Papai,
experiente e falador, é sempre uma fonte de explicações. Desde que
estourou essa denúncia do mensalão, ele nos esclareceu de como essa
é uma prática da política (não só algo da era Lula), mas
convenhamos que prática não torna algo correto. O que eu gostaria
de ver como resultado dessa confusão toda é a ilegalidade sendo
punida, porque mudar o ranço da política, de uma hora para a outra,
é desejar demais da conta. Angustiada, perguntei como a exclamar por
uma solução para melhorar tudo isso e ele veio com aquela velha e
batida (mas verdadeira) resposta: precisamos votar melhor, precisamos
deixar fora do governo os que roubam, precisamos votar naqueles que
trabalham. E lembrei do Romário, acho que preciso me retratar com
ele. Tenho a impressão que o critiquei quando foi eleito, mas ele
tem se mostrado interessado e disposto a fazer bem o seu trabalho.
Tem vezes
que leio linhas e nada acontece. Tem vezes que leio talvez outras
linhas ou as mesmas e preciso escrever, falo comigo mesma, crio
argumentos, vou passando os pontos na cabeça até que eles precisam
sair para algum lugar. O que sempre impulsiona? Reflito agora. O
falar, o pensar, o escrever vêm de uma vontade grande de querer
mudar o que parece errado, mudar pessoas para mudar atitudes (ou
seria mudar atitudes para mudar pessoas?). Essa vontade vai crescendo
e morre ao se perceber que pouco se pode fazer, a única pessoa que
se tem acesso, realmente, é a si mesmo.
A
postagem ficou meio grande, decidi dividir em duas. Na próxima,
falemos de cotas.
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