“PERGUNTA
O espírito de Anastácio ainda se encontra encarnado na Terra?
ATANAGILDO
Há mais de três anos regressou ao Além pois, em face do seu drama
delituoso, terminou caindo sob o punhal de um sicário, uma vez que
devido aos seus homicídios do pretérito, a Lei Cármica também, o
colocou na dependência de possibilidades de morte violenta. É óbvio
que, se ele se tivesse dedicado a fundo à sua renovação interior,
exercendo o amoroso serviço ao próximo ou renunciando às suas
deliberações vingativas, essa Lei severa não só o afastaria para
zonas de maior proteção no mundo físico, como também lhe
favoreceria com novos ensejos de longa vida. A Terra, como divina
escola de educação espiritual, não se revolta contra o aluno que
tenta reparar o curso perdido, embora, para isso, tenha que repetir
novamente as lições atrasadas.
É claro
que Anastácio não reencarnara para morrer de propósito nas mãos
de impiedoso assassino, pois isso nos faria supor sem dúvida, que
alguém se transformaria fatalmente em homicida, para que fosse
cumprido o seu destino trágico! Na verdade, a Lei Cármica o situara
num meio onde havia maiores probabilidades de ser vítima de
violências, quer por se encontrar ligado a dois adversários de
homicidas em potencial, que haviam sido suas vítimas no pretérito.
Não
defrontamos com um destino implacável a confeccionar homicidas para
que se tornem instrumentos cármicos punitivos das infrações do
passado; a lei apenas aproxima adversários que se unem dentro das
suas próprias afinidades e tendências espirituais, por cujo motivo
terminam punindo-se entre si, ainda sob a mesma lei de que 'os
semelhantes curam os semelhantes'.” (pág.31)
Ramatís. A vida além da sepultura. RJ – Freitas Bastos, 1982.
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“ - Só
sirvo para coisas desse tipo! - disse Nicolai, encolhendo os ombros.
- Fico pensando: onde fica o meu lugar? Não há lugar para mim! É
preciso falar com os homens, e eu não sei fazê-lo! Vejo tudo, sinto
todos os sofrimentos e humilhações humanas, mas não sei dizer
nada! Tenho a alma muda.” (pág.348)
GORKI,
Máximo. Mãe. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
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