa. Ou será que é injustiça e
a água nada mais é do que um nervosismo? Ainda duvido. Passeio
entre lá e cá, hora acredito em uma e noutra coisa. Como me livrar
do julgamento? Deixar isso pra lá e seguir a vida? Peço muito.
Penso sobre o que nem vi, apenas ouvi de terceiros, mesmo que tenha
refletido sobre o assunto antes de qualquer confrontamento.
sábado, 22 de setembro de 2012
Riordan
Acabei de
lembrar uma situação engraçada.
Durante
um almoço em família desses, eles estavam sendo até mais comuns
nos últimos tempos, falávamos sobre lembrar os nomes dos autores
dos livros que gostamos.
Na época,
a Dé lia a coleção dos Jogos Vorazes e também os do Percy
Jackson, não lembro quais ela leu primeiro...acho que primeiro foi o
Percy...enfim, questionei se ela lembrava do nome da autora de Jogos
Vorazes...não lembro se ela lembrou ou não...o caso foi que eu
tentei lembrar de todo jeito o nome do autor do Percy e lembrei
apenas do sobrenome, por conta do livro dele que tenho na minha
bancada, ainda para ler (Cold Springs, presente do Viniçus).
O Riordan
foi, mas o primeiro nome, me fugiu completamente. E minha mãe
começou a fazer umas mímicas, sem pé nem cabeça rs Ela fez com as
mãos tipo uma casa e eu fiquei com aquela cara de “heim?!”.
Depois de nem conseguir arriscar muita coisa...ela abriu a boca.
Estou fazendo um castelo. Castelo, Castle. Richard Castle. Rick. Rick
Riordan.
o.O
Fiquei passada com a mente dela. Hehehe
domingo, 16 de setembro de 2012
Avante!
É tão
imenso o mar de livros que sinto uma felicidade angustiada – não
dá para ler tudo.
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Engraçado
perceber os seus próprios gostos mudando...casca velha deixada pelo
chão, nova pele que se molda e vibra alegre, meio solitária, meio
bem acompanhada.
.
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Depois de
algumas semanas investindo em planejamento de estudo com a Dé, boas
notas começam a pipocar, apesar de que, geografia ainda é uma
incógnita. Pudera; o professor é um pouco relapso e os alunos que
acabam sofrendo. Achei bonita a construção que a Dé fez num teste,
justamente de geografia,
(…)
“Os nativos aproveitaram, e lutaram para conseguir sua liberdade.
Alguns colonizadores devolveram o poder pacificamente. Outros,
acabaram em guerra, mas, ao final, tiveram seu poder de volta.”
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domingo, 9 de setembro de 2012
Ainda há tempo?
Eu já
falei que adoooro as reflexões do José Castello??
.
.
Essa
semana tive a oportunidade de ver dois dias de palestras sobre
Geotecnologias (graças à Pat!), e, acabei conhecendo uma iniciativa
chamada INDE (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais). Pelo o
que eu entendi, é uma ideia recente, sendo mais recente ainda o
lançamento da ferramenta; seria ela uma centralização de metadados
espaciais. No site deles tem um vídeo explicativo, bem legal!
Abaixo, o folder sobre.
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Tinha
outras coisas que eu queria falar...mas acho que elas foram se
perdendo pelos dias que escoaram. Ficou apenas a sensação de que
era algo engraçado, um fato curioso, outro interessante...
.
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Eu queria
ter ido passear no fim de semana, mas fiquei presa em casa, estudando
geografia. Minha irmã não tem noção do quanto eu deixo de fazer
para assistí-la. Eu bem que gosto, mas ela podia ter mais boa
vontade.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Casa da Ciência – O Corpo (2007)
Palestra
ministrada em 04 de agosto de 2012.
Gostaria
de começar apontando que o filme me surpreendeu. Ainda bem que o
Gabriel nos avisou que haveriam cenas fortes. Ufa. Já fiquei
preparada. Gostei do tema, de questões e paralelos que a Maria Rita
fez. “O Corpo” é o tipo de filme que se descobre novas relações
a cada vez que se assiste.
Ela
começou relacionando o tema do filme com a nossa história, com o
passado e a atualidade. Falou do esquecimento, da indiferença, da
mortalidade que continua depois da ditadura. Referenciou logo o livro
de ensaios “O que resta de ditadura” com o texto escrito pelo
Paulo Arantes, “1964, o ano que não terminou” e nos questionou,
o que herdamos? A Maria Rita frisou que somos o único país que não
puniu quem matou na ditadura e que temos mais mortandade hoje do que
naquela época.
Ela
trouxe a tona a barbariedade de maio de 2006, em que ocorreram atos
de violência em São Paulo causando inúmeras mortes. O grupo civil
“Mães de Maio” acompanha as investigações e exige respostas
ainda hoje.
Refletindo
sobre o filme, ela afirmou que Laura, a chefe de Artur estava mais
morta do que o protagonista; e como os mortos anônimos são tratados
como algo banal. Artur começa a viver quando começa a se preocupar
com algo. Artur como uma figura quixotesca.Teresa representa a
geração que não quer saber de nada e a seguinte. Fernanda
histérica, não quer reconhecer o que já sabe. Ela é a falsa boba,
podendo o espectador perceber a mudança no seu comportamento quando
se dá conta.
Fernanda
transgride (rouba) e representa a morte da mãe. Fernanda ainda tem
a sua história roubada, como os casos na Argentina, de crianças que
eram dadas para a adoção na época da ditadura. Seguriu que
víssemos “O dia em que não nasci”, filme argentino e alemão.
Com um
discurso em tom de crítica, difícil não assumir esse lugar quando
se fala de algo tão revoltante, relembrou o Shibata que assinava os
atestados de suicídio de torturados da ditadura, prática que
continua nos dias de hoje. Um país inteiro silenciado.
Falou
ainda do policeticismo pragmático herdado dessa época, da sociedade
que não quer nomear seus mortos. Diagnóstico de melancolia de
Walter Benjamin, indolência do coração, rompendo com a sua
história. Sintoma social. Trair a sua origem, a sua causa.
Mencionou, também, o estado de depressão, aquele que trai o seu
desejo (Lacan).
Durante
as perguntas, surgiu a questão sobre se vivíamos uma ditadura nos
dias de hoje. A Maria Rita Kelh fez questão de dizer que não
vivemos uma ditadura, se assim fosse, ela não poderia estar ali
falando aquelas coisas. Viveríamos com medo de falar.
Foi
suscitado ainda se a juventude de hoje não vivia a política do
querer “se dar bem”, passando em concurso público para ganhar em
cima do Estado; e a Maria Rita bem frisou que isso é bem mais
antigo, estando presente nos textos de Machado de Assis.
O
totalitarismo é resultado da tentativa de implementar a utopia, e
ela sugeriu o amadurecimento da ideologia pela prática. Ressaltou
ainda que vivemos o período democrático mais longo, desde 1988.
Apontou, também, para a despolitização da sociedade, ou seja, não
se sabe de onde a opressão vem.
Já fazia
um tempo que eu não me empolgava com uma palestra dessa forma,
saindo com vontade de ler textos e aprofundar estudos ;)
Palestrante
Maria Rita Kelh doutora em Psicanálise pela PUC-SP,
escritora e integrante da Comissão da Verdade.
domingo, 2 de setembro de 2012
Prosa & Verso
Medo de
não corresponder às espectativas. Medo de não brotar o amor. Medo
de sorrir apenas por educação. Medo de se enganar. Medo de iludir o
outro. Medo de não ser verdadeira consigo mesma.
Ótima
crítica do José Castello de um livro que eu nem teria vontade de
ler, mesmo depois de ler a critica. O bom mesmo é ler as sucitações
de quem já leu e viveu muito.
.
.
(…)
“Tendo pedido o mais leve dos jantares, constante de um simples
leitão, despiu-se sem perda de tempo e, enrodilhando-se debaixo do
cobertor, adormeceu logo, num sono forte e profundo, um sono
maravilhoso como só é dado dormir àqueles felizardos que não
conhecem nem as hemorróidas, nem as pulgas, nem os dotes
intelectuais excessivos.” (pág.156)
GÓGOL,
Nikolai. Almas mortas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
sábado, 1 de setembro de 2012
Que dia! :S
Dedos
amarelos. O dia tinha começado promissor, primeiro cineclube, depois
mudança de planos, vamos à exposição. Antes do almoço, compras,
carteira, bolsa, mochila novas. Vida nova, objetos novos! Os
presentes andam bem gastos...E veio o banho desnecessário. Nikita
nem suja estava, mas inventaram de levá-la. E aí, depois do banho,
entram os dedos amarelos do começo. Olhos fechadinhos não indicavam
coisa boa e de volta ao veterinário fomos. Colírio amarelo que
verde ficava se lesão na córnea apresentava...e não deu outra.
Tadinha! Cone azul para não coçar e o rostinho colorido a chorar.
Tadinha! Colírio de duas em duas horas hoje e amanhã, espassando a
seis horas sem cessar. Tadinha! Que desserviço, minha gente, que
vontade de chorar! E os planos se desfizeram no ar.
.
.
“Ajuda,
mas aprende a ajudar. Serve, mas aprende a servir, porque quem dá o
que não tem fica devendo a própria dádiva.” (pág.167)
MAIA, João Nunes. Segurança Mediúnica. Ed. Espírita Cristã Fonte
Viva, 1985.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Casa da Ciência - O informante (1999)
Palestra
ocorrida em 7 de julho deste ano. Estou com as minhas anotações de
palestras defasadas e atrasadas, se me permitem a redundância rs. Vamos então retomar os pontos
levantados pelos palestrantes e refletir sobre os temas abordados.
Engraçado
que esse não é o tipo de filme que me anime a assistir...porém,
gostei de algumas questões psicológicas colocadas pelos
personagens, como a segurança dos indivíduos, a dúvida entre o
certo e o errado, o abandono da família em consequência do medo
(legítimo). Questões que muitas vezes me levam a questionar a mim
mesma sobre a minha reação diante de uma situação semelhante.
O
palestrante, Kenneth Camargo, trouxe como tema a ser discutido, a
distorção deliberada do conhecimento científico. Ele partiu da
premissa da ciência tida como uma atividade humana e gostaria que os
indivíduos fizessem uma abordagem crítica da ciência.
Se bem me
lembro, ele falou sobre a credibilidade, de como estudos são
forjados, ou desenvovidos de forma a provar um resultado pretendido.
Ele citou a influência do Edward Bernays e do Gustave Le Bon, assim
como, as estratégias de utilização da 3a. pessoa. Ele ainda
indicou o site www.sourcewatch.org
como ferramenta para acompanhar informações sobre corporações,
indústrias e pessoas que tentam influenciar a opinião pública.
O tema do
filme diz respeito ao cigarro e o conhecimento de dados sobre a
utilização de fórmulas químicas para aumentar a dependência e os
lucros da indústria. O Kenneth levantou, também, as questões sobre
a liberdade de escolha e a liberdade individual, que se discute sobre
quem fuma e quem não fuma e que acaba sendo prejudicado. Que tipo de
liberdade é essa?
Ele falou
ainda, sobre como suspeitar de um documento, de um discurso; devemos
estar atentos aos conflitos de interesses, a oposição entre massa e
a ciência (não existe controvérsia para os especialistas), a
indústria com interesse econômico claro. Ele colou também que
devemos encarar a ciência como o melhor conhecimento que se dispõe
no momento; todos já sofremos com as notícias de que tomate faz
bem, tomate faz mal e a mesma situação com o ovo, o chocolate, o
café entre outros.
O Kenneth
frisou a importância da farmaco vigilância, o acompanhamento dos
efeitos de remédios posteriormente, apontando para a proteção
contra novos medicamentos, “não ser o primeiro, nem o último a
usar” e a necessidade de incentivos do Governo quanto a isso e de
sua fiscalização sobre os laboratórios.
Levantou-se,
ainda, a questão sobre a medicalização ao extremo e o acesso
aberto a publicações. Por fim, ele indicou o site www.scielo.org,
uma portal de revistas sobre pesquisas.
Palestrante
Kenneth Camargo, pós-doutor pela McGill University,
Canadá, professor do Instituto de Medicina Social da UERJ
(IMS-UERJ), editor associado do American Journal of Public Health e
editor da revista Physis. Pesquisador do Grupo de Estudos sobre
Ciência e Medicina (UERJ-CNPq).
Para mais informações: www.cineclubecienciaemfoco.blogspot.com.br
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Aconselho-me
“A
obsessão é muito sutil, de tal forma que todos a temos em menor ou
maior grau. Entretanto, se nos apegarmos ao estudo sério,
reunido-nos sempre em conjunto com aqueles que desejam melhorar,
descobrimos com mais facilidade as nossas deficiências e encontramos
forças para corrigí-las com maior desempenho.” (pág.23)
“A
mediunidade que tem compromissos com o Cristo na Terra, não pode se
esquecer de subir o calvário, com a sua cruz nos ombros,
representando sacrifícios de várias espécies: a renúncia é a
característica de seus passos; o perdão, uma norma diária em sua
vida; o trabalho, uma obrigação sem queixa. A oração, um dever
silencioso; a alegria, uma manifestação de gratidão por tudo o que
vê e recebe da vida. A língua deixa de ferir e a cabeça passa a
ser um ninho de pensamentos nobres. Tudo o que faz, ela o faz por
amor.” (págs. 26 e 27)
(…)“E
a doutrina dos espíritos, que revive o Mestre, apresenta outras
modalidades educacionais superiores: nada receber nem exigir, em
troca daquilo que se oferta. Por isso, a mudança dos costumes
contrários ao bem é um preparo para que o amor se faça, do modo
que Jesus nos ensionou a amar.” (pág.42)
(…)“Quando
mais evoluídos, compreenderemos sem pensar, conversaremos sem
necessidade de articular sons e amaremos sem precisarmos dizer que
estamos amando.” (pág.66)
“Não
percas mais tempo em dizer coisa de que o próprio vento se
envergonha. Não respondas ofensas que os teus próprios ouvidos não
desejam escutar. Elimina os pensamentos que a tua cabeça já não
comporta e limpa essa água suja minada da mente. Muda de ideia e
muda de vida.” (pág.76)
MAIA,
João Nunes. Segurança Mediúnica. Ed. Espírita Cristã Fonte Viva,
1985.
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
domingo, 19 de agosto de 2012
O impacto
Eu não
ia falar de cotas, certo? Mas o tema está em todo o canto e não tem
como evitar. Acabei de ler um texto do Elio Gaspari que saiu no
Globo, e uma parte chamou minha atenção,
“As
pesquisas indicam que os cotistas tiveram desempenhos iguais ou até
superiores aos dos demais.”
E eu fiquei encucada,
tenho procurado estudos e pesquisas pela Internet e nada. Pensei em
enviar um e-mail para o autor, pedindo as fontes e...nada de ter o
contato no jornal. Por uma pesquisa rápida, o Elio Gaspari não tem
nenhum e-mail publicado na rede. Fiquei chateada, achei que
conseguiria começar a desvendar esse mistério do impacto das cotas
nas Universidades. E deparei-me com um texto, justamente
criticando o dito cujo e sua matéria. Afinal, após a leitura da
crítica, já penso em desconsiderar qualquer coisa que o Elio
Gaspari fale, e eu já tinha achado o texto mesmo sem pé nem cabeça.
Quanto ao que penso sobre
as cotas, tenho a opinião daqueles que defendem uma melhora no
ensino fundamental e médio - Isso não mudou. Entretanto, dar chance aos alunos
melhores que se sentem desnivelados contra àqueles que têm a
oportunidade de pagar por um ensino melhor, até que essa ideia estava crescendo
dentro de mim, mas aumentar esse número para 50% das vagas, é
apostar numa política de emburrecimento.
Eu sei que melhorar toda
a educação não é algo fácil, mas não vejo estratégias por
parte do Governo. Há apenas essas leis para o povo ver e achar (isso
engana alguém?) que o governo está cuidando dos seus direitos. O
direito primordial, aquele que está garantido na Constituição
Federal é de educação e não
“cotas-para-entrar-na-Universidade-sabendo-menos-do-que-o-mínimo-necessário-para-competir-com-quem-está-melhor-preparado”.
Por que não há proposta de plano de carreira para professores? Por
que não há proposta de colocar equipes de profissionais concursados
dentro das escolas? Por que não há proposta de se construir mais
escolas para diminuir o número de alunos por sala? Cada uma dessas
propostas sozinhas, já contribuiriam para o início de mudança e
somadas podem ser a solução que o brasileiro tanto anseia para a
educação do país.
sábado, 18 de agosto de 2012
A hora de ceder
Essa
semana, a Dé me confessou uma coisa. Ela disse que não acreditava
realmente que fossemos adquirir uma nova cachorrinha; “sabe por
quê?”, ela perguntou ansiosa para responder. “Porque eu não
achei que você e a mamãe fossem chegar a um acordo”. E eu explico
para os que não conhecem a situação.
A questão era que eu queria adotar e minha mãe queria comprar algum cão de raça que pudéssemos ter a certeza de que não cresceria muito; e tinha que ser filhote também. Debatemos durante alguns meses...até que eu percebi que essa batalha de orgulho não nos levaria a, afinal, adquirir nenhum bichinho. Percebi que a casa era dela e que eu não poderia impor a minha vontade. Que eu adote quando tiver a minha própria casa. Tudo acabou se ajeitando da melhor forma possível.
A questão era que eu queria adotar e minha mãe queria comprar algum cão de raça que pudéssemos ter a certeza de que não cresceria muito; e tinha que ser filhote também. Debatemos durante alguns meses...até que eu percebi que essa batalha de orgulho não nos levaria a, afinal, adquirir nenhum bichinho. Percebi que a casa era dela e que eu não poderia impor a minha vontade. Que eu adote quando tiver a minha própria casa. Tudo acabou se ajeitando da melhor forma possível.
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“Os
controles ou guias espirituais raramente se identificam com algum
nome conhecido do passado. Optam pelo anonimato e preferem ser
avaliados pelo trabalho que realizam, pelas ideias que transmitem,
pelos ensinamentos que ministram. Costumam ser simples, tranquilos,
profundamente humanos e compreensivos. Enérgicos, quando necessário,
nunca são autoritários. Parecem, às vezes, um tanto frios e
distantes, indiferentes e até insensíveis ao observador desatento.
É preciso, no entanto, compreender que a visão que têm dos
problemas humanos é inteiramente diversa da que costumamos ter aqui.
Por que razão iriam se afligir ante a dor maior de um amigo
encarnado, se sabem que é precisamente aquele o amargo remédio
prescrito pela Lei divina para corrigir uma grave disfunção
espiritual do passado? Deveria o médico deixar de operar um paciente
em estado grave ou de receitar um remédio salvador, porque a
operação vai doer ou o remédio é amargo?” (pág.134)
MIRANDA, Hermínio Correia de. Diversidade dos carismas: teoria e
prática da mediunidade. Vol.2
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Eu acredito
Uma hora
de perguntas feitas ao candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo:
Watch live streaming video
from meurio
at livestream.com
Dica: Acompanhem o blog Eleições Cariocas 2012 e estejam a par de
propostas dos candidatos. Tem um pessoal bem legal se engajando,
participando, o site Meu Rio está bem bacana e parece promissor em
aproximar as pessoas para buscarmos um Rio de Janeiro melhor.
E as cotas ficam para outro dia...reclamar o que não posso mudar só me entristece.
E as cotas ficam para outro dia...reclamar o que não posso mudar só me entristece.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Colírio para os ouvidos
Preciso
falar. Preciso escrever. Preciso pensar.
Papai,
experiente e falador, é sempre uma fonte de explicações. Desde que
estourou essa denúncia do mensalão, ele nos esclareceu de como essa
é uma prática da política (não só algo da era Lula), mas
convenhamos que prática não torna algo correto. O que eu gostaria
de ver como resultado dessa confusão toda é a ilegalidade sendo
punida, porque mudar o ranço da política, de uma hora para a outra,
é desejar demais da conta. Angustiada, perguntei como a exclamar por
uma solução para melhorar tudo isso e ele veio com aquela velha e
batida (mas verdadeira) resposta: precisamos votar melhor, precisamos
deixar fora do governo os que roubam, precisamos votar naqueles que
trabalham. E lembrei do Romário, acho que preciso me retratar com
ele. Tenho a impressão que o critiquei quando foi eleito, mas ele
tem se mostrado interessado e disposto a fazer bem o seu trabalho.
Tem vezes
que leio linhas e nada acontece. Tem vezes que leio talvez outras
linhas ou as mesmas e preciso escrever, falo comigo mesma, crio
argumentos, vou passando os pontos na cabeça até que eles precisam
sair para algum lugar. O que sempre impulsiona? Reflito agora. O
falar, o pensar, o escrever vêm de uma vontade grande de querer
mudar o que parece errado, mudar pessoas para mudar atitudes (ou
seria mudar atitudes para mudar pessoas?). Essa vontade vai crescendo
e morre ao se perceber que pouco se pode fazer, a única pessoa que
se tem acesso, realmente, é a si mesmo.
A
postagem ficou meio grande, decidi dividir em duas. Na próxima,
falemos de cotas.
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