Mais de
uma vez escrevi sobre a ovelha negra. De tempos em tempos, o assunto
surge, a incompreensão como brota e preciso escrever. Porém, não
publico. Deveras pessoal, a pequena revolta, ou melhor, inquietação
precisa apenas ser posta em palavras para desanuviar o coração.
Tornar público parece deveras bruto e desnecessário. Continuo
aprendendo com tudo.
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“Eu,
que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é
quando nada sei e fabrico não sei o quê.” (pág.68)
“Ah
viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito
não para, viver parece ter sono e não poder dormir – viver é
incômodo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito.”
(pág. 94)
LISPECTOR,
Clarice. Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
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Mal
terminei de ler, já fica a vontade de reler Clarice.
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