quarta-feira, 18 de maio de 2011

Considerações

Hoje em dia, em acompanho apenas uma série de tevê: Castle. E, depois de três temporadas, venho fazer um balanço dos motivos que me levaram a gostar da série e os que me fazem continuar a acompanhar o desenrolar da história.

De forma sincera e direta, confesso que os mistérios nunca foram os aspectos que me faziam ver Castle semana a pós semana. O que mais me agradava, era a colisão entre o real e o ficcional, a policial e o escritor. E o mundo do escritor, apesar de ser de bestsellers (o que não poderia ser diferente), acabava por colorir e tornar o real mais divertido e engraçado.

No início tudo era novidade, havia liberdade para experimentar em várias direções, e, assim foi a primeira temporada. Sempre gostei, também, das vítimas e dos suspeitos, os escritores inventavam tipos divertidos e, mesmo, tipos verdadeiros, no sentido de emocionar pela profundidade da atuação, e da empatia que me inspiravam.

Outro aspecto que prendia era o relacionamento entre o Castle e a Beckett, um irritando o outro, mas ele do que ela, e nós do lado de fora, achando divertidíssimos os comentários, muitas vezes, infantis, mas carinhosos do Castle. Depois pudemos ver todo o lado geek do Castle sendo explorado, por influência óbvia do próprio Nathan Fillion. E foi assim até o final da segunda temporada, ótimo!

Agora, começa o problema: eles tinham que começar a fazer escolhas, e senti uma queda tremenda na experimentação de como explorar os personagens. Em poucos episódios da terceira temporada, já dava para perceber uma fórmula fixa de roteiro, parece que as pessoas pararam de sentir e reagir para apenas falar as suas falas e cumprir o script, mais voltado para a ação. Foram criados relacionamentos que não víamos na tela, outros surgiam de um episódio para outro, sem desenvolvimento. O escritor foi deixado de lado, poucas ou nenhuma menção, do que no início havia me cativado. E, por fim, os escritores, decidiram então tornar Castle mais pesado e sombrio, perdendo aquela aura leve que o personagem principal representa (va). O que fazer então, abandonar a série?

Confesso que me apeguei a todos eles, mas estava realmente difícil assistir algo que, ao final, não agradava. Quanto ao último episódio da terceira temporada, consegui vislumbrar algo diferente e que me interessou, eu só não sei se é suficiente para me manter como espectadora.





Mesmo sombrio, eu gostei do peso das questões levantadas: a Beckett que baseou toda a sua vida e carreira na busca de encontrar o assassino de sua mãe, o Castle preocupado com ela e reconhecendo como se sente, a iniciativa da Beckett de perdoar a traição, o Capitão Montgomery tendo que escolher entre a família e a amiga (Beckett), questões que me fazem querer assistir o episódio de novo.

Mas também tiveram bolas foras, como o final dramático, totalmente apelativo e inverossímil (como alguém, que está sendo perseguido, não usa colete à prova de balas e se mantém exposto daquele jeito???*refletindo se talvez não foi um sonho*). E tudo aconteceu tão rápido, que eu ainda estava digerindo o último acontecimento, e o episódio ainda jogava mais lenha na fogueira. Pra mim, ficou parecendo alguém que vai com muita sede ao pote. A verdade, é que nessa temporada tiveram menos episódios dignos de receberem 5 estrelas, e, ao que me parece, a tendência será diminuir.

Diferentemente do ano passado, esses 4 meses sem Castle passarão, assim, sem qualquer crise de expectativa pelo o que virá em setembro.

Um comentário:

Mr. Anônimo disse...

Morreu Castle viva Nova Série.

Brincadeiras a parte, acho que nosso desejo por continuar uma boa experiência e querer que nunca acabe tem que ser controlado. Muitas vezes quero que um filme/jogo/livro não acabe ou tenha uma seqüência pois é muito bom, mas quando analiso a situação racionalmente, às vezes é melhor que eles terminem mesmo com boas lembranças do que contaminar essas lembranças com o desgaste de tentar repetir o sucesso.