'Ele é
amoroso e amigo, mas sinto nele aquela austeridade comum às pessoas
que se impõem pela autoridade moral, com a sua simples presença.
Jamais fez qualquer brincadeira ou empregou qualquer expressão mais
descontraída. Certa vez, 'reclamei' porque nem ele, nem nossos
outros mentores se comunicavam com mais frequência, com aquelas
'mensagens pessoais' de que tanto gostamos. E ele respondeu: - Já
dissemos tudo o que precisava ser dito. Vocês todos têm
conhecimento das próprias responsabilidades e já aprenderam que
dificuldades e lutas são instrumentos de aprendizado evolutivo.
Agora é trabalhar. Nosso tempo é escasso e precioso. Não podemos
utilizá-lo em conversas meramento sociais. Há muito que fazer.'
(pág. 65)
“Em
pincípio, isso é verdadeiro, pois é fato que a lei autoriza, ou
melhor, tolera ou permite a cobrança da dívida cármica. O Cristo
advertiu, a propósito, que o pecador é escravo do pecado, que
nossas faltas nos seriam cobradas até o último centavo e que não
insitíssemos nelas para que não nos acontecesse ainda pior. Não há
dúvida, portanto, de que ele caracterizou, com nitidez
incontroversa, a conexão entre erro e dor, crime e reparação. Isso
não quer dizer, contudo, que a vítima tenha de tomar a vingança em
suas mãos ou assumir a postura de cobrador para que a reparação se
faça perante a lei cósmica que regula o equilíbrio ético do
universo. Que ele se vingue ou não, o devedor tem seus ajustes
programados inapelavelmente perante essa lei 'imburlável', como
todas as que compõem o código divino. Antes de ser cometida contra
indivíduos, as nossas faltas são primariamente contra a lei, e à
lei teremos de responder por elas, mais do que à vítima. E, por
isso, quando alguém assume o papel do vingador ou do cobrador, dá-se
mal, porque reabre o ciclo da dor que virá como reação futura. E
foi por isso que o Cristo prescreveu o perdão universal, setenta
vezes sete, porque, perdoando, estamos nos libertando da dor; caberá
ao algoz fazer o mesmo, pelos processos qye lhe forem prescritos no
devido tempo.
O
problema é que isto é filosofia demais para quem está condicionado
ao ódio, à devoradora paixão da vingança. Tem-se a ilusão de que
a vingança aplaca as dores, quando as cultiva e nutre,
prolongando-as no tempo. Acha-se que, vingando, se liberta, quando ao
contrário, fica-se preso ao antigo algoz, convertido em vítima. E
não há como sair, à simples força de argumento, desse terrível
círculo vicioso.” (págs.76 e 77)
MIRANDA,
Hermínio Correia de. Diversidade dos carismas: teoria e prática da
mediunidade. Vol.2
.
.
Acertou-se
quando se disse que as duas energias mais potentes são a mental e a
sexual. Briga de titãs.
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