quinta-feira, 5 de maio de 2011

Humildemente

Enganei-me. De onde veio essa certeza fajuta?
Surpreendi-me. De onde veio essa segurança toda?
Será que brotou em mim, assim espontâneo?
Será que fui instrumento?
Nada é por acaso.

O que me leva a isso:

- Você sente dores nas maçãs do rosto?
- Não.
- Porque você tem uma sinusite braba.
- Pois eu não tenho nenhum sintoma.
- Então você é muito sortuda!
- Sortuda não, merecedora. Eu devo ter feito alguma coisa certa.
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“(...) Tão vazia que já não oferece nada à curiosidade de ninguém”. (pág. 97)

ABREU, Caio Fernando. O Marinheiro. In: Triângulo das Águas. Ed. Nova Fronteira, 1983.

“(...) O amor só acontece quando uma pessoa aceita que também é bicho. Se amor for a coragem de ser bicho?”. (pág. 168)

“ – Parecem todos iguais.
– E são. Tipo andróides, em série. Vestem as mesmas roupas, usam o mesmo cabelo, dizem as mesmas coisas, veem os mesmos filmes, ouvem as mesmas músicas. (...)” (pág. 178)

ABREU, Caio Fernando. Pela Noite. In: Triângulo das Águas. Ed. Nova Fronteira, 1983.

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